22/03/2011

Deus sonha o homem, que sonha a máquina, que sonha deus.


Por Danielle Denny

22 de março de 2011 – Terça-feira - 14h30 – 16h00

Dietmar Kamper, antes de ser sociólogo e filósofo, foi professor de educação física e dança. Esse histórico pessoal influencia em suas análises, ele não busca análises descritivas da comunicação, busca suas raízes, seus fenômenos culturais, as dinâmicas culturais dos processos comunicacionais, demonstra, assim, uma forte ligação entre Comunicação e Antropologia.

Em artigo de, intitulado "As máquinas são tão mortais como as pessoas. Uma tentativa de excluir o telemático do pensamento", Kamper examina os sonhos. Um dos elementos culturais, segundo Ivan Bystrina, para quem a cultura tem quatro raízes: os sonhos, os jogos, os estados alterados de consciência e as doenças psicológicas.

No sonho criamos realidades, não estamos mais restritos ao espaço e ao tempo, “novos meios de comunicação realizaram finalmente o sonho arcaico do espírito humano, de estar todo o tempo em toda parte e em nenhum lugar”. Criamos símbolos que sustentam a nossa vida. O ser humano é finito, mas sonha cultura e assim pode inverter a realidade da finitude, pode dar sentido à própria vida. Os sonhos deixam de ser uma invenção, adquirem tal força que gerenciam a nossa vida.

“Deus sonha os homens; o homem sonha as máquinas; as máquinas sonham Deus” (...) “O homem como sonho de Deus é o real, o corpo. A máquina como sonho do homem é o simbólico, a linguagem. Deus como o sonho da máquina é o imaginário a imagem”. Como em um nó borromeano, cada um dos três círculos que formam um trevo (simbólico, imaginário e real) têm existência própria porém conectada. Tanto Deus, como a máquina, como o homem são simbólicos, imaginários e reais ao mesmo tempo. Natureza e cultura estão misturadas.

Bibliografia

KAMPER, Dietmar. "As máquinas são tão mortais como as pessoas. Uma tentativa de
excluir o telemático do pensamento". Trad. Ciro Marcondes Filho. Disponível em <http://www.cisc.org.br/portal/biblioteca/mortais.pdf>. Acesso em 22 de março de 2011.

TAVARES, Carla; MAZUR, Cláudio; BERTOLINI, Eduardo e RIBEIRO, Laurette. “O mágico do real”. Disponível em <http://www.psicanaliselacaniana.com/estudos/magicoreal.html>. Acesso em 22 de março de 2011.


Danielle Denny participa do grupo de estudos sobre Dietmar Kamper, do Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura do Ouvir, http://groups.google.com/group/culturadoouvir, o presente texto é uma ata das discussões travadas durante o segundo dos cinco encontros que serão realizados na Cásper Líbero, durante o primeiro semestre de 2011.

06/03/2011

Anotações de aulas da disciplina Comunicacao, tecnologia e cidadania digital, ministrada por Eugenio Menezes


Comunicacao, tecnologia e cidadania digital

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011 (aniversário do Eugenio)


Ideia para um artigo
Estamos envoltos a meios de comunicacao de massa mas a cultura não é mais cultura de massa

Beatriz Sarlo socióloga argentina “esqueçam Benjamin”. O tempo era outro, a realidade era outra, não se aplica a lan houses pex. Tem autores mais adequados.

Tensão será um vetor do curso
O tempo lento dos corpos e a velocidade nos ambientes digitais
A abstração dos códigos e a complexidade do homo sapiens-demens
Os discursos sobre cidadania e os diálogos intersubjetivos/interculturais

Obrigação de aluno de mestrado de comunicação assistir uma vez por mês a todas as novelas =D

Tensão é termo de Eugenio Trivinho (forte em cibercultura)




sexta-feira, 4 de março de 2011

Cortázar, Júlio: Histórias de cronópios e de fama, Civilização Brasileira, 2009
O que é ganhar um relógio: ...
“Um inferno enfeitado, uma corrente de rosas um calabouço de ar...
É você que é dado de presente ao relógio”


ZIELINSKI, Siegfried. Arqueologia da mídia. Em busca do tempo remoto das técnicas do ver e do ouvir. São Paulo:
Annablume, 2006.

