25/01/2012

Obrigatório apresentar inventário de emissões no Rio de Janeiro. Prazo 30/4/2012


Por Danielle Denny


No Rio de Janeiro, alguns setores estão obrigados a realizar inventário anual de emissões de gases de efeito estufa. São eles os empreendimentos licenciados, para as seguintes atividades:
- aterros sanitários;
- estações de tratamento de esgotos urbanos e industriais;
- indústria de produção de cimento;
- siderurgia;
- indústria petroquímica;
- exploração de petróleo e gás;
- indústria de petróleo (refinarias);
- UPGNs (unidades de processamento de gás natural);
- indústria química;
- indústria de vidro;
- termelétricas a combustíveis fósseis;
- outras que o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) vier a julgar relevante.

O prazo é de 120 dias, a partir do dia 1º de janeiro de 2012, ou seja, 30/4/2012.


17/01/2012

Mineradoras devem gerar benefícios sustentáveis


Panorama da importância da mineração no Brasil face à necessidade de se garantir a sustentabilidade

Por Fernando Pinheiro Pedro
Com edição de Danielle Denny

O Brasil está situado sobre imensos recursos minerais, por isso o subsolo brasileiro é patrimônio nacional, submetido ao domínio da União. Inúmeros são os instrumentos de controle governamental sobre a atividade de mineração. Assim, as mineradoras agem sob concessão do governo e, portanto, cumprem com importante papel em relação à sociedade brasileira sendo o grau de responsabilidade social delas diretamente proporcional ao volume e ao valor econômico do minério que extraem.

A motivação das empresas mineradoras para desenvolverem ações de responsabilidade socioambiental é vinculada ao cumprimento das condicionantes ambientais expostas na licença e à necessidade de manterem boa articulação com a sociedade diretamente impactada, no entorno de suas atividades.

No primeiro caso, o licenciamento ambiental vem se tornando um efetivo instrumento de controle social. Na fase de licenciamento prévio das atividades minerais de significativo impacto ambiental, ocasião em que ocorrem as audiências públicas e análises de impacto, com os respectivos programas de mitigação e compensação, surge a oportunidade da sociedade se manifestar e, por meio da autoridade ambiental, obter a contrapartida social face à atividade que se pretende desenvolver.

Não raro, visto o grande potencial de modificação do uso do solo inserido na atividade minerária, a obtenção de contrapartidas do licenciamento ambiental torna-se fonte de medidas estruturantes que resultam em programas educacionais, construção de aparelhos públicos, reassentamentos etc.

Por outro lado, as mineradoras que operam no mercado brasileiro têm aprendido, com muito custo, que a melhor forma de resolver atritos com a comunidade impactada do entorno está na busca de articulação e na negociação de contrapartidas sociais. Aprendizado esse oriundo das últimas três décadas de atividade inserida em convivência com o regime democrático, par e passo com a evolução dos marcos legais de controle ambiental e a perda progressiva da tradicional unilateralidade conferida à exploração mineral pela legislação brasileira, oriunda do período pós-guerra até o regime militar.

A legislação brasileira se encontra adequada aos princípios internacionais, inclusive no que tange à responsabilidade corporativa, não só com relação à responsabilidade por danos ambientais, mas também, ao regime de trabalho, à saúde, ao combate à discriminação e à previdência social.

As grandes empresas mineradoras, por sofrerem fiscalização constante e terem maior capacidade econômica têm buscado se adequar à lei, gerando ganhos sociais importantes. No entanto, ainda há um enorme rol de empresas de mineração explorando o subsolo brasileiro sem nenhuma responsabilidade, devido à falta de controle governamental, seja próximo aos núcleos urbanos, seja nas regiões fronteiriças do país.

É importante ressaltar que esse quadro está se modificando, mas não se pode deixar de reconhecer essa disparidade como fato que merece ainda atenção.

Normas existem, responsabilizando, por exemplo, as empresas pela elaboração de um plano de lavra concomitante com o procedimento de indenização ao superficiário e a restrição à chamada “lavra-ambiciosa”, inseridos no Código de Mineração, a despersonalização da pessoa jurídica e a criminalização da conduta desta, na apuração de delitos e abusos de delitos de ordem ambiental, normas pertinentes à segurança do trabalho do já citado licenciamento, amparam uma série de atividades que dizem respeito à exploração mineral.

Mas a implementação deve ser o foco, juntamente com o desenvolvimento de barreiras no âmbito do comércio internacional, vinculadas aos critérios de responsabilidade corporativa. Infelizmente, a responsabilidade social corporativa insere-se ainda numa esfera cosmética, com poucos resultados efetivos, seja no setor minerário, seja nos demais setores empresariais.

Os superficiários e as comunidades atingidas pela atividade são as partes interessadas (stakeholders) mais relevante à responsabilidade das empresas mineradoras no Brasil, posto que, minimamente organizadas, conseguem hoje ter acesso à justiça por meio do Ministério Público e demais organismos de defesa dos demais estados, fator que muito tem influenciado na mudança de comportamento das empresas e nos licenciamentos ambientais.

