10/07/2009

O FEITIÇO DE ÁQUILA

O feitiço de Áquila [1][2]
Por Danielle Denny

O resultado da cúpula do G-8 que se reuniu em Áquila, na Itália, é paradigmático da importância crescente dos países emergentes na balança de poder global. O tabuleiro político que separava dicotomicamente os poderosos dos periféricos já se dissipou como o feitiço que impedia Navarre de encontrar a mulher águia do filme. Cada vez mais é imprescindível a participação dos emergentes, como Brasil, China, Índia, África do Sul e México para se alcançar acordos sobre as mais relevantes questões globais.

Os EUA não são mais locomotiva, diz Obama[3]. A recuperação global da atual armadilha de liquidez vai depender muito mais do consumo nos países emergentes estimulado por significativo multiplicador keynesiano, do que da retomada do consumo americano, cuja economia beira o nível do pleno emprego, arriscando, assim, enfrentar o monstro da deflação cumulada com juros zero, o que pode vir a gerar os mesmos efeitos recessivos da subida dos juros. (Se os preços caem e os juros permanecem zerados, isso é percebido pela economia como se os juros subissem, há menos estímulo à produção e as exportações se tornam menos competitivas, dado o aumento da demanda por dólares).

Outra prova do efeito paradigmático da reunião em Áquila foi o fracasso de um compromisso para conter a mudança climática. O máximo que se conseguiu foi que o G8 reafirmasse os compromissos já assumidos em outros fóruns e o anuncio da meta de evitar o aumento de mais de 2 graus Celsius na temperatura global. O G8 , cujas economias correspondem a mais de 75% das emissões de carbono de todo o mundo poderia ter criado uma base muito mais sólida para o êxito de Copenhagen, quando se dará a renovação do Protocolo de Quioto.

O G8 poderia ter seguido as recomendações do relatório Breaking the Climate Deadlock que sugeria a adoção de sete políticas comprovadas para que houvesse reduções significativas até 2020, adoção de padrões de energia renovável; medidas de eficiência industrial; normas para edificações; padrões para eficiência veicular; padrões para conteúdo de carbono em combustíveis; padrões para aparelhos de uso doméstico e políticas para redução de emissões resultantes de desflorestamento e degradação florestal (REDD).

Precisamos avançar nas negociações sobre o clima. No momento em que nos encontramos as medidas a serem tomadas são difíceis, custosas, mas ainda possíveis. Enquanto há tempo, precisamos avançar na busca por um pacto que seja ambicioso, eficaz e justo. Contudo, sem a participação efetiva dos emergentes os temas globais não podem ser resolvidos.
[1] Metáfora entre a cúpula do G8 e o filme originalmente criada por Maurício Santoro

[2] Quem assistiu à Sessão da Tarde na virada dos anos 80 para os 90 deve se lembrar desse título.Trata-se de filme baseado em um antigo conto medieval. Conta a história de Phillipe Gaston, o Rato, um prisioneiro condenado à forca que consegue fugir das masmorras de Áquila, é salvo por Etienne Navarre e passa a fazer parte da jornada desse amargurado capitão que sofre diariamente com um amor platônico. Sua amada, Isabeau, era a grande paixão do bispo de Áquila que, inconformado com o romance entre ela e Navarre, lança uma maldição contra o casal. De dia Isabeau assume a forma de falcão e de noite é Navarre que se transforma em lobo. Assim os dois nunca conseguem se encontrar como humanos.

[3] Conforme artigo de Assis Moreira, no Valor Econômico de 10/7/9, pág. A12

06/07/2009

Unificações e a Nova Balança de Poder na Europa

Unificações e a Nova Balança de Poder na Europa
JOLL, J. Europe since 1870. Cap. 1
KISSINGER, H. Diplomacy. Cap. 5
(FALTA: ler os três primeiros capítulos da era dos impérios)

Unificações e a Nova Balança de Poder na Europa. 1
UNIFICAÇÃO ITALIANA.. 1
PIEMONTE = CONGRESSO DE VIENA.. 1
1815 e 1830 = liberais e iluministas. 1
1830 = José Mazzini 2
1948 = rei Carlos Alberto do Piemonte. 2
Vitor Emanuel = Camillo Cavour 2
Garibaldi e os 1000 camisas vermelhas. 2
UNIFICACAO ALEMÃ.. 2
Confederação do Reno. 2
JUNKERS = REFORMA AGRÁRIA.. 2
CONGRESSO DE VIENA= COMPROMISSO PRÚSSIA AUSTRIA =CONFEDERACAO GERMANICA 2
ZOLLVEREIN=UNIFICAÇÃO ECONÔMICA DEPOIS POLÍTICA.. 2
1862=Otto Von Bismarck= chanceler da Prússia. 3
CRISE DOIS DUCADOS = SCHLESWIG e HOLSTEIN = GUERRA DAS 7 SEMS. 3
1870 = GUERRA FRANCO-PRUSSIANA.. 3
UNIFICACAO PELO ALTO.. 3
ALSÁCIA E LORENA.. 3
PNA ALEMANHA = BISMARK X GDE ALEMANHA = HITLER.. 3
NOVA BALANÇA DE PODER NA EUROPA.. 4
1848 FIM ERA DAS REVOLUÇÕES INICIO DA ERA DO CAPITAL. 4
PRIMEIROS PARTIDOS POLÍTICOS. 4
CAPITALISMO LIBERAL (ERA DAS REVOLUCOES) → CAPITALISMO MONOPOLISTA (ERA DOS IMPÉRIOS) 4
UNIAO MILHO AÇO = MEDIDAS PROTECIONISTAS 1879 + LEIS ANTI-SOCIALISTAS. 5
PSD ESTADO DENTRO DO ESTADO.. 5
BISMARK PARA BLOQUEAR PSD CRIA LEIS TRABALHISTAS. 5