Etimologia de ergonomia é relação entre homem e maquina. Ergon trabalho nomos é lei. É dar a corda no relógio.

Etimologia de ubris é tudo aquilo que passa da medida
Nosso presente tem um descomedimento. Soberba de que nós somos o ponto alto da história.

(pg 13) Flusser lembra que ciências arqueológicas (psicanálise, ecologia etimologia mitologia etc) resgatam o passado descartado, desobstruindo o acesso para uma rela;ao saudável com as origens, esvaziando um pouco a inflada ubris do presente.

(pg. 19) não procuremos o velho no novo, mas encontremos algo novo no velho.

Padre Landel de Moura, jesuíta gaúcho que inventou o rádio, mas não foi reconhecido. (livro Histórias do Rádio).

O ser humano é por natureza nômade, precisa das misturas. Não precisa de grandes coisas para sobreviver e ser feliz. Precisa de um teto comida carinho e pouco mais. Proteger nossos filhos dos diferentes é danoso ele fica só exposto aos mesmos estímulos inclusive mediáticos.

Eugenio Trivinho é um olhar que aponta a ferida, a dificuldade dos dromo inaptos x dromo aptos. O Zielinsky é um olhar que estimula a explorar essa ferida.

Macluhan é encantamento com a tecnologia típica lógica de 1996. O Zielinsky no entanto é de outra época 2002, ele está preocupado com as raízes com as perdas geradas pela tecnologia.

Norberto Elias livro os incluídos e os outsiders.

Mundos de mídia. TVs a cabo redes de comunicação de internet que convivemos hoje em um determinado momento era uma cultura livre e libertaria, sonho de forma anárquica de comunicação. Era estado de fluxo. Hoje está formado, formatado, fixo em um mundo. Temos de lembrar que há outros mundos, outras formas e formatos, inclusive os que ainda não foram pensados.

Pensar é desafiar é um risco enorme. Pensar mundos possíveis é um risco enorme.

Se não houver heterogeneidade perigo de a pessoa julgar os diferentes como perigosos, como nazistas, como pelegos etc.



sexta-feira, 11 de março de 2011

reportagem CBN um único sentido (áudio) exemplo de como uma reportagem pode dar conta também de outros sentidos. (“o rolex de meu pai”). Narrativa explicada mais abstrata.

reportagem Bandeirantes sobre divisa de SP com Minas Gerais. Com personagens consegue recuperar o conjunto dos sentidos.

ambas criam paisagens sonoras em perspectiva fenomenológica.

estesiologia = sensações e os sentidos = ciência da sensibilidade e dos sentidos 

ARNHEIM, Rudolf: estética radiofônica. Na paisagem sonora não falta nada. No teatro por exemplo faltaria uma maquiagem um cabelo.

O som penetra por todo o corpo. Fechamos os olhos mas não os ouvidos.

Existem imagens exógenas e endógenas. As endógenas são necessárias para o raciocínio e para o desenvolvimento. Na audição desenvolvemos as imagens endógenas. A imagem exógena entrega pronto não se tem trabalho para decodificar, perde o tempo lento. A imagem exógena é autoreferente. Somos devorados por elas e a evacuamos. Por isso a dificuldade de ouvir. Não dá para evacuar o som. Imagens sonoras trabalham com memória.

Discurso abstrato do rolex do meu pai está numa epistemologia cartesiana de organização de idéias. O outro discurso com personagens etc quando disposição para ouvir muda o foco epistemiológico. É difícil ouvir. O entendimento pela explicação é o texto. A sonoridade inverte essa epistemologia, ou se está ouvindo ou não se está ouvindo. Ou é tocada ou não pela voz. Envolve toda a corporidade sai da epistemologia cartesiana explicativa e indo para uma epistemologia compreensiva, se vivencia a experiência.

O livro se tem de abrir tem de se fazer um esforço, mas a sonoridade não, ela envolve.

Livro de Luciano Guimarães a cor como informação no jornalismo, estuda as cores, não a antropologia dos sentidos.

Contato com os sentidos é fenômeno, entra-se todo. Husserl considera experiências sensoriais como fundamento do nosso conhecimento do mundo real. Tem que queimar o dedo para saber o que é queimar. Tem de deixar os

Hilético vem de matéria.