A evolução do relacionamento entre as empresas mineradoras e as partes interessadas se dá na razão direta da perda de expressão progressiva do Código de Mineração, o qual, praticamente, estabelecia a unilateralidade envolvendo governo e empresa minerária pouco importando a superfície em causa acompanhado da evolução progressiva da legislação de proteção ambiental dos recursos hídricos e das comunidades tradicionais dos povos indígenas, evolução esta sentida nos últimos trinta anos e que vem se consolidando com o melhor aparelhamento dos órgãos de licenciamento e fiscalização ambiental, Ministério Público e Justiça nesta última década.

No futuro, poderemos observar a pró atividade das empresas minerárias e do setor empresarial, como um todo, contribuindo para o planejamento territorial brasileiro. A sociedade civil tem se organizado com muita rapidez e isso se reflete na participação ativa de seus representantes nos órgãos governamentais, tecendo uma teia de relacionamentos à qual o setor privado, em especial as mineradoras, não é indiferente.

As empresas de ponta no setor minerário brasileiro, com amplo destaque para a Vale do Rio Doce, constituem fator de influência para essa maior responsabilidade corporativa. A companhia Vale do Rio Doce, antes de privatizada, já desenvolvia, no bojo de seu programa de gestão ambiental, projetos de responsabilidade social, razão pela qual essa empresa sempre gozou de boa imagem junto à sociedade brasileira, usufruindo desse patrimônio até hoje, depois de privatizada. As demais empresas, incluindo as multinacionais, desenvolvem projetos por conta de exigências e contrapartidas duramente negociadas no âmbito do processo de licenciamento ambiental, sem exceção.

Além disso, as redes sociais têm influenciado governos inteiros e as mineradoras não são exceção, constituindo-se em fantástico instrumento de controle social influenciando, portanto, as empresas mineradoras a agir de forma socialmente responsável. Da mesma forma a maior participação das organizações da sociedade civil gera uma maior capacidade de agir na medida em que conseguem influir nos processos de licenciamento ambiental e autorização de atividades minerárias, agindo, portanto, como grupos de pressão, constituindo, também ,importantes elementos de apoio à fiscalização governamental e inibidores a eventuais ações desconformes com as boas práticas sociais.

Outro importante grupo de pressão a ser considerado são as agências reguladoras, que têm papel fundamental na fiscalização dos programas de responsabilidade social levados a cabo pelas mineradoras, porque, é no momento da obtenção das outorgas, licenças e alvarás que se procura obter contrapartidas sociais à atividade a ser licenciada. O DNPN Departamento Nacional de Produção Mineral, nos últimos anos, vem se articulando com a Agência Nacional de Águas e com as agências ambientais, alterando, significativamente o quadro regulatório brasileiro na área minerária.

Também deve ser levado em consideração a diversidade territorial, étnica, institucional e mesmo política do Brasil, que obriga as empresas a ter de, constantemente, planejar e atualizar seus projetos sociais. O maior entrave observado à atividade socialmente responsável das empresas minerárias pode ser apontado como a estrutura política partidária extremamente pobre e corrompida, bem como a burocracia governamental que parece muitas vezes mais insensível à sociedade civil que às próprias empresas mineradoras beneficiadas. Deve-se notar que esse quadro está mudando, com o progressivo aumento do poder de controle social do povo brasileiro, mas ainda é muito preocupante.

O futuro da responsabilidade corporativa das empresas de mineração está na condução de um projeto que elimine incertezas e reduza as inseguranças no campo legal e jurídico e que envolva uma profunda melhoria dos marcos legais atinentes à atividade minerária e desenvolvam uma regra de relacionamento das empresas com as comunidades de superfície impactadas pelas atividades. As grandes minerações e os arranjos produtivos locais em operação no Brasil têm imensa capacidade de gerar benefícios sustentáveis para os locais onde estão instalados. Cabe à sociedade e ao governo exigir que isso seja alcançado, prevenindo qualquer forma de contaminação ou de crime ambiental.

Fernando Pinheiro Pedro foi entrevistado por Philippe Ricard pesquisador da HEC Business School da Universidade de Genebra, Suiça, cujo tema de pesquisa é: To assess the influence of the institutional environment on corporate social responsability pratices in the Brazilian heavy industry. O presente artigo foi inspirado nas respostas às perguntas de Philippe Ricard.




Novas formalidades para o Relatório Anual de Lavra


Por Danielle Denny

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) alterou, em 16/1/12, as formalidades para envio do relatório anual de lavra (RAL) exigido das mineradoras. Não houve alteração na data para envio eletrônico do relatório que continua 15 de março ou 31 de março, dependendo se a empresa tem plano de aproveitamento econômico ou não.

O envio do relatório deve ser feito pelo Aplicativo RALWeb, no site www.dnpm.gov.br. Se o envio for feito na data prevista, pode ser retificado por iniciativa do declarante até a data da análise pelo DNPM.