UNIFICAÇÃO ITALIANA
Os italianos estavam divididos em cidades estados e não produziram uma unificação na mesma época dos Estados vizinhos. Isso dificultou a vida nacional da Itália, uma vez que se tornou conveniente para os estados vizinhos a fragmentação italiana.
PIEMONTE = CONGRESSO DE VIENA
Fim das guerras napoleônicas = congresso de Viena = reestrutura a Europa
A Itália (que estava ocupada pelos franceses) volta a ser divida em 8 estados e desses estados, apenas 1 era governado por italianos, o Piemonte.
1815 e 1830 = liberais e iluministas
Entre 1815 e 1830, as elites italianas continuaram a pensar em termos liberais e iluministas. Queriam unificar o Estado, mas não queriam nenhum tipo de influência popular, para evitar a radicalização. As duas ressurreições, com apoio popular de 1820 e 1830 são facilmente controladas.
1830 = José Mazzini
José Mazzini, o movimento jovem Itália, formado por republicanos, diferentes daquilo que defendiam os liberai, que queriam forma um Estado a partir da revolução popular. Esses republicanos não conseguiram atingir seus objetivos, não conseguiram formar um Estado republicano, mas sua pressão forçou os liberais a buscarem mais rapidamente a unificação italiana.
1948 = rei Carlos Alberto do Piemonte
rei Carlos Alberto do Piemonte inicia um luta contra os austríacos com vistas a expulsa-los. Ao mesmo que ocorre uma constituição no Piemonte, procura-se explorar a fragilidade das posições austríacas. Porém, não recebe os apoios necessários. O apoio necessário seria o apoio do papa, por outro lado o apoio de Mazzini afasta todos os liberais. Isso enfraquece o rei Carlos Alberto que abdica em favor de seu filho, Vitor Emanuel. Esse fato inicia uma nova fase no processo de unificação. Para sanar a crise política, Vitor Emanuel se volta para uma solução científica, a arte política de Camillo Cavour, que tinha um projeto de unificação na Itália.
Vitor Emanuel = Camillo Cavour
Esse projeto estava baseado na premissa de que os italianos, por si só, não teriam forca de promover seus anseios de unificação, o ressurgimento. Era necessário apoio político das grandes potências européias, e isso faz com que Cavour introduza o Piemonte em todos os grandes acontecimentos da Europa, participa da guerra da Criméia, procura obter o apoio de Napoleão III. Outro apoio que Cavour busca é o apoio econômico da Inglaterra, recorrendo aos investimentos ingleses. Napoleão III hesitava dar seu apoio aos italianos, todavia acabou sendo persuadido a dar seu apoio ao Piemonte em sua guerra contra a Áustria em 1859.
Garibaldi e os 1000 camisas vermelhas
O apoio de Napoleão não foi completo, assinou a paz de Villafranca com os Asutríacos, mas foi suficiente para que o Piemonte anexasse a Lombardia e o reino das Duas Sicílias com a expedição de Garibaldi e os 1000 camisas vermelhas com o apoio dos pequenos Estados na região, proclamasse, em 1861, a criação do Reino da Itália.
Várias anexações depois em 1867, quando foi anexada a Venécia como resultado da guerra da Prússia com o Império Austríacoe em 1871, guerra da Franco-prussiana foi anexada Roma.
UNIFICACAO ALEMÃ
Assim como a Itália, eram os germânicos divididos entre inúmeros pequenos Estados, quando do Tratado de Westfalia, em 1648, as grandes potencias de Europa, França, Império Austríaco e Suécia, selaram um acordo que pretendia manter os Estados prussianos (hj alemães), mais de 300, divididos.
Confederação do Reno
Unificação parcial = Era uma região sensível, de desenvolvimento industrial. Quando terminam as guerras napoleônicas, a questão dos Estados Alemães se torna importante no Congresso de Viena.
JUNKERS = REFORMA AGRÁRIA
Na Prússia, em 1810, os setores mais esclarecidos da região, iniciaram um processo de modernização da Prússia. O ministro Stain executou uma reforma agrária de cima para baixo com vistas a liquidar o feudalismo, que afasta os setores populares e beneficiava os grandes proprietários, os Junkers. Essa reforma agrária modernizou a agricultura, introduziu o regime de assalariamento, tudo isso sem contrariar os interesses dos latifundiários. Outro ponto da modernização da Prússia foi a reforma educacional, que reforçava o ensino médio e produzia a formação de técnicos.
CONGRESSO DE VIENA= COMPROMISSO PRÚSSIA AUSTRIA =CONFEDERACAO GERMANICA
O problema da unificação, entretanto, era político. Isso se conclui a partir da verificação de que havia dois Estados que competiam pela unificação da Alemanha, desde o início do processo. Essas potências eram a Prússia e Áustria, que no Congresso e Viena, chegam a um compromisso. Em primeiro lugar haveria a diminuição dos Estados alemães. A Prússia foi beneficiada com a anexação de diversos micro-Estados. Para se manter o equilíbrio se organizou a confederação germânica em 1815, que era composto por 36 Estados.
ZOLLVEREIN=UNIFICAÇÃO ECONÔMICA DEPOIS POLÍTICA
Os prussianos a partir de 1815, resolvidos as questões de fronteiras, iniciam um grande esforço político-administrativo para integrar o território recém conquistado. Esse esforço se dá até 1818, quando se pode dizer que o Estado prussiano está consolidado. A Prússia então começa a propor aos estados germânicos vizinhos a formação de uma área de livre comercio, para ampliar o mercado. Em 1834, essa área de livre comércio já possui grande complexidade e os Estados dessa área criam a união aduaneira, chamada Zollverein, que representava 25 Estados e 26 milhões de pessoas. Com o Zollverein as fronteiras praticamente desapareceram.
OBS: União aduaneira é uma área de livre comércio na qual se acrescenta uma tarifa externa comum.
No Zollveirein, houve abolição dos direitos alfandegários internos sobre matéria prima, foi adotado um mesmo sistema alfandegário interno em todo o grupo, Houve unificação de moedas pesos e medidas, foi criada uma burocracia para supervisionar o comércio.
1862=Otto Von Bismarck= chanceler da Prússia.
Bismarck era um Junker, proprietário de terras do Leste da Prússia.
Curiosidade os junkers possuíam hábitos muito peculiares festas da Cerveja e o duelo. Todos mostravam com muito orgulho os ferimentos do duelo. O próprio Bismark possuía o pescoço todo cortado. Isso dava-lhes uma identidade muito própria que os diferenciava do resto da população.
1867 = Constituição com sufrágio universal
CRISE DOIS DUCADOS = SCHLESWIG e HOLSTEIN = GUERRA DAS 7 SEMS.
A complicação estava na questão de a soberania desses dois ducados estarem sobre a soberania do rei da Dinamarca e não do Estado dinamarquês, mas serem dois estados alemães, e não podiam ser separados. Essa condição foi reafirmada em uma conferencia em Londres havida em 1852. Em 1863, o Frederico VII, da Dinamarca, resolve quebrar as regras e o problema é levado a Confederação Germânica e Prússia e Dinamarca resolvem dar um ultimato a Dinamarca. A disputa militar se inicia em Janeiro de 1864, que termina em Junho com a derrota dinamarquesa. Os vencedores dividem os espólios e Holstein fica para a Áustria e Schelswig fica para a Prússia. Em 1866, há outra crise, na qual Prússia e Áustria se desentendem sobre a administração dos dois ducados, situação forcada por Bismarck. Prússia e Áustria entram em guerra em 1866, que ficou conhecida como guerra de 7 semanas, com a derrota da Áustria. Isso foi possível com o uso das ferrovias construídas na década de 50 e 60. Na batalha de Sadoba, foi assinado o tratado de Praga, que determinava que a Áustria reconhecesse a dissolução da Confederação Germânica e não se oporia a uma nova organização da Alemanha da qual ela não faria parte. Reconhecia ainda a anexação dos dois ducados pela Prússia. A Prússia incorporou Hanouver, Herss, Nassau e Frankfurt. A Áustria entrega a Venécia para Cavour, que apoiou a Prússia nessa guerra. Foi dessa data em diante que o império Austríaco se tornou Austro-Húngaro, pois os húngaros se aproveitando da fragilidade de Viena, se insurgiram e exigiram autonomia do império e Budapeste se tornou a segunda capital do império. Com isso os Prussianos formaram a Confederação Germânica do Norte e só não unificaram totalmente o país, porque os Estados Católicos do Sul, bastante ligados a Franca e de economia agrícola não aderiram a investida contra a Áustria. Bismarck assinou com os três Estados do sul tratados militares que pregavam a mútua defesa e ajuda em caso de ataque estrangeiro.