Homem organiza suas sensações. Homem sente e simboliza. É preciso haver abstração e empatia.

O tato é sentido proximal. Tem posição excepcional pois sensações interiores e exteriores se condicionam reciprocamente. Tato está fora e dentro. Se eu for tocado por alguém que não quero que me toque é invasão dentro. Pele é o local da mistura.
  

Redigir até 20 linhas relacionando os textos de Plessner (no Dropbox), de Wulf (chrwulf@zedaf.fu-berlin.de) com os textos de  Ladislau Dowbor pág. 56, Sérgio Amadeu pág 66 e Eduardo Viveiros pág. 79 (os 3 disponíveis no site www.culturadigital.br)

Ver também texto Teoria dos campos mórficos de Monica Martinez Revista Grhebb Sheldrake (no dropbox)



sexta-feira, 18 de março de 2011

tensão é própria do ambiente de diálogo. Não é própria do ambiente de discurso.
Os ambientes de ciência não deveriam ser de discurso mas sim de dialogo. Porque a ciência avança com as modificações e colaborações dos outros. O risco da especialização extrema também é arriscada pois torna o ambiente discursivo, especialidades não se conversam. Na interatividade se descobrem novas coisas que nem estavam imaginadas. No discurso apenas a idéia discursiva é reafirmada. Não se pode tornar a empresa dialogo ela tem de ser discursiva, mas o desafio é aproveitar as brechas para incluir algum diálogo. Achando o ponto de equilíbrio. Nem eugenia nem mistiçagem barata. Quando fecha o discurso é um perigo, haja vista nazismo.

Analisar dialogo e discurso na pesquisa. Estimula o diálogo não só das entrevistas mas das idéias diferentes.

Ecologia da comunicação: cada comunidade vai treinando para atuar em escala mundial. Oportunidade nova de voz global na internet. Que vai exigir treino árduo para fazer o diálogo. Esforço de poder estar diante do outro do diferente. E aberto a ouvir. Nossa sobrevivência vai depender desse respiro do diálogo. Caso contrario ficaremos presos em dogmáticas fechadas hostis aos diferentes que levam a violência.

O tempo lento do corpo está aberto ao diálogo. O tempo rápido da máquina pode ser usado como diálogo ou discurso depende do usuário.

Mãe é o melhor exemplo de multitarefas. Cultura sempre foi multifacetária. O desafio é quando eu preciso me centrar (comer dormir pex).

Ouvido propiciando o espaço com o outro. Consciência de espaço. Contar historia para crianças, pode ser a mesma historia o que interessa é a presença.

O desafio do momento é criar as políticas públicas que serão aplicáveis

Indexar artigos com nome ao final e incluílos no lattes. Exemplo do que fez Janaira França. Marketing de busca 



Para próxima aula 3 textos: Qual a pergunta de cada autor? Qual é a nossa pergunta para o autor?

Cultura da oralidade traz a memória do corpo. No escrito muita coisa se prede. Entonação linguagem corporal.

Platão viveu no limiar entre a escrita e oralidade. Socrates entendia que não devia escrever pq geraria mais confusão, leitor não entende o que foi realmente dialogado. Em compensação Aristóteles entedia que deverseia escrever tudo.

Tentativa de guardar escrever arquivar em novos formatos na verdade é a tentativa de dizer eu não morro.



sexta-feira, 25 de março de 2011

Objeto de pesquisa Tema da dissertação como Empreendedorismo na comunicação descreve objetos. Descrições.

Comunicação vai alem das descicoes de objetos se preocupa com as relações. O que se vincula a que. Se preocupa com os quiasmas (as intersecções). Os fenômenos estão misturados. Se preocupa com processos comunicacionais com os sonhos e fantasias das pessoas envolvidas no processo. Relações.

Quiasma = duas linhas que se cruzam.

Michel Serres livro “os cinco sentidos”. Quiasma é por exemplo a sensacao da boca. Chocolate interno gosto, chocolate externo e chocolate fantasia.

Diferença entre relações e descrições é tema de Jorge Gonzáles.

Em qualquer área da ciência está havendo um iconic turn uma reorientação pela imagem. O próprio movimento dos sem terras tem uma imagem construída.