O regulamento anterior, a Portaria 12/2011, já previa a possibilidade de serem formuladas exigências, pedidos esclarecimentos ou documentos a fim de comprovar as informações declaradas no relatório. No entanto, a Portaria deste ano inovou ao estabelecer que se as incorreções ou omissões forem muito graves não haverá formulação de exigências, serão aplicadas as penalidades imediatamente.

Cabem sanções para titulares ou arrendatários que entregarem o relatório fora do prazo, com incorreções ou omissões. Veja o texto completo da portaria em


16/01/2012

CATALÀ Fenomenología de la interfaz


CATALÀ DOMÉNECH, Josep M. La imagen compleja: la fenomenología de las imágenes en la era de la cultura visual. Barcelona: Universitat Autònoma de Barcelona/Servei de Publicacions, 2005.

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“ (...) en el teatro griego (...) el espectador contempla en comunidad una representación cercada por los espectadores, en la cámara oscura, (...) el espectáculo se ha privatizado y es un espectador individualizado el que lo observa” (CATALÀ, 2005: 537)

“(...) la cámara obscura fundamentó la distinción transcendental entre la mirada artística y la visión científica: una regida por las emociones, la otra por la razón.” (CATALÀ, 2005: 538)

“El concepto de interfaz, que en sus inicios fue entendido como el hardware y el software a través del que el ser humano y el ordenador se comunican, y que ha ido evolucionando hasta incluir también los aspectos cognitivos y emocionales de la experiencia del usuario;[1], es de una tanscendencia tan acusada com la que en su momento alcanzaron el teatro griego y má tarde la cámara oscura, y guarda con ellos esta relación genérica que he comentado: los tres son modelos de la mente y configuran el imaginario de un determinado paradigma epistemológico.” (CATALÀ, 2005: 539)

“La interfaz es un espacio virtual en el que se conjuntan las operaciones del ordenador y el usuario. (...) Concluyendo: la interfaz es un dispositivo capaz de reunir en su actuación dos pares de paradigmas de crucial importancia: por un lado, el del arte y el de la ciencia, en cuya escisión se ha basado gran parte de la cultura contemporánea, y por el otro, el de la tecnología y el humanismo, de cuya dialéctica se ha alimentado, tanto positiva como negativamente, el imaginario del siglo recién finalizado. Es en este sentido que la interfaz se constituye en una herramienta de futuro, capaz de articular, no tan sólo un funcionamento práctico, sino de fundamentar también todo un imaginario de indudable complejidad.” (CATALÀ, 2005:540)

“(...) la interiorización del conflicto de clase, ya que, al parecer, no existe un tercer explotador. !la autoalienación resultante dejaría como única liberdad al individuo el da lo mejor de sí mismo! (...) alienación de uno mismo (...) la possibilidad de retroalimentación en espiral capaz de variar el proprio terreno de juego, nos advierte que la realidad ha dejado atrás su proverbial sencillez.” (CATALÀ, 2005: 541)

“(...) la interfaz, cuya visualidad aparece difuminada por el continuo cambio de posiciones de los elementos que la configuran. (...) visualidad borrosa (...) complejo y cambiante entorno del fuido electrónico y digital.” (CATALÀ, 2005: 542)

“(...) la verdadera novedad que se produce en el actual período es el fenómeno global que pueden crear la relaciones que se establecen entre las distintas personalidades..” (CATALÀ, 2005: 543)

“(...) el polifacetismo sexual a que ha dado lugar la quiebra social de la característica dicotomía masculino/femenino, a parte de ser en sí misma una muestra muy genuina de la complejidad contemporánea, hace que la mirada compleja sea muy necesaria para representar y comprender estos nuevos paisajes de la identidad..” (CATALÀ, 2005: 543)

“(...) no podemos acudir ya a los antiguos modelos que suministraban el teatro o la cámara oscura, sino que es necesario referirse a la fenomenología de la interfaz, la única que puede organizar representaciones lo suficientemnte complejas para afrontar estas tareas. Los mecanismos tradicionales de representación son, como digo, inoperantes” (CATALÀ, 2005: 545)

“(...) la imagen está en un continuo movimiento conceptual, a través del que nos ofrece distintas facetas de un mismo fenómeno, distintas posibilidades, cada una de las cuales modifica las relaciones de los elementos que la componen” (CATALÀ, 2005: 546)

“Es ciento, que los actuales niveles técnicos de Internet no permiten un alto grado de interacción, de manera que imágenes como las que estamos tratando no desarrollan más que una parte de su potencial interactivo. (...) A la larga, los dispositivos digitales deberán de ser capaces de habilitar una auténtica conversación entre el autor y el usuario, de manera que ambas imaginaciones se alimenten mutuamente. (...) pasos hacia la interfaz, entendida como plataforma audiovisual, multimediática, altamente interactiva y, a la larga, posiblemente holográfica.” (CATALÀ, 2005: 547)

“Una de las características más sobresalientes de nuestra cultura es la materialización de los processos del incensciente a través de los medios de comunicación. Como dice Frederic Jameson, el eclipse del tiempo interior (...) quiere decir que estamos leyendo nuestra subjetividad en las cosas externas.[2]” (CATALÀ, 2005: 548)