Para unificar os alemães do sul era necessária uma nova guerra. Essa guerra não poderia ser entre os Alemães.
1870 = GUERRA FRANCO-PRUSSIANA
A Franca perde a luta e Napoleão III é capturado pelo exército Prussiano. A guerra continua e os germânicos libertam Napoleão III, uma vez que os próprios franceses não aceitaram Napoleão III de volta. Paris é cercada e a falta de comida forca os franceses a se entregar.
No salão dos espelhos no palácio de Versalhes foi feita a coroação de Guilherme I como imperador alemão.
Depois da saída dos alemães de Paris, ocorre a comuna de Paris.
UNIFICACAO PELO ALTO
A unificação alemã é feita sem o povo e sem os liberais, que eram contra a utilização extensiva de forcas armadas. O processo foi completado pelos Junkers e a coroa. O Estado alemão nasce com uma divisão muito clara: a economia ficaria com os liberais e a política com os conservadores. Foi uma unificação feita pelo alto, os conservadores se mantêm no poder, a formação do Estado Nacional em outros países significou a ascensão da burguesia. O novo estado era conservador e altamente militarizado, com uma economia muito poderosa.
ALSÁCIA E LORENA
ricas em carvão. Bismarck sabia que os franceses iriam querer revanche e para isso optou deixar a Franca bem fraca para que não pudesse revidar. Essa política foi posta em prática com a cobrança de uma indenização de guerra bastante alta e com uma enorme militarização da renânia.
PNA ALEMANHA = BISMARK X GDE ALEMANHA = HITLER
1871 = Estado Alemão.
Bismarck forma a chamada a pequena Alemanha, constituída por apenas estados alemães. Quem opta por construir a grande Alemanha é Adolf Hitler, anexando Estados onde houvesse alemães. Bismarck considerava a Alemanha uma potência geopoliticamente satisfeita.
NOVA BALANÇA DE PODER NA EUROPA
1848 FIM ERA DAS REVOLUÇÕES INICIO DA ERA DO CAPITAL
1848, segundo Hobsbawn, termina a era das revoluções, fim das revoluções travadas contra o feudalismo .
A partir de 1848, é o mundo capitalista se consolida.
Ainda em 1848, Marx e Engels produziram o manifesto comunista.
Já nas revoluções de 48, havia as idéias socialistas no seio dos trabalhadores, com os conflitos entre capital e trabalho. Nessa época ainda não havia marxismo. Só com a morte de Marx (1885) o movimento da classe trabalhadora se faz em direção ao marxismo.
PRIMEIROS PARTIDOS POLÍTICOS
No início da década de 1860, em 1863, é criada a primeira organização política de cunho socialista, em Leipzig, a Organização Geral dos Trabalhadores Alemães. O ideólogo dessa associação era Fernando Lassalle (o constitucionalista). Essa associação está na raiz do primeiro partido político na Alemanha. Marx e Lassaly não se entendiam. Ambos eram socialistas, mas suas concepções de socialismo eram completamente diferentes. Para o Marx, o socialismo viria da revolução proletária, para Lassalle viria com a obra do Estado, era necessário unificar a Alemanha por meio da forca do Estado prussiano e não por meio democrático como Marx pensava.

Em 1869, foi criado o Partido Socialista dos Trabalhadores na Saxônia Esses dois movimentos eram rivais, mas acabaram se unindo em 1875, devido a unificação e o fato da burguesia alemã acabou se aproximando de Bismarck. O movimento operário cresceu bastante, sendo uma dor de cabeça para o chanceler, pelo grande número de greves que esses operários realizavam. Em 1871, foram 212 greves e em 1873 foram 260 greves. A forca do movimento operário era crescente.

A união dos dois partidos cria o Partido Social democrata Alemão (PSD)
CAPITALISMO LIBERAL (ERA DAS REVOLUCOES) → CAPITALISMO MONOPOLISTA (ERA DOS IMPÉRIOS)
Em 1873, há o início de uma crise importante no capitalismo mundial que dura até 1896. Essa crise leva a superação do capitalismo concorrencial e conduz o capitalismo a sua faze monopolista. Segunda revolução industrial ou revolução científica, com a mudança do padrão energético petróleo da produção capitalista, mudança tecnológica na química na siderurgia, mudando a paisagem das cidades. É também o início do capitalismo financeiro. É a era da sociedade anônima e o fim da chamada empresa familiar.. A crise de 1873 a 1896 é uma crise diferente, que se dá em meio ao crescimento econômico. A crise se apresenta não na forma de superprodução, mas na forma de um lucro muito inferior ao que se pretendia. Há uma enorme concorrência e o mundo se torna pequeno para tanta produção. Daí o protecionismo e a expansão para o exterior em busca de matérias primas e mercados. O mercado internacional deixou de ser livre concorrencial e passou a ser oligopolista.

Na Alemanha, em 1873, há o pagamento da dívida de guerra francesa a vista. É um momento complexo no qual há crescimento econômico e tecnológico e também crise. Não é crise de superprodução é crise de lucros. Expectativas superiores ao que se realiza não justificando o investimento. A crise provoca uma enorme agitação no meio operário o que dá grande forca ao PSD.
Bismarck então apresenta a idéia de restringir a ação do PSD, propõe um conjunto de leis chamadas de leis anti-socialistas.

Invenção do navio frigorífico permitiu que Argentina pudesse exportar carne verde.

Luta por mercado consumidor e fontes de recursos = IMPERIALISMO
UNIFICAÇAO ALEMÃ = DESLOCA BALANCA DE PODER
Alemanha se unifica derrotando o país mais poderoso da Europa a França. Por isso Bismark considera Alemanha uma nação geopoliticamente satisfeita.
REALPOLITIK = CONSERVADORA= MANUTENCAO STATUS QUO
1871-1890 = REALPOLITIK = ALEMANHA É SATISFIED POWER!
A diplomacia de Bismarck = não visava a nenhuma conquista nem dentro nem fora da Europa.
Ameaça para a unidade alemã (foco da política bismarkiana) era o revanchismo Frances.
Bismarck = objetivo = isolamento da franca = não podia se aliar à Rússia. Isso representaria uma guerra em duas frentes.
DREIKEISERBUND
Bismarck se aproxima do império austro Húngaro e do império Russo e em 1873, propõe a aliança dos três imperadores. França república que ameaça monarquia. Essa aliança foi refeita duas vezes por Bismark.
DISTRIBUIÇAO DE PODER NA EUROPA
IMPERIO ALEMAO
IMPERIO RUSSO
IMPERIO AUTRO-UNGARO
INGLATERRA
FRANÇA

(todas monarquias menos a França que era república)
Se houvesse equilíbrio na Europa a Inglaterra só se preocuparia com os mares.