Mas afinal de contas que imagem? Interior (endógena) que me emociona? Imagem exterior (exógena)? De alta resolução?

Como convivem as imagens da mídia com as imagens interiores. Quais imagens emocionam. Quais imagens me fazem amar? Lutar?

Imagem da cultura valoriza um tipo de imagem.

Imagens do imaginário, do inconsciente coletivo que nos movem. Exemplo imagem do herói. Jornada do herói quem estuda é o autor Campel. Gestalt teoria da percepção.

Mais do que ser ser de razão nos poderíamos ser chamados de ser de fantasia. Fantasia cobre a ferida de que vamos morrer (Dietmar Kamper). Fantasias nos movem. 

Fantasias têm aspecto religioso e sexual.

3tipos de imagens.
Imagens mágicas de culto.
Imagem como representação mimética.
Imagem como simulação técnica, abstração pré-fabricada, quase não desafia a fantasia. Fascina e aterroriza ao mesmo tempo. Exemplo estetização da política. Tudo é estetizado o perigo é tudo virar simulação. Estética limitada a uma imagem já dada é o problema.

Imagem complexa é a que empurra para frente. Não está dada. Não embota.

Ítalo Calvino já sugeria uma pedagogia do olhar imagens devem ser usadas para produzir, para melhor pensarmos.

Qual é a conseqüência das imagens prontas nas fantasias principalmente na geração Y? como eles vão fantasiar? Ele fará um remix?
As imagens podem tanto fechar, embotar as fantasias fazer com que ele tenha menos projeto político, menos ideais, como também pode ampliar, aumentar a criatividade. Jovem pode se deixar provocar pelo conjunto de imagens e circular pela rede. Terão espaço para sonhar uma outra realidade, por um outro mundo possível.

La ecologia de la communicacion pretende averiguar hasta que punto pueden crearse com la comunicacion comunidades em donde El mundo aparezca como um médio próprio em donde El ser humano se sienta a gusto. Asi ES como se concreta El puente entre teoria de la communicacion y ecologia humana. ... la exigência de que los seres humanos tomen conciencia y asuman su responsabilidad ante su entorno comunicacional. Em este contexto resulta relevante la educacion de los nunos y jovenes para uma coexistência comunicativa y um trato razonable com los médios.

Quanto mais yellow house, mais cidadão do mundo. E só se consegue ser cidadão do mundo estando no yellow house.

Andre parente e Vicente Romano estão descrevendo processos um entusiasmado outro assustado. O Wulf por sua vez está fazendo relações.  


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Um tempo do dia tem de ser o tempo do silëncio. Mais ou menos 2h. articulando uma leitura feita com profundidade. Não  é tanto a quantidade mas sim a qualidade.

Criança que pede ajuda com a lição quer a presença o desencoberto do outro.

Nas grandes fases de mudança o primeiro passo é rever o que pensamos. Milton Santos

tem uma história da humanidade a ser estudada mas o interessante é descobrir o homem por tras dessa história.

Jorge Luiz Borges em historia da infâmia 1935 do rigor da ciência: citação de texto de 1658 de Soares Miranda, Cartografia muito completa não presta para nada.

Heidegger: é preciso perguntar. A maior parte das questões estão na forma de pergunta não na forma de respostas.

Senso comum que a técnica é neutra. Isso é um favor especial, mas nos faz cegos para captar a verdadeira essência da técnica.

Concepção corrente da técnica:
Técnica meio para o fim
Técnica atividade do homem
Esses dois são a determinação instrumental e antropológica da técnica.

Mas essa determinação instrumental não mostra a essência da técnica.

Para chegarmos ä causa é preciso desencobrir.

4 causas:
Material = cálice feito de vidro
Formal = figura do cálice com haste longa
Final = uso para tomar vinho determina a forma uso para tomar sobremesa determina outra forma, uso para o culto do sacrifício de Jesus é outra forma
Eficiente = o trabalhador o ourives que determina como vai ser feito

As mesmas causas se aplicam ao software.

É preciso continuar perguntando, não usar respostas prontas. Software não é só o contrario de hardware, a questão é mais complexa.

Poiesis é toda produção, inclusive artística.