“Para Lacan, el yo no percibe cosas, sino imágenes que una vez inscritas en el yo, una vez recibidas por el yo, van a vonvertirse en la sustancia del yo. Es decir que entre el yo y el mundo se extiende una única dimensión, una sola dimensión continua, sin partición alguna, sin ruptura, que llamamos: dimensión imaginaria que una vez inscritas en el yo, una vez recibidas por el yo, van a vonvertirse en la sustancia del yo. Es decir que entre el yo y el mundo se extiende una única dimensión, una sola dimensión continua, sin partición alguna, sin ruptura, que llamamos: dimensión imaginaria;. En pocas palabras, el espacio de la interfaz” (CATALÀ, 2005: 548)

“ No parece haber consciencia de la necesidad de pensar el proprio espacio de la representación como elemento consustancial a las maniobra que se efectúen con los elementos que lo componen. Es decir, no ha surgido todavía una verdadera imaginación de la interfaz ” (CATALÀ, 2005: 554)


“ A lo largo de una conversación, la iniciativa puede tomarla cada uno de los estamentos, de manera que cada uno de ellos puede, en un momento determinado, convertirse en experto, en artista o en simple interesado. De esta manera las posiciones no son otra cosa que portales de acceso que determinan a quien los usa, en lugar de funcional a la inversa. (...) no hay ningún problema en establecer otros portales que representen nuevas posibilidades de enfoque, como la política o la ética, que no he contemplado para ceñirme sólo a tres niveles epistemológicos directamente implicados en la adquisición y representación del saber, y también para preservar la claridad de la exposición en este nivel inicial ” (CATALÀ, 2005: 554-5)


“ (...) para poder alcanzar el grado de elasticidad de la economía que el neoliberalismo pretende es necesario vaciar los curepos de todo rastro de identida, de interioridad: es necesario convertirlos en pura conducta, susceptible de ser repetida, multiplicada, como el producto de una cadena de montaje. (...) Las habilidades industriales quedaron localizadas en los confines de la organización y la gestión industriales. Al trabajador se le despoja , pues, del conocimiento del que era dueño y que formaba parte de su identida. El trabajador, es decir, la mayor parte de la población se encuentra por lo tanto psicológicamente vacía frente a la organización industrial, para la que se conviente en una pieza más de la cadena de montaje, literal o metafórica (...) No se trata, por lo tanto, de que un individuo pueda elegir libremente qué ser o qué hacer, sino de que el ser, exterior, de un individuo puede ser multiplicado tantas veces como sea necesario y como el mercado lo precise. ” (CATALÀ, 2005: 556)


“Recordemos el planteamiento de Marx y assombrémonos tanto de las analogías como de las discrepancias: 
Tan pronto como el trabajo empiza a ser distribuido, cada cual tiene un ciento círculo exclusivo de actividades que se le impone y del que no puede librarse: es cazador, pescador, pastor o crítico y tiene que ser esto si no quiere perder su medio de vida. Por el contrario, en la sociedad comunista, donde nadie posee un círculo exclusivo de actividades, sino que puede ser educado en todas las ramas posibels, es la sociedade la que regula la porducción genral y, por lo tanto, hace que sea posible que yo hoy haga esto y mañana lo otro, cazar por la mañana, pescar a mediodía, criar ganado por la tarde, escribir crítica después de cenar, como quiera, sin tener que convertirme nunca en un cazador, un pescador, un pastor o un crítico.  ” (CATALÀ, 2005: 557)
 

“ La interfaz no es sólo la paltaforma natural de la multidisciplinariedad, y consecuentemente de la transdisciplinariedade, sino que de hecho es la destilación natural de estas diposiciones, es decir, el sistema de representación correspondiente a las mismas ” (CATALÀ, 2005: 559)


“ 6. Ecología de la comunicación. (...) No setamos habando de comunicación, de transmisión de informaciones, sino de una asimilación transformativa del conocimiento por la que no es tan importante el acarreo de la información de un lugar a otro como el hecho de que esta información se transforma durante el porceso y, por lo tanto, supera las posiciones iniciales de los elemento y los hace actuar mediante diversa facetas. A medida que se va esfumando el concepto de comunicación, aparece, pues, el de interfaz ” (CATALÀ, 2005: 571)


“ (...) la interactividad no es un dispositivo añadido a un sistema comunicacional, sino que constituye la forma en que ambos, o los varios elemento, se funden para transformarse mutuamente. (...) Lacan pretende solventar las viejas dicotomías entre sujeto y objeto o entre dentro y fuera. Y al justificar la utilización de objetos topológicos como la cinta de Möbius o la botella de Klein indica que no se trata de ilustraciones o explicaciones, que no se trata ni tan siquiera de modelos, sino que es la forma que toma el inconsciente al ser manipulado mediante estas formas.” (CATALÀ, 2005: 572)