Potencia de 2ª. Ordem Itália oscilando ora de um lado ora de outro.
NACIONALISMOS = POLÍTICA DAS ALIANÇAS
A entente dos três imperadores é difícil de ser mantida em virtude do nacionalismo. O final do século XIX é um período das nacionalidades se torna um fator político de importância crescente. O capitalismo que elevava a educação urbana e do citadino eram favorável aos nacionalismos. Os impérios mais vulneráveis a essas mudanças eram o império Austro-Húngaro e Otomano. O princípio da nacionalidade era prejudicial a liga dos três imperadores porque criava atritos entre os impérios Russo e Austro-Húmgarp.
O Império russo pretendia aumentar sua influencia as custas do Império Turco-Otomano (saída para o mar).
Risco da Rússia se tornar uma potência militar e comercial no mediterrâneo = ameaça para ingleses (supremacia nos mares) (ensinar o urso a nadar)= fizeram um tratado para proteger o império turco otomano. Todas as vezes que os russos tentaram se assenhorear dos estreitos a Inglaterra interveio. Prova disso foi a guerra da Criméia (1854) e o apoio inglês ao Japão no final do século XIX, para impedir o fortalecimento russo no pacífico. Os dois impérios o russo e o austro-hungaro se chocavam nos Bálcãs e no império otomano.
UNIAO MILHO AÇO = MEDIDAS PROTECIONISTAS 1879 + LEIS ANTI-SOCIALISTAS
O PSD iniciou um tipo de ação política que não se restringia ao parlamento, ia as ruas. Nesse projeto, Bismarck enfrentou a objeção dos liberais que temiam pelo fim da expressão individual e coletiva. Nesse cenário, Bismarck muda sua base política, negociando com os liberais nacionais. A Alemanha sofria, durante a crise, com a concorrência dos EUA no mercado de cereais. Na Europa Oriental toda há um enorme número de imigrantes que vão para os EUA. Outro mercado em que a Alemanha sofre com a concorrência americana é a área da siderurgia. Assim os liberais nacionais aceitam votar a favor das leis anti-socialistas, desde que Bismarck elevasse a taxa alfandegária para proteger as produções nacionais de milho e de aço. Isso ficou conhecido como a união do Milho com o aço. As medidas protecionistas começam em 1879 e o livre comércio vai declinando, uma vez que as medidas anti-socialistas são aprovadas em 1878. Entre 1878 e 1890 vigoraram as leis anti-socialistas, que proibiram as passeatas, os comícios, as bandeiras e a imprensa. Ou seja, o PSD deveria se comportar como os partidos liberais = fazer política só dentro do parlamento.
PSD ESTADO DENTRO DO ESTADO
Depois de 1890, as leis anti-socialistas irão ser ironicamente chamadas de leis socialistas, uma vez que foi na clandestinidade que o PSD teve um enorme crescimento.
O PSD é um partido marxista e Engels acompanhava toda a evolução do partido e foi acompanhando todas as mudanças do capitalismo e reconhece que as lutas sociais não poderiam mais ser travadas como eram em 1848. Assim, isso refletia na teoria socialista. Houve uma ainda maior tendência evolutiva e darwinista na teoria o socialista. O capitalismo de crise em crise ira se inviabilizar, mas nunca especulou esse processo, o fim capitalismo e o início do socialismo. Quem proporia uma resposta a esse problema seria Lênin em 1917, que defendia que o processo de constituiria via a revolução. Nesse sentido era importante para que o PSD produzisse quadros capazes de levar a diante a transformação socialista. A clandestinidade e o esforço voltado para produzir quadros fizeram o PSD um partido com uma estrutura enorme, sendo considerado um Estado dentro do Estado.
BISMARK PARA BLOQUEAR PSD CRIA LEIS TRABALHISTAS
O Bismarck propõe as leis trabalhistas, para demonstrar aos trabalhadores que eles não precisavam do PSD, eles possuíam o Estado alemão. À política do chicote Bismark apresenta a política do bico doce.
Congresso de Berlin de 1884
Para garantir equilíbrio entre as potencias imperialistas.
Potências européias estabeleceram as regras sobre a partilha da África. a burguesia alemã ficou enlouquecida porque Bismarck não colocou a Alemanha na corrida colonial. Para evitar atritos na Europa, a Alemanha era uma potência satisfeita.
LIMITAR A CORRIDA IMPERIALISTA
Evitar que os convlitos cloloniais contaminassem o sistema europeu
EM 1884 = FORMA-SE A TRIPLICE ALIANÇA
Inglaterra = a pérfida Álbion (Inglaterra) deusa celta por seu comportamento errático com relaçao às outras potencias mantém-se afastada do sistema europeu
GUILHERME II WELTPOLITIK
Em 1890, o Guilherme II é coroado imperador. Pretexto para tirar Bismark foi não renovar as leis anti-socialistas. Bismarck renuncia. Guilherme vai além de Bismark nas concessões trabalhistas e previdenciárias.
Projeção da Alemanha na Europa e na África. Interesse imperialista
O primeiro problema da nova política externa alemã aparece em 1891. O tratado de ressegura tinha a duração de três anos e deveria ser renovado em 1891. Guilherme II dizia que esse tratado era irracional, uma vez que apoiava o império austro-húngaro que pretendia se expandir para os Bálcãs e apoiava a Rússia que possuía a mesma intenção e negou-se a renová-lo.
Nesse momento a Franca não perdeu tempo. Em 1892, o governo Frances inicia negociações entre a franca e a Rússia que culmina com a aliança franco-russa de 1894.
Protecionismo e nacionalismos crescentes.