Exemplos de poiesis. Meu tempo é quando. A tarde está chorando por você.

Tem um artesão  que faz o software. Qualquer software é portanto uma poesia. Homem não tem dono. Software portanto não pertence a uma empresa.

Técnica não é portanto simples meio. É uma forma de desencobrimento da verdade. Técnica é portanto algo poético.

Ao procurar a essência da técnica está-se buscando a essência do homem.

Mestrado não é produção de alguma coisa, é produzir-se fazendo alguma coisa. Não é só consciência.

Homem é quem desencobre o real.tecnica é poiesis, produção do homem da mesma forma que as artes. É o homem que consegue dispor da natureza. Transforma a prata em cálice e transformando o cálice em sacrifício. Ao dispor da natureza criamos linguagem.

Desencobrimento da verdade se dá por meio da linguagem.

Técnica pressupõe natureza e cultura, linguagem. Pressupõe produção que faz também arte.

Não podemos simplificar as respostas. Antes das maquinas os homens não eram melhores nem piores.


Para próxima aula Filosofia da Caixa preta 9 capitulos (segundo capitulo imagem técnica). Filosofiadacaixapreta.pdf



sexta-feira, 15 de abril de 2011
pergunta não respondida
e preciso questionar a técnica,  questionar o homem. O que estamos fazendo aqui. Como nos projetamos no planeta onde está instaurado o perigo.

1650 Johan Sebastian Bach tocada em fuga 9 minutos.

Texto não é didático  mas é dialógico nos permite entrar na conversa sobre a civilização ocidental, que não está resolvida

Heidegger formação em fenomenologia. Preocupado em deixar os fenômenos falarem.
Hursel é a linha da qual vem Heidegger. Tentativa de esvaziamento daquilo que já tenho para se deixar tocar por novas dinâmicas. Epoché pressupõe o esvaziamento, o silencio, o deixar-se sentir. Temos de nos desengrenar para que nossa visão de mundo o que já foi visto impacte o que esta por ser visto. Evitar entrar num discurso que já esta dado. Com o espaco de silencio se vê melhor. É possível ver de novo, como se fosse uma única vez como se fosse kairós. Acompanhar o novo escapa do discurso, abre para o diálogo. Quando se faz pergunta abre-se possibilidade para o diálogo.

Heidegger não faz o discurso da técnica mas sim faz a pergunta da técnica.

Técnica é uma forma de desencombrimento onde acontece a verdade.homem é quem tem o poder do desencobrimento. O real por vezes se mostra por vezes se esconde.

O homem é livre quando ouve. Quando desencobre. Mas quanto mais desencobre mais há encoberto. No amor também vamos nos desencobrindo e encontrando e quando pensamos que já encontramos temos de encontrar denovo.

Técnica nunca é neutra.

O homem não se encontra em parte alguma consigo mesmo, com sua essência.

Homem vai escutar se ele quiser, se não se der conta vai acabar não escutanto as coisas que façam sua essência um apelo, um significado. Perigo das religiões e partidos políticos, não escutar os diferentes.

Onde mora o perigo é onde cresce o que salva. O homem habita essa terra. Produzimos poesia e técnica. Não sendo técnica a essência de técnica, a arte da conta. Quanto mais pensarmos a essência da técnica mais nos aproximamos da arte, quanto mais nos avizinhamos do perigo mais brilharão os pontos pendentes de dúvida.

Questionar é a piedade do pensamento.

Heidegger não quer dar as considerações finais. Tem de deixar escutar. Ambigüidade do ser que está falando. Ele chama ao pensamento, ao questionamento.



Marcos Palacios
Filtrando, hierarquizando e contextualizando entramos em contra-ambiência. Buscamos interpretar de forma diferente. Nem sempre de forma agradável. Isso já era feito antes das redes digitais.

Ver blog Lilian Zaremba reflexão sobre sons e eventos sonoros. É relevante impacta outros.

Estamos no ambiente técnico e não temos o mapa desse ambiente.