“ Por lo tanto, no puede considerarse la interfaz como una máquina de calcular (computer) que ofrece resultados a partir de un determinado planteamiento o conjunto de datos, sino que se trata de la vía a través de la que podemos entender ele conocimiento como un conjunto de espacios de reflexión. (...) Por lo tanto, podemos considera la interfz como uma imagem compleja (trementdamente compleja en todas sus dimensiones como imagen) que pone en interacción toda una serie de factores diversos, relacionados con un fenómeno o un problema y que más que soluciones, pretende producir estados de comprensión efectiva de los mismos.  ” (CATALÀ, 2005: 577)


“ Estas zonas de reflexión producidas por la acción de la interfaz son, pues, campos visuales que presentan forma determinadas, resultado de la mutifacética, o multimediática, interacción con ele fenómeno. ” (CATALÀ, 2005: 577)


“ La interfaz técnica se presneta ahora en muchas variantes y en diferentes grados de efectividad. La interfaz más conocida, la del ordenador, es una interfaz con un gran contenido espectatorial, mientras que una interfaz de inmersión como la que produce la Realidad Virtual ha difuminado en gran medida esta separación espectatorial, aunque no totalemnte. Tenemos también interfaces que combinan ambas posibilidade e interfaces, como las holográfica, que, a pesar de ser espectatoriales, permiten una operatividad multidiemntisonal que sitúa la noción de espectador a un nivel distinto qu etodavia no ha sido sufientemente pensado ” (CATALÀ, 2005: 577-8)


“ O sea que yo, al utilizar, el destornillador, dialogo con mi mano y no con el destornilador. De manera que con herramientas como el destornillador, o el ratón, no hemos avanzado mucho puesto que estamos haciendo, un poco mejor, lo que abríamos hecho con la mano, pero el fenómeno cognitivo sige teniendo las mesmas características. Ahora bien en el momento en que yo consiguiera desarrollar una herramienta abierta, es decir, no sujeta a una forma-función cerrada, sino que pudiera adoptar la forma apropriada a cualquier función que yo deseara, en ese momento yo trancendería la relación mecánica con la mano y colocaría mi ment ent contacto directo con la realidade a través de esa mágica herramienta. Mi mano no actuaría, a tientas sobrel la realidad, como enviada lejana de mi universo mental, sino que funcionaría en mi proprio cerebro, en el laboratorio donde las cosas de la realidad estarían dispuestas para ser examinadas y manipuladas. El desarrollo de la interfaz, a partir de la conceptuación que supuso la metáfora del desktop, ha conseguido precisamente esto y con ello ha transformado la configuración de las relaciones entre la mente y la técnica, así como entre la realidad mental y la realidad objetiva ” (CATALÀ, 2005: 548)










[1] Brenda Laurel (ed.), The art of human-computer interface design, Addison – Wasley Publishing, Co., 1994, p. XI.
Brenda Laurel, Computers as Theatre, Addison – Wasley Publishing, Co., 1993 “Los ordenadores son teatro”
[2] Frederic Jameson, Las semillas del tiempo, Madrid, Editorial Trotta, 2000, p. 22

14/01/2012

CATALÀ Genealogía de la visión compleja


CATALÀ DOMÉNECH, Josep M. La imagen compleja: la fenomenología de las imágenes en la era de la cultura visual. Barcelona: Universitat Autònoma de Barcelona/Servei de Publicacions, 2005.

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Cultura do texto Þ cultura da imagem Þ cultura visual

“ Las sociedades occidentales se han deslizado hacia un nuevo estado de su desarrollo epistémico, sin ser demasiado conscientes de lo que ello supone. No se trata de la célebre ´era de la imagem´ sobre la que tanto se ha hablado, especialmente de forma negativa durante los últimos decenios, sino de algo distinto que se ha dado en llamar ´cultura visual´. (...) el problema no reside tanto en el supuesto analfabetismo textual que pueda generar la nueva cultura, según se viene repitiendo, como en el profundo analfabetismo visual en que puede sumirse voluntariamente la cultura tradicional. Una cultura escindida en dos mitades antagónicas, una anclada en la nostalgia depresiva, la otra en la euforia inconsistente, no es la mejor receta para el futuro” (CATALÀ, 2005: 41)

“Pensar en la imagem era pensar en la estructura pictórica como emblema, era pensar en un objeto interpuesto entre el autor y su espectador (ambos considerados primordialmente de manera individualizada) (...) Todo ello se encuentra, repentinamente, fuera de lugar, puesto que la cultura visual trata de otra cosa. La cultura visual, sobre todo, no trata de imágenes como objetos de carácter distinto a los textos, a los que por lo tanto podría anular, superar, borrar. Si el concepto de imagem es el producto de una imaginación textual, los fenómenos pertenecientes a la cultura visual se han de ver obligados a redefinir en su seno el concepto y la función del texto. Esta es quizá la señal más destacada del cambio de paradigma. (...) la imagen ya no existe, existen en todo caso las imágenes, siempre en plural. O si queremos ser literales aún a costa de ser impreciso, podemos afirmar que existe lo visual como un conglomerado, práticamente sin límites, de percepciones, de recuerdos, de ideas, englobados en una ecología de lo visible” (CATALÀ, 2005: 43)