• NAVALISTAS = DE VON TIRPITZ
• CRISES DO MARROCOS
• GUERRA DAS FERROVIAS
• Projeto alemao inviabiliza projeto ingles e vice e versa ferrovia BERLIM – BAGDA inviabiliza a CABO – CAIRO (Cecil B. Rodhes = que deu origem ao nome Rodesia)


Espartaquistas = rosa de Luxemburgo e Libtneck (racha do partido do partido social democrata)
Lênin esqueve livro “o que fazer”
x
O Putin da cervejaria = Hitler preso durante esses 6 meses

01/07/2009

ESTRUTURA DE MERCADO

AULA 4: Estrutura de Mercado. 1
CONCORRÊNCIA PERFEITA.. 1
MONOPÓLIO.. 1
CRITÉRIO TÉCNICO.. 1
CRITÉRIO ESTRUTURAL. 1
CRITÉRIO LEGAL. 2
FORMAS DE CONTROLE = POLÍTICAS ANTI MONOPÓLIO.. 2
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA.. 2
PREÇO PRÊMIO.. 2
OLIGOPÓLIO.. 2
CONCENTRADO.. 2
DIFERENCIADO.. 2
DIFERENCIADO CONCENTRADO.. 2
COMPETITIVO.. 2
CARTEL. 3
EQUILIBRIO ESTRATEGICO DOMINANTE. 3
AULA 4: Estrutura de Mercado
ROSSET, José Paschoal (2002) Introdução à Economia. PP. 485-531 Cap. 10. Objetivos Privados e Benefícios as Condições de Equilíbrio nas Diferentes Estruturas de Mercado
CONCORRÊNCIA PERFEITA
Produtor é tomador de preço (não consegue determinar o preço de sua mercaadoria tem de seguir o mercado)
Não tem poder de mercado (grande numero de produtores)
Produto homogêneo a concorrência é via preço não via qualidade
No longo prazo todas as empresas inseridas no mercado de concorrência perfeita tendem a ter lucro econômico zerado..
MONOPÓLIO
Barreiras à entrada de concorrentes
Grande poder de mercado (não existe produto substituto no monopólio puro)
Um produto (empresa domina inteiramente o mercado)

A curva de demanda do monopolista = à curva do mercado

Demanda geralmente inelástica: até certo ponto aumento preço = aumento receita.
Após certo preço a quantidade vendida é tão pouca que receita total diminui.

Monopolista pode definir preço para otimizar seus interesses (escolhe melhor combinação preço quantidade produzida)
CRITÉRIO TÉCNICO
Patentes e concessões (energia, lavra). Torna-se difícil, por razões técnicas, quebrar os monopólios.
CRITÉRIO ESTRUTURAL
Decorrente de estrutura de custos ou das próprias dimensões do mercado (química fina e biotecnologia pex). Elevados custos de implementação das unidades produtoras (empresa de ônibus) (baixa exigência técnica ou dimensões do mercado não admite mais de um ofertante.
CRITÉRIO LEGAL
Lei = monopólio do poder público por razoes de segurança nacional

Sendo assim há 4 tipos de monopólio
Monopólio patenteado
Monopólio natural
Monopólio legal
Monopólio por coalizões (geralmente esse tipo não é consentido pelo CADE)
FORMAS DE CONTROLE = POLÍTICAS ANTI MONOPÓLIO
Para reduzir distancia entre interesse social e objetivo privado
CONTROLES = fixação de preços quantidades pela autoridade pública
DISCRIMINACAO DE PREÇOS = imposição de preços justificados pelo interesse social
PROPRIEADE PÚBLICA = estatização = todas ações subordinadas à autoridade pública
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
Elevado numero de concorrentes dominam fatias pequenas do mercado
Produtos diferenciados (similares e substitutos
Alta elasticidade cruzada
PREÇO PRÊMIO
Decorrente da diferenciação resultante de qualidade marca, imagem, desempenho ou design do produto reconhecimento pelo consumidor dessa diferenciação

Atuação dos concorrentes pode deslocar a curva da demanda para cima ou para baixo
OLIGOPÓLIO
Pequeno numero de empresas
Altos coeficientes de concentração
Grandes empresas dominam o mercado
O oligopólio é a regra
CONCENTRADO
Ausência de diferenciação dos produtos, altas taxas de concentração porque barreiras de entrada elevado montante de capital e exigência de controle de tenologia e do suprimento de insumos, industria de base que exigem investimentos de longa maturacao
DIFERENCIADO
Concorrência pela diferenciação (OMO com amaciante e que rende mais que os demais sabões em pó)
DIFERENCIADO CONCENTRADO
Diferenciação como forma de concorrencia associada a requisitos mínimos de escala para implantacao de projetos concorrentes.
COMPETITIVO
Concentração relativamente alta possibilidade de concorrência via preço para ampliar fatia do mercado.
CARTEL
Empresas se juntam para calcular como se fossem uma única empresa o ponto maximizador do lucro ou seja em que Rmg = Cmg. Passam então depois da carterização do preço a produzir uma determinada quantidade maximizadora.
EQUILIBRIO INSTÁVEL = pela teoria dos jogos se conclui que os integrantes do cartel vão romper como pacto. Se a outra empresa romper primeiro (produzir mais do que o combinado a empresa que continua cumprindo o pacto vai sofrer muito mais prejuízo. Então decide por se antecipar e romper primeiro com o pacto.
EQUILIBRIO ESTRATEGICO DOMINANTE
Estratégia dominante = aquela que e adotada independentemente do que o outro fizer = a empresa vai trair porque é estratégia dominante independentemente da outra empresa trair ou não = EQUILIBRIO ESTRATEGICO DOMINANTE = JOGADORES VAO SEMPRE TRAIR



EMPRESA 1
TRAI
NÃO TRAI
EMPRESA 2
TRAI
(36; 36)
(45,6; 30,4)
NÃO TRAI
(30,4; 45,6)
(40,5 ; 40,5)

PERGUNTA
Por muito tempo setores da economia caracterizados por monopólios eram controlados pelo estado. Isso deixou de ser verdade após as privatizações. Como forma de controlar os monopólios privado, países do mundo inteiro passaram a criar agências reguladoras. Explique como as agências reguladoras podem contribuir para o bem-estar dos consumidores.
Monopolista atuando como tal tende a diminuir o excedente do consumidor uma vez que irá definir preço e quantidade produzida para otimizar seus interesses. A melhor combinação de preço e quantidade adotada pelo monopolista vai ser a que lhe gera custo marginal igual a receita marginal.
A agência reguladora tem instrumentos para aumentar o excedente do consumidor estabelecendo preço máximo, quantidade mínima ou padrões de universalidade por exemplo.
Sendo assim o bem estar do consumidor deve aumentar com a atuação do regulador.

CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL E PERÍODO JOANINO

CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL E PERÍODO JOANINO
DIAS, Maria Odila Leite “A Interiorização da Metrópole” in.: MOTA, Carlos Guilherme. Dimensões: 1822, Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 1981, pp. 160-184
Emilia Viotti da Costa, "introdução ao estudo da emancipação política do Brasil", in Carlos Guilherme Mota (org.), Brasil em Perspectiva, Rio de Janeiro/São Paulo DIFEL, 1978, p.64-125.[1]
Francisco José Calazans Falcon, “Pombal e o Brasil”, in José Tengarrinha (org.), História de Portugal, 2ª ed., São Paulo, Edusp/Unesp, 2001, pp. 227-244[2]

CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL E PERÍODO JOANINO.. 1
MINERAÇÃO SEC XVIII 1
BANDEIRANTES X EMBOABAS = PERÍODO INICIAL (1695-1710) 1
ESTATUTO DAS MINAS = APOGEU (1710-1750) 1
CRISE = ÉPOCA POMBALINA (1750-1770) e INCONF MINEIRA (1789) 1
CONSEQUENCIAS DO PERÍODO MINERADOR. 2
POMBAL E O BRASIL. 2
1755 e 1759 = Cia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão e Cia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba. 2
REGALISMO POMBALINO x PAPALISMO.. 2
AULAS RÉGIAS (ENSINO LAICO) 2
DIRETÓRIO (GERIR AS MISSOES) 2
IDIOMA PORTUGUÊS OBRIGATÓRIO.. 2
INTERIORIZACAO DA METRÓPOLE (1808-53) 3
NAPOLEÃO EM PORTUGAL. 3
PERÍODO JOANINO (1808-1821) 3
POLÍTICA EXTERNA INTERVENCIONISTA.. 3
POLÍTICA REGALISTA DE D. JOAO VI 3
MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA (2009 ANO DA FRANÇA NO BRASIL) 3
PRIMEIRA ONDA DE KONDRATIEFF. 4
CRISE DO SISTEMA COLONIAL. 4
REVOLUÇÃO DO PORTO.. 4
JOSÉ BONIFÁCIO = PATRIARCA DA INDEPENDENCIA = LENDA ANDRADINA.. 4
MINERAÇÃO SEC XVIII
BANDEIRANTES X EMBOABAS = PERÍODO INICIAL (1695-1710)
FEBRE DO OURO = Bandeirantes que encontraram o ouro x Emboabas forasteiros do reino ou do nordeste em crise por causa do açúcar das Antilhas.
GUERRA DOS EMBOABAS 1709 -1710 = expulsão e morte dos bandeirantes
ESTATUTO DAS MINAS = APOGEU (1710-1750)
Maior presença da coroa portuguesa
ESTATUTO DAS MINAS = isola a capitania, proíbe a circulação de outro bruto, cria as casas de fundição e estabelece o quinto (que é na verdade tributação de 20%)
DATAS AURÍFERAS = primeira parte para quem achou a mina, segunda parte para quem tem mais escravos e terceira parte para a coroa leiloar (quem oferecer maior preço)
REVOLTA DE VILA RICA = REVOLTA DE FELIPE DOS SANTOS = contra as casas de fundição = apanhado de surpresa, o governo fingiu aceitar as exigências dos revoltosos e prometeu que acabaria com as Casas de Fundição. Na verdade, queria apenas ganhar tempo para organizar suas tropas e poder reagir energicamente. Foi o que aconteceu. Em pouco tempo, os líderes do movimento foram presos e Felipe dos Santos condenado. Sua pena foi enforcamento em praça pública, no dia 16 de julho do 1720, sendo seu corpo posteriormente esquartejado.
CRISE = ÉPOCA POMBALINA (1750-1770) e INCONF MINEIRA (1789)
ARROCHO POMBALINO
FINTA = sistema de arrecadação fiscal = no mínimo 100 arrobas de ouro
DISTRITO DIAMANTINO = monopólio real = tirou diamante é da coroa
DERRAMA = cobrança dos atrasados = atinge principalmente os mais ricos
INCONFIDENCIA MINEIRA = republicana, separatista e das elites
CONSEQUENCIAS DO PERÍODO MINERADOR
Urbanização, deslocamento do eixo econômico do NE para o Centro-Sul (1763 sede do governo geral deixa de ser Salvador e passa a ser Rio de Janeiro), criação do mercado interno (região das minas não era auto-suficiente como os latifúndios canavieiros), consolidação da escravidão negra (presença da coroa muito forte e utilizar índio era ilegal), florescimento do Barroco, surgimento da camada média (funcionários públicos e profissionais liberais), mobilidade social (exigia menor investimento de capital que a empresa açucareira do NE, mais acessível a faiscadores, garimpeiros de baixo estrato social)
POMBAL E O BRASIL
Em Portugal = déspota esclarecido. No Brasil = opressor colonialista = FORÇA CENTRÍPEDA = a colônia deveria gerar progresso da metrópole.
1755 e 1759 = Cia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão e Cia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba
Empresas monopolistas destinadas a dinamizar as atividades econômicas no Norte e Nordeste da colônia.
REGALISMO POMBALINO x PAPALISMO
Disputa entre dois entendimentos acerca da origem divina do poder dos soberanos (reis), levada a cabo entre os jesuítas e os teóricos do Marquês de Pombal e de D. José I:
1.a Em comum tinham a aceitação da origem divina do poder real, com base nos escritos bíblicos;
1.b Em divergência:
Para os jesuítas, “são os homens que decidem voluntariamente constituir uma sociedade política”; “o poder pode ser transmitido diretamente por Deus ao soberano, mas tratar-se-á, nesse caso, de um acontecimento extraordinário”; a tese é a de que “o poder do soberano vem de Deus, através da comunidade.”. Esta tese da soberania inicial do povo era combatida pelos teóricos do pombalismo, assim como “a doutrina do poder indireto dos papas sobre as coisas temporais para o fim espiritual.” Neste último aspecto pretendia-se a defesa da supremacia do Estado relativamente a toda a intervenção temporal da Igreja, isto é, postulava-se uma teoria política regalista. Também havia defesa de teses episcopalistas, as quais colocam as assembleias de bispos numa posição de superioridade em relação ao papa. Deste modo, regalismo e episcopalismo opõem-se à teocracia papal ou papalismo.
AULAS RÉGIAS (ENSINO LAICO)
Com a expulsão violenta dos jesuítas do império português, o Marquês determinou que a educação na colônia passasse a ser transmitida por leigos nas chamadas Aulas Régias. Até então, o ensino formal estivera a cargo da Igreja.
DIRETÓRIO (GERIR AS MISSOES)
O ministro regulamentou ainda o funcionamento das missões, afastando os padres de sua administração, e criou, em 1757, o Diretório, órgão composto por homens de confiança do governo português, cuja função era gerir os antigos aldeamentos.
IDIOMA PORTUGUÊS OBRIGATÓRIO
Procurou dar maior uniformidade cultural à colônia, proibindo a utilização do Nheengatu, a língua geral (uma mistura das línguas nativas com o português, falada pelos bandeirantes e jesuitas) e tornando obrigatório o uso do idioma português.
INTERIORIZACAO DA METRÓPOLE (1808-53)
Maria Odila Dias Leite “Enraizamento de interesses portugueses e sobretudo o processo de interiorização da metrópole no centro-sul da colônia.”
Processo moderado de emancipação politica
continuidade das instituições na transição para o império
predomínio social do comerciante (português) e das intimas interdependências entre interesses rurais, comerciais e administrativos = mecanismos de defesa e coesão do elitismo
instabilidade crônica da economia colonial gerava mecanismos sociais de acomodação tais como a fluidez e mobilidade das classes dominantes servindo como forca neutralizadora para abafar divergencias e impedir manifestacoes de descontentamento que multiplicassem inconfidências e revoltas = elitismo burocrático = ditado do sec XVIII: pai taverneiro, filho nobre, neto mendicante (instabilidaade economica gera acomodação social para amparar o status dos empobrecidos = santa casas, conventos, ordens religiosas e do funcionalismo público em geral)
medo do haitianismo
Corte parecia a ancora de salvação e seguranca = carisma da imagem do Príncipe Regente = massa de povos mestiços e desempregados revoltavam-se contra monopolizadores do comercio e contra atravessadores de generos alimentícios porém fascinava-os a corte, o poder real (atracao messiânica, esperanca de socorro, bom pai a curar feridas dos filhos)
NAPOLEÃO EM PORTUGAL
Restrições da guerra, temor das agitações jacobinas, transmigração e conseqüências dos tratados de 1810 geram ciúmes e tensões entre portugueses do reino e portugueses da nova Corte. (Tratado 1810 tirava condição de intermediário comercial de produtos coloniais dos portugueses e prejudicava o industrialismo português incipiente.)
PERÍODO JOANINO (1808-1821)
Transição do mercantilismo português para a subordinação ao liberalismo britânico.
Abertura dos portos às nações amigas 1808
revogação do alvará de Dna. Maria(1785=proibia manufaturas na colônia)
acordos de 1810 = aliança e amizade + comércio e navegação
BB, Biblioteca Nacional, Imprensa Régia, Jardim Botânico, Casa de Moedas, Fábrica de pólvora, ocupação da serra de Nova Friburgo, abertura de estradas no SE
Brasil elevado a reino unido em 1815
POLÍTICA EXTERNA INTERVENCIONISTA
CAIENA (1809) = Guiana Francesa
Banda Oriental (1811,1816)
POLÍTICA REGALISTA DE D. JOAO VI
Reformas modernizadoras = venda de bens da igreja e da coroa no próprio reino, reformar contribuição feudal, lançar novos impostos mais justos e mais aptos a dinamizar a economia agrária do reino, acabar com lesírias (terras incultas ao longo dos rios), vendendo-as para multiplicar o número de propriedades e para aumentar a produtividade impedindo extensões de terras não cultivadas
MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA (2009 ANO DA FRANÇA NO BRASIL)
Debret: "...deixamos a França, nossa pátria comum, para ir estudar uma natureza inédita e imprimir, nesse mundo novo, as marcas profundas e úteis, espero-o, da presença de artistas franceses"
Embora com o apoio real, a missão encontrou resistência entre os artistas nativos, ainda seguidores do Barroco, e ameaçavam a posição de mestres portugueses já estabelecidos. A verdade é que os franceses foram recebidos como importunos tanto por portugueses quanto por brasileiros.
Recursos exíguos (drenados pela política externa intervencionista = cisplatina e caiena)
Consul francês no Brasil não via com bons olhos a presença de bonapartistas.
Enquanto a Escola de Belas Artes não era instalada (inaugurada só com D.Pedro I), os artistas sobreviviam da pensão que lhes concedera o governo, e ocupavam-se aceitando encomendas, ao lado das aulas que conseguiam ministrar nas precárias condições em que se achou o projeto nos primeiros anos.
Efetivamente aproveitados pelo governo apenas cinco integrantes: Debret, Nicolas Taunay, Auguste Taunay, Montigny e Ovide.
Missão de 1816 se extingue com a morte de Montigny em 1850. Mas a ela cabe o mérito de ter sido a semente de um projeto renovador e ao mesmo tempo pragmático e idealista, cujos desdobramentos a longo prazo seriam os mais frutíferos.
PRIMEIRA ONDA DE KONDRATIEFF
CRESCENTE 1780-1810
CORE = GB X FRA = VENCE GB = Rev. Industrial = Derrota da França em sua revolução nacionalista.
SEMIPERIFERIA = Emergência dos EUA. Declínio da Ibéria, Prússia, Europa Central e Meridional.
PERIFERIA = Descolonização da America Latina e abertura dos portos no Brasil.