Villém Flusser
Imagens
Imagens como superfícies
Como instrumento para orientar o homem
Algo que se encontra la fora (tempo e espaco)
Olhar circular
Estabeleciemento das relações
Mediações entre o homem e o mundo
Textos são explicações sobre imagens

sexta-feira, 29 de abril de 2011


ler 

Os meios de comunicacao do McLuhan

2 capitulos de cidadania e redes digitais
capítulos de Langdon Winner e Alexader R. Cealloway


Flusser
apesar dos programas estarem todos organizados é possível extrapolar o programa sendo criativo

foto ideal já existe num programa já dado, basta treinamento. Participar de um discurso é muito diferente de treinamento, pressupõe protagonismo. Jovens que aprendem a usar as redes passam por um processo de empoderamento. Cidadão fazendo agulhas para recém nascidos se tem consciencia faz ação na sociedade e se constrói enquanto cidadão fazendo a agulha. É portanto mais que um funcionário, é um criador. Esse é o nosso sonho moderno.

Relações publicas, jornalismo e direito. Se rp funcionarem nas empresas pessoas serão mais sujeito, mais felizes. Com a retórica própria do direito pessoas com advogado ou advogando estão muito mais habilitadas a participar da vida publica. Jornalista faz que seus leitores informados com uma determinada publicação tenha uma cidadania ampliada. Esse é um sonho da chamada modernidade.

Modernidade sujeito protagonismo argumentação cidadania. Valores iluministas (exemplo das relações publicas, direito e jornalismo acima). Sonho presente em toda concepção de mundo montada no sec XX. Penso logo existo do Rene Descartes. Mega sonho de organizar tudo com toda a técnica disponível. Temos condições de criar um mundo em que todas as pessoas tenham saúde, possam comer. Tecnologia e ciência enfatizadas. Surgimento dos aparelhos, dos programas. Do qual a fotografia é o protótipo, o primeiro em que o contato com a realidade passa por equipamentos. Nosso acesso ao mundo se dá de forma diferente. Então a maneira que vemos a realidade vai ser alterada. Homem é sujeito da historia.


Flusser diagnostica que depois dos aparelhos e dos programas vamos ter pós historia, o que Mafezzoli e Stuart Hall chamam de pós modernidade, que o Bauman chama de modernidade liquida. Que a profa. Dulcilia chama de contemporareidade.

O aparelho e o programa são as palavras chaves da aula de hoje.
Aparelho e programa têm funcionários. Sem protagonismo. Sem sujeitos. Difícil saber se o individuo pode nesse contexto ser sujeito da historia como propunha Marx. Algumas pessoas o são. Mas na pratica aparelhos e programas questionam a possibilidade do individuo ser sujeito.

Fórum social mundial tem o lema o novo mundo é possível. O mundo tal como está organizado está destruindo o planeta. Mas a nova possibilidade não está pronta, precisa ser dialogada. Modernidade liquida não podemos juntar num único problema e plano para ser implementado. Em 1968 tinham claro que mundo queriam e que mundo seria possível.

Tensão entre o corpo corpo e o corpo aparelho aparelho corpo. Diagnosticamos um mal estar. Agora como todos estamos usando aparelhos agindo de alguma forma. Modernidade liquida. Não podemos ter uma única proposta. Vamos transformar nossas espadas em relhas de arado (frase da ONU). Lobo convivendo com o ordeiro, cobra brincando com criança e espadas transformadas em arado (sonho da cultura judaico cristá).

O sonho da modernidade ainda esta presente mas a foram de tornar isso possível ainda esta em aberto.  Vínculos de sonhos vínculos de identidades ligados as comunidades pequenas. Sonho continua existindo mas está sendo alimentado em sociedades e comunidades pequenas. De maneira fluida. Comunidades não estão amarradas necessariamente a um projeto histórico, estão em um ambiente fluido. Em um ambiente pós histórico. Pessoa pode participar da comunidade mestrado, da comunidade natação, da comunidade mães de Higienópolis etc.

É possível gerar, criar, tencionar, gestar, dar conta de que provavelmente estamos em uma ecologia da comunicação. Todas as coisas estão misturadas. Fazendo parte de um mundo concreto. Não é possível viver sem aparelhos, programas, funcionarios e robôs. Mas não podemos ficar prezos em burocracia que judia do corpo. Temos de buscar uma ecologia. Tentar equilibrar ambiente com criatividade. Exemplo mestrado tem parte dos programas mas pode ser uma experiência criatividade.