“las imágenes contemporáneas difícilmente se perciben de manera aisladas, ya sea porque ellas mismas se presentan conjuntamente, aunque pertenezan a territorios diversos, organizando constelaciones visuales como ocurre en la televisión, o porque nuestra mirada, que ha entrado en un régimen perceptivo peculiar, se encarga de agrupar unas imágenes con otras, como puede suceder quando paseamos por una ciudad. Ya no existen imágenes aisladas, ni siquiera están aisladas aquellas que fueron pensadas aisladamente, aquellas que petenecen a la época de la imagen cerrada. (...) la imagen abierta está constantemente proponiendo significados a través de nuevas conexiones: significados todo ellos válidos, estables en su particular momento.” (CATALÀ, 2005: 46-7)

“Walter Benjamin nos había informadao sobre la crucial transformación de la imagen en la era de la reproductibilidad técnica, cuando empezaron a proliferar las copias y la imagen perdió su aura (...) Pero asistimos en estos momentos a una transformación distinta porque lo que proliferan no son copias idénticas, sino versiones diferentes de una misma propuesta. (..) Por el contrario las versiones, por muy aisladas que surjan unas de otras, tienden todas ellas a la conexión, al establecimiento de una red, puesto que cada una de las versiones depende de todas las demás para confluir hacia un significado que nunca puede llegar a completarse, ni siquiera cuando se hace acopio de todas las versiones possibles, puesto que siempre quedarán nuevas versiones para hacer, nuevas interpretaciones (...) la proliferación de versiones que aparecen por todas partes en un movimiento que es a la vez radial y pluridimensional.” (CATALÀ, 2005: 47-8)

La realidad actual no puede ser otra que compleja, puesto que la simplicidad requiere una inocencia intelectual, cultural, epistemológica, ética y estética de la que las sociedades occidentales carecen en el presente momento histórico, sin que además nada parezca indicar un giro en la dirección contraria. Actualmente sólo se puede apelar a la simplicidad por ignorancia o por mala fé. (...) Vive, pues, el conocimiento contemporáneo bajo una condición trágica que le impide alcanzar esa fundamentación absoluta que han perseguido épocas más clásicas que la actual. Quizá sea éste el signo más expresivo del neobarroquismo de nuestra era que Omar Calabrese detectó en su momento a través de síntomas muy diversos (...[1]) Este barroquismo se caracterizaria por la búsqueda de la multiplicidad, inscrita en una situación inestáble, lo que daría lugar a representaciones básicamente in-concretas. (CATALÀ, 2005: 56-7)

(...) ante dos explicaciones de igual entidad, es la más compleja la que más tiende a ser verdadera, teniendo en cuenta que, en esta reconfiguración epistemológica, el concepto de tendencia es crucial. (...) Además, un tipo de reflexión que no sólo acepta los espacios problemáticos, sino que los utilizan de fuerça motriz para seguir avanzando puede ser considerada justamente barroca, puesto que adquiere características fractales – la idea de una reflexión que, en lugar de avançar de manera lineal, a través de encadenamientos de causa y efecto que se anulan mutuamente, lo hace diseminándose en una red siempre actual y actualizada, característica que, como indica Calabrese, foma parte de la sensibilidad neobarrooca en contraposición con la neocásica. (CATALÀ, 2005: 59)

Realidad, mirada y representación forman así una determinada ecologia que preoduce fenómenos incontrovertiblemente conplejos. (CATALÀ, 2005: 66)




[1] Omar Calabrese, La era neobarroca, Madrid, Cátedra, 1987

05/01/2012

III Seminário Comunicação e Cultura do Ouvir: COMUNICAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: O AMBIENTE COMUNICATIVO DO SWU

Artigo apresentado no  III Seminário Comunicação e Cultura do Ouvir, organizado por José Eugenio de O. Menezes, na Cásper Líbero, 9/11/11

Danielle Mendes Thame Denny[1] 