DECRESCENTE 1810-1844
CORE = Consolidação da liderança econômica britânica. Origens do socialismo na GB e na FRA.
SEMIPERIFERIA = Emergência dos EUA e da Europa Central (Prússia).
PERIFERIA = > influencia britânica na América Latina. Indep. do Brasil = ascensão da economia mercantil-escravocata baseada no café.
CRISE DO SISTEMA COLONIAL
Revolução Industrial = necessidade de MDO livre para consumir gerar demanda e fomentar assim oferta. Latifúndio auto-suficiente com MDO escrava não gerava demanda. Era preciso romper com o sistema para inserir Brasil na economia moderna.
REVOLUÇÃO DO PORTO
Consumação formal da separação política não afetaria o processo brasileiro já desencadeado com a vinda da Corte em 1808.
JOSÉ BONIFÁCIO = PATRIARCA DA INDEPENDENCIA = LENDA ANDRADINA
MITO DA NACIONALIDADE = simbolizando os anseios de emancipação do jugo colonial.
Assistiu a derrota de seus ideais políticos e economicos
Sonhara com uma monarquia constitucional e o que tinha pela frente era um governo de uma oligarquia.
Combatera o latifúndio e pregara uma nova política de terras para reduzir áreas improdutivas = latifúndio cada vez mais base da economia com café no vale do Paraíba.
Preconizava a abolição = africanos continuavam a ser principal MDO e café revalorizou braço escravo.
Tentara estimular emigração = vira fenecer núcleos coloniais incapazes de sobreviver dentro dos quadros de uma economia baseada no latifúndio auto-sufieciente e no trabalho escravo.
Repelira os tratados de comércio e os empréstimos que colocavam o Brasil na dependência dos acordos com a Inglaterra = vira a renovação dos acordos com a Inglaterra e uma série de empréstimos

Questões TTA:
Assim como em Pernambuco ou na Bahia, regiões de agricultura mercantil, a terra, nas regiões minerais era concedida com primazia aos proprietários de escravos? CORRETA Em PE e BA tb os escravos era critério para a distribuição das sesmarias.

Para controlar hábitos e costumes da população católica, os bispados locais organizaram visitas pastorais, assim como o Estaddo português enviou para o Brasil as visitações do Sto Ofício? CORRETA (3 vezes)

Diferenciando–se dos colonos e dos colonizados, os funcionários régios eram membros da burocracia leiga ou eclesiástica, responsáveis pela administração do fisco, da defesa e do Império da Fé? CORRETA Como serviam à coroa diferenciavam-se dos colonos.