Para escapar o programa perguntar ao “fotografo” porque não é artista e tentar criar ações concretas de extrapolação corporal. Mesmo usando muita ferramenta e programa o jovem  pode extrapolar. Os próprios jovens estão nos iludindo de que estão seguindo o sistema. Buscar alguma forma de vinculação para ir quebrando o programa. Já estamos ecologicamente vinculados na pratica respiramos o mesmo ar. Mas é preciso criar vinculação, criar afetos. No meio do programa afetos podem criar uma comunidade.

Muita coisas que estamos dando o sangue são motivo de riso. Quando percebemos isso é que estamos virando gente.


sexta-feira, 6 de maio de 2011

tempo circular estabelece relações = imagens tradicionais = ritualizam o mito rituais = pré- história

tempo linear causa e efeito = “textos” escritos = consciência histórica, trabalhadores máquinas = historia

magicizacao da vida nova magia = imagens técnicas= ritualizam o programa, nova magia, funcionários, símbolos, imagens, rituais = pós-história

todos esses 3 tempos convivem

ver site museu da pessoa.

Roland Barthes o grande poder da fotografia é ser imaginada como cópia da realidade. Observadores não percebem que há códigos. É construção da realidade.

Imagem técnica vai trabalhar com o pós histórico que volta ä dimensão do mito. Casamento real parece realidade e parece vivenciar ao vivo, em algum momento eu serei ou fui a princesa, sonhos de princesa existem, não é coisa do passado.

Livro Gabriel Lage programas infantis Catalendas, analise das origens mitológicas.

Perca tempo é no lento que a vida acontece

Discussão final sobre Filosofia da caixa preta de Flusser

Cap. 9

Analisa a liberdade  na  vida  do  funcionário  dos  aparelhos.

Na pós história abandonamos a  reta, o pensamento causal e linear:
“Os  conceitos  imagem,  aparelho,  programa,  informação,  considerados  mais  de perto,  revelam  o  chão  comum  do  qual  brotam.  Chão  da  circularidade.  Imagens  são superfícies sobre as quais circula o olhar. Aparelhos são brinquedos que  funcionam com movimentos  eternamente  repetidos.  Programas  são  sistemas  que  recombinam constantemente  os mesmos  elementos.  Informação  é  epiciclo  negativamente  entrópico que deverá voltar à entropia da qual surgiu”

Pensamos como computadores
Pensamos “informaticamente programaticamente,  aparelhisticamente,  imageticamente.    Estamos  pensando  do modo pelo qual “pensam” computadores. Penso que estamos pensando de tal maneira porque a fotografia é o nosso modelo, foi ela que nos programou para pensar assim.”

Fotografia é modelo de nosso pensamento
Instrumentos são modelos de pensamento.  O  homem  os  inventa,  tendo  por  modelo  seu  próprio  corpo.  Esquece-se depois do modelo, “aliena-se”, e vai tomar o instrumento como modelo do mundo, de si próprio  e  da  sociedade.

Aparelho não é máquina é brinquedo
Uma filosofia da fotografia deve ser crítica do funcionalismo. Pois a fotografia não é instrumento, como a máquina, mas brinquedo  como  as  cartas  do  baralho.  No  momento  em  que  a  fotografia  passa  a  ser modelo  de  pensamento,  muda  a  própria  estrutura  da  existência,  do  mundo  e  da sociedade.

Se tudo tende ao caos onde está nossa liberdade?
Toda filosofia trata, da liberdade. Mas, no decorrer da história, o problema se colocava da seguinte maneira: se tudo tem causa, e se tudo é causa de efeitos, se tudo é “determinado”, onde há espaço para a liberdade? Reduziremos as múltiplas  respostas  a uma única: as  causas  são  impenetravelmente  complexas,  e os  efeitos,  tão  imprevisíveis, que o homem, ente  limitado pode agir como se não estivesse determinado.  Atualmente,  o  problema  se  coloca  de  outro modo:  se  tudo  é  produto  do acaso cego, e se tudo leva  necessariamente a nada, onde há espaço para a liberdade? Eis
como a filosofia da liberdade deve colocar o problema da liberdade.