1. Introdução
As apresentações musicais em eventos coletivos, como os festivais de música, são capazes de gerar um ambiente privilegiado para intervenções, de forma a favorecer a educação, despertar e desenvolver a formação da postura ética e ecológica dos participantes. Pela memória musical, experiências sonoras podem ser vinculadas a determinadas atitudes e, assim, promover ações e compromissos que levem emconsideração o meio ambiente . O caso concreto sob análise é o SWU 2010 (sigla de Starts With You ou Começa Com Você) que tinha como objetivo articular a educomunicação ambiental à imersibilidade sonora nos três dias de festival, realizado em Itu, cidade do estado de São Paulo, na Fazenda Maeda, nos dias 9, 10 e 11 de novembro de 2010. Em seu site, o SWU pretende ser um movimento de conscientização em prol da sustentabilidade. Sua finalidade seria mostrar que, por meio de pequenas ações individuais praticadas no dia a dia, as pessoas podem ajudar a construir um mundo melhor para se viver. O presente artigo reflete uma pesquisa em andamento que busca identificar se a sustentabilidade foi usada, meramente, para promover o consumo durante o SWU, ou se foi uma importante oportunidade para se criar vínculos entre as pessoas e usar o ouvir como disposição para sermos tocados pelas ideias a respeito da sustentabilidade. A análise teórica  aqui desenvolvida é feita sob a perspectiva dos valores econômicos, da vinculação, da comunicação orquestral, da iconofagia, da ecologia da comunicação, da verticalidade, da cultura do ouvir, dos diálogos e dos discursos. Este  estudo parte de uma análise de caso, segue a metodologia fenomenológica e tem, como referencial teórico, autores como Shapiro(1999), Castells (2009), Català (2005), Winkin (1998), Flusser (2007), Pross (1980), Romano (2004), dentre outros.
A pesquisa em elaboração nasceu de uma experiência de aplicação do aprendido nas aulas de Teoria da Comunicação do Mestrado da Cásper Líbero. Depois de estudar a escola de Palo Alto, a pesquisadora foi a campo, durante os três dias  do festival, seguindo a metodologia fenomenológica de buscar experiências, de ir da teoria ao trabalho de campo, como propõe o título do livro de Winkin (1998).
Face aos desafios enfrentados, atualmente, pela Comunicação, num contexto em que a informação deixou de ser escassa e os meios ainda não desenvolveram uma nova linguagem, iniciativas como o SWU são casos a serem estudados. Além disso, para a linha de pesquisa do Mestrado: “Processos Midiáticos: Tecnologia e Mercado”, o modelo de negócio do SWU e a experiência de vinculação ampliada nas mediações terciárias e potencializada ainda mais pela convergência dos meios formando uma teia de vínculos (Menezes, 2007) é de suma importância e  atual.
A pesquisa tem  a temática dividida em três focos principais: vinculação, media literacy e ecologia da comunicação.
2. A origem do movimento e do evento SWU
O SWU (sigla em inglês para Começa Com Você) era para ser uma mega campanha publicitária de comunicação de massa em defesa da sustentabilidade, traduzida em uma plataforma de informação e entretenimento. Em seu site, o SWU pretende ser um movimento de conscientização em prol da sustentabilidade. Sob os valores: paz, amor, consciência e atitude, teria o intuito de mobilizar o maior número possível de pessoas para essa causa. Sua finalidade seria mostrar que, por meio de pequenas ações individuais praticadas no dia a dia, as pessoas podem ajudar a construir um mundo melhor para se viver.
O idealizador do movimento foi Eduardo Fischer, presidente do Grupo Totalcom, holding de agências publicitárias com atuação no Brasil, na Argentina e em Portugal e cujo capital social é 100% brasileiro. Contou com a parceria da produtora de shows The Groove Concept e da Consultoria Visão Sustentável. Os principais patrocinadores foram a Nestlé, a Heineken e a OI. A premissa do movimento seria que pequenas atitudes podem gerar grandes mudanças. A sua manifestação empírica  deu-se durante o Fórum Global de Sustentabilidade e do Music and Arts Festival, para um público de 164,5 mil pessoas em Itu.
Esse Fórum Global de Sustentabilidade foi a primeira parte do evento que funcionou entre 12h e 14h40, com apresentações de palestrantes e debates sobre os temas Negócios Sustentáveis, Inclusão de Minorias e Jovens e Meio Ambiente. Três mil pessoas compareceram as 29 palestras proferidas por convidados nacionais e internacionais. Todo o material produzido pelos 24 speakers e outros 20 convidados (especialistas, pensadores, empresários e representantes de entidades nãogovernamentais), ainda está indisponível de forma abrangente, na Internet, por exemplo.
A segunda parte foi o Arts Festival, que recebeu instalações de Eduardo Srur, Urban Trash Art, Bijari, Oficina Jamac, Flávia Vivacqua, Cooperaacs. Promoveu a exposição “Brasil em Chamas” em homenagem a Frans Krajcberg, sob curadoria de Sergio Caribe, com 7 esculturas e 8 fotos do artista.  Elas eram permanentes, dispersas pelos 233 mil m² e podiam ser experimentadas durante todo o evento, inclusive durante o festival de música.
A terceira, e a mais notória parte do SWU, foi o Music Festival. Com 74 atrações musicais, 700 músicos nos palcos e mais de 50 horas de música. Começava por volta das 15h e terminava após às 2h, com shows de diversas bandas distribuídas por 4 palcos.
3. Ambientes e vínculos no contexto do SWU
O presente artigo é fruto de uma pesquisa em andamento, portanto a ênfase ainda é na problematização e nas hipóteses. Com a análise, por meio das teorias da comunicação, dos processos de vinculação gerados durante o SWU, possivelmente irão se evidenciar vínculos estabelecidos durante o festival e depois, entre os espectadores e fãs,  pelas mídias sociais conectadas, por exemplo.  Há a probabilidade da pesquisa  indicar que a vinculação humana foi ampliada nas mediações terciárias e potencializada pela convergência de meios de comunicação que interagem com o festival, veiculando valores de sustentabilidade, de forma lúdica.
Sob a análise da economia da comunicação, pode ser que se identifique que a sustentabilidade foi usada meramente para promover o consumo durante o SWU, e que, contrariando as expectativas, não houve a defesa efetiva dos valores éticos da sustentabilidade, ou o uso do ambiente musical para fornecer recursos à informação socioambiental. Pode ser que tenha sido perdida uma importante oportunidade para usar o ouvir como disposição para sermos tocados por tão importante causa. As iniciativas comunicacionais do SWU podem se demonstrar estruturadas de acordo com a lógica do EcoMarketing e do “greenwashing”, com suas ações não verdadeiramente sustentáveis.
Uma outra problematização é o fato de o SWU poder ser tomado, apenas, como uma reafirmação de uma imagem da sociedade do espetáculo à medida que as pessoas, como em qualquer outro show de música, levam prontas uma imagem de como o show deve ser aproveitado; uma imagem fechada, com uma lacuna a ser preenchida pela efetiva presença da pessoa naquele local. E esses modelos prontos, pré-fabricados pela indústria do entretenimento podem, inclusive, vir de outros países, como dos festivais ingleses que, como o SWU, oferecem camping, longa lista de shows de diversas bandas em palcos de estilos diferentes. O SWU pode ser tomado de exemplo dessa reafirmação dos modelos já pré-estabelecidos nos festivais ingleses e americanos.
Dessa forma, levantam-se as hipóteses de que uma nova linguagem adequada à abundância de informações, hiperconectividade e escassez de tempo precisa ser desenvolvida e de que o SWU pode ser estudado como um exemplo de iniciativa inovadora de comunicação, pois logrou envolver os participantes antes e depois dos três dias de evento, utiliza-se das mídias eletrônicas para criar e manter os vínculos e tem finalidade educativa, usa, portanto, a imagem fechada,  pré-fabricada da sociedade do espetáculo, os valores da economia da comunicação e a lógica do EcoMarketing para viabilizar seu modelo de negócio mas de que isso não é o essencial.
O SWU deve ter se desdobrado para muito além desses conceitos. A comunicação orquestral deve ter gerado vínculos afetivos que, quando a pessoa fez parte do EcoMarketing , ou quando entrou na imagem pré-estabelecida de como desfrutar de um show, apropriou-se dos pontos de interesse, sociabilizou-se, entrou em contato com outras pessoas, experimentou ambientes sensoriais de forma a chamar a atenção para a corporeidade e, assim, promover ecologia da comunicação. A análise dos sucessos e dos fracassos dessa experiência, possivelmente servirá para fundamentar futuras investidas semelhantes, contribuindo para a formação de uma nova linguagem comunicacional, adaptada à escassez de tempo e à abundância de informações, possibilitadas pela revolução digital.