Curiosidades:
“Em América todo branco é cavalheiro” Alexander Von Humboldt
[1] NOVA BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA PELO DEZEMONE (AINDA NÃO LI = NÃO CHEGOU NA BIBLIOTECA)
[2] IDEM

GEISEL + FIGUEIREDO

GEISEL + FIGUEIREDO
VIZENTINI, Paulo Fagundes. A Política Exterior do Regime Militar Brasileiro

GEISEL + FIGUEIREDO.. 1
GEISEL 1974 = AZEREDO DA SILVEIRA MRE = PRAGMATISMO RESPONSÁVEL E ECUMENICO.. 1
REVOLUCAO DOS CRAVOS = FIM SALAZARISMO PORTUGAL. 1
FONPLATA.. 1
BRASIL ADERE AO PRINCÍPIO UMA SÓ CHINA = RECONHECE RPC. 1
II PND.. 1
1ª. Convenção de Lomé. 2
ACORDO NUCLEAR COM RFA.. 2
SIONISMO RACISMO= RESOLUCAO ONU.. 2
MASSACRE DE SOWETO = APARTHEID.. 2
INDEPENDENCIA DA ANGOLA.. 2
DOUTRINA DOS KEY-COUNTRIES. 2
CONSELHO DE SEGURANÇA BLOQUEIA RODÉSIA.. 2
LEI FALCAO.. 2
PACOTE DE ABRIL. 2
TCA = TRATADO DE COOPERAÇAO AMAZONICA.. 2
EMENDA CONSTITUCIONAL 11 = REVOGA AI5. 2
ACORDO CAMP DAVID.. 2
FIGUEIREDO 1979 = SARAIVA GUERREIRO MRE. 3
LEI DE ANISTIA.. 3
ACORDO TRIPARTITE. 3
ALADI = ACORDOS DE COMPLEMENTACAO ECONOMICA (ALEs) 3
GUERRA DAS MALVINAS. 3
MORATÓRIA DO MÉXICO = CRISE DA DÍVIDA.. 3
GRUPO DE CONTADORA.. 3
BRASIL MISSAO ESPECIAL AO SURINAME. 3
GEISEL 1974 = AZEREDO DA SILVEIRA MRE = PRAGMATISMO RESPONSÁVEL E ECUMENICO
Promoção de interesses comerciais e abertura de novos mercados.
Processo de abertura lenta, gradual e segura
REVOLUCAO DOS CRAVOS = FIM SALAZARISMO PORTUGAL
Brasil é o primeiro pais a reconhecer o novo governo. Inicio processo de descolonização
FONPLATA
Fundo financeiro para desenvolvimento da bacia do prata com sede em Sucre, Bolívia.
BRASIL ADERE AO PRINCÍPIO UMA SÓ CHINA = RECONHECE RPC
Suspensas relações diplomáticas com Taiwan (estabelecidas apenas relações comerciais)
II PND
Opção pela manutenção do crescimento econômico com capitais externos (petrodólares)
ALBRÁS = consórcio japonês para produção de alumínio no Para
Acordo de compra da URSS DE 5 turbinas para usina de sobradinho na BA
PROÁLCOOL
1ª. Convenção de Lomé
Entre CEE e ACP (áfrica, caribe e pacífico)
ACORDO NUCLEAR COM RFA
8 usinas com reatores a água pressurizada
Processo jato centrífugo de enriquecimento de urânio
Consórcio Nuclebras e Siemens
SIONISMO RACISMO= RESOLUCAO ONU
BRA vota a favor de resolução proposta pelos países árabes que considera sionismo forma de racismo. Conceito de sionismo adotado foi o de Theodor Herzl = movimento de libertação nacional do povo judeu.
MASSACRE DE SOWETO = APARTHEID
BRA vota contra o apartheid.
MASSACRE DE SOWETO (manifestantes sem armas na periferia da África do Sul)
INDEPENDENCIA DA ANGOLA
BRA primeiro pais a reconhecer o governo socialista MPLA
DOUTRINA DOS KEY-COUNTRIES
BRA país chave no mundo ocidental
Kissinger visita o BRA = MOU para consultas mútuas
CONSELHO DE SEGURANÇA BLOQUEIA RODÉSIA
BRA adota bloqueio econômico contra o governo branco na Rodésia (Zimbábue) conforme recomendação do CS da ONU
LEI FALCAO
Restrita propaganda eleitoral, garantindo, assim, maioria governista nas eleições municipais.
PACOTE DE ABRIL
(porque a arena iria perder eleições = gov iria ficar sem maioria) Fecha congresso por 14 dias. Cria senadores biônicos (eleitos de forma indireta) para contrabalançar os mdbistas. Eleições indiretas para governador. Ampliação da bancada dos estados menos desenvolvidos, nos quais a Arena tinha bons resultados. Alteração do quorum para alteração constitucional (de 2/3 passa a ser maioria simples). Ampliação do mandato presidencial de 5 para 6 anos.
TCA = TRATADO DE COOPERAÇAO AMAZONICA
8 paises: BOL, BRA, COL, EQUADOR, GUIANA, PERU, SURINAME E VENEZUELA
Iniciativa brasileira marco formal de impulso à cooperação ao desenvolvimento da região.
Resposta à pressões ambientalistas estrangeiras que propunham o arrendamento da Amazônia o pagamento da divida externa com a Amazônia. (lema pós ECO72: Salve a floresta, mate um brasileiro!)
EMENDA CONSTITUCIONAL 11 = REVOGA AI5
E outros atos institucionais
ACORDO CAMP DAVID
Mediação de Carter = Israel devolve o Sinai ao Egito. Inicio processo de paz no oriente médio

Novo papa João Paulo II
José Sette Câmara = juiz na CIJ
REVOLUCAO IRANIANA
SEGUNDO CHOQUE DO PETRÓLEO
FIGUEIREDO 1979 = SARAIVA GUERREIRO MRE
Tenta continuar PRE de Geisel mas agenda internacional completametne contaminada pelas questões financeiras. Dependência econômica abisal e crise da divida = década perdida.
=D frase de Figueiredo: eu vou democratizar este país e quem se opuser eu quebro e arrebendo.
LEI DE ANISTIA
Exilados começam a voltar
Surgem novos partidos PDS, PMDB, PP, PTB, PT E PDT.
ACORDO TRIPARTITE
Cooperação técnico-operacional entre Itaipu e Corpus = acordo resolve em definitivo a disputa.
ALADI = ACORDOS DE COMPLEMENTACAO ECONOMICA (ALEs)
Associação latino americana de integração = criada em Montevidéu = substitui a ALALC (muito ambiciosa em seus objetivos) tendo em vista pol de substituição de importações adotada por muitos países, eliminou-se listas comuns, abandonou metas de integração. Criou mecanismos mais flexíveis uma área de preferência tarifária
GUERRA DAS MALVINAS
BRA oferece apoio tático
MORATÓRIA DO MÉXICO = CRISE DA DÍVIDA
Moratória fundamenta a quadruplicacao dos juros da divida externa brasileira.
Delfin negocia com FMI = receituário ortodoxo = medidas recessivas e combate ao déficit publico
GRUPO DE CONTADORA
COL, MEX, PANAMA, VENEZUELA = buscam solução negociada para conflitos na America central. BRA faz parte do grupo de apoio.
BRASIL MISSAO ESPECIAL AO SURINAME
Para evitar cubanizacao do Suriname Brasil oferece ao governo do tenente coronel Desiré Boulerse linhas de crédito do Brasil

BAEANA SOARES assume cargod e secretario geral da OEA
EMENDA DANTE DE OLIVEIRA PELAS DIRETAS JÁ É REJEITADA PELO CONGRESSO
INAUGURADA ITAIPU