Nossas vidas são programadas pelos aparelhos.
os aparelhos se preparam a programar, com automação estúpida, as nossas vidas, o trabalho está sendo  assumido  por máquinas  automáticas,  e  os  homens  vão  sendo  empurrados rumo ao setor terciário, onde brincam com símbolos vazios; como o interesse dos homens vai se transferindo do mundo objetivo para o mundo simbólico das informações: vivemos uma sociedade informática  programada

Homem brinca por isso é livre
Os fotógrafos afirmam serem livres, e nisto, são protótipos do novo homem.
Constatam que
1. o aparelho é  infra-humanamente estúpido e pode  ser  enganado;  2. os  programas  dos  aparelhos permitem  introdução de  elementos humanos não-previstos; 3. as informações produzidas e distribuídas por aparelhos podem ser  desviadas  da  intenção  dos  aparelhos  e  submetidas  a  intenções  humanas;  4.  os aparelhos  são  desprezíveis.  Tais  respostas,  e  outras  possíveis,  são  redutíveis  a  uma: liberdade é jogar contra o aparelho. E isto é possível.


Fotógrafos experimentais são os únicos conscientes.
Os fotógrafos são inconscientes da  sua  práxis.  A  revolução  pós-industrial,  tal  como  se manifesta,  pela  primeira  vez  no aparelho fotográfico, passou despercebida pelos fotógrafos e pela maioria dos críticos de fotografia. Nadam eles na pós-indústria, inconscientemente.   Há,  porém,  uma  exceção:  os  fotógrafos  assim  chamados  experimentais;  estes sabem  do  que  se  trata.  Sabem  que  os  problemas  a  resolver  são  os  da  imagem,  do aparelho, do programa e da  informação. Tentam, conscientemente, obrigar o aparelho a produzir  imagem  informativa  que  não  está  em  seu  programa. 

Urge uma filosofia da fotografia para que a práxis fotográfica seja conscientizada. A  conscientização  de  tal  práxis  é  necessária  porque,  sem  ela,  jamais  captaremos  as aberturas  para  a  liberdade  na  vida  do  funcionário  dos  aparelhos.

Estamos em uma ecologia da comunicação tensão de perceber o tempo lento e o tempo do programa.



13 de maio de 2011

McLuhan

Um novo meio causa mudança no ritmo de vida das pessoas. Até McLuhan se pensava que a mensagem dos meios era o seu conteúdo.

Conforme tenho um tipo de meio ou técnica terei um tipo de forma de organização social. Alteração na técnica altera o ritmo de vida das pessoas. Se não tem celular tem de se movimentar mais e não fica acessível tanto tempo.

Tribalizacao
Meio principal é a oralidade. Perspectiva gregária, do lugar, pessoas de piraju falam de piraju. Temas da pequena aldeia local. Quem casou, quem descasou, quem caçou, quem se machucou.

Destribalizacao
A escrita dilata os laços tribais, amplia o mundo. Alem de falar de piraju fala do mundo. Livro desarticula sistemas de mundo. Sistema da uma significação á vida. Não está mais amarrado ao lugar. Linearidade tipográfica impacta a forma de pensar e organizar o mundo. Está tudo bem ou está saindo da linha? Linearidade sinônimo de modernidade. Mas linearidade, uniformidade e continuidade. Alguns chamam McLuhan de determinista por causa disso. As vezes o corpo não acompanha a linha. Menino de 18 anos se sente atrasado em relação aos demais de 17. quem não arruma emprego fica perturbado

Retribalizacao
Radio e TV são extensões neuronais, conecto meu corpo ä emissora de rádio ou televisão. Radio e TV nos conectam ao mundo. Informação complexa, descontínua e simultânea. Atenção aos temas da aldeia global. Posso acompanhar fatos que não são mais lineares, são descontínuas. Nome de uma criança que so interessaria para a tribo passa a ser discutido por todos (nome da filha da madona pex). O surgimento de um ambiente não detona o outro mas faz com que nossa cabeça funcione de acordo com as novas possibilidades.

Alexis de Tocqueville (1805-1859) A democracia na America. Dá para escrever sobre os EUA pq começou já com a escrita. A Inglaterra não, commonlaw, cada canto história oral que remonta tempos passados, então impossível escrever sobre Inglaterra da mesma forma que