4. Concepções teóricas para compreensão crítica do SWU
Serão estudados os conceitos de mediação e vinculação (Pross, 1980 e Baitello, 1999), comunicação orquestral (Winkin, 1998) e comunicação como diálogo (Flusser, 2007). O vínculo, como base para a comunicação, deve ser entendido como mais complexo que o contato cibernético para troca de informações, considerando comunicar como diferente de informar (Wolton, 2010). Somente seres humanos comunicam, trocam sentimentos, compartilham sensações. Os aparelhos eletrônicos podem ampliar ou, muitas vezes, reduzir as possibilidades de vinculação humana.
Na atual sociedade imagética, milhares de imagens são consumidas pelas pessoas e ao mesmo tempo as imagens consomem as pessoas (Baitello, 2005). A reprodutibilidade sem limites, mina qualquer tipo de reflexão, na tentativa de substituir as outras dimensões humanas bastante esquecidas. Nesse quadro, qualquer preocupação sobre o ecossistema, incluindo o ambiente comunicacional, não se encaixa. A ecologia tem como objetivo a integração entre o humano e o meio ambiente. E esse ambiente  além de físico, é imaterial, uma vez que, nesta sociedade, a nossa existência virtual é particularmente importante.
Depois de séculos de supremacia da racionalidade, o corpo e os seus sentimentos precisam ser resgatados. Na verdade, o que normalmente move os atos humanos são as emoções, como o amor, a simpatia, o respeito e não a racionalidade. Nesse contexto, é importante redescobrir o homem não somente como homo faber, um trabalhador racional, focado em resultados e produtividade, mas também como homo ludens, com senso de humor, paixões, com foco em lazer e diversão. E é isso que parece acontecer no SWU, por meio da integração do lazer com a educação, criando ecossistemas comunicacionais (Romano, 2004) nos ambientes educativos e, dessa forma, integrando música, imagens, internet, redes sociais, blogs, amigos, família ...
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[1] Mestranda em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero. Linha de Pesquisa Processos Midiáticos: Tecnologia e Mercado. Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura do Ouvir. 

DOCUMENTÁRIO SOBRE A RIO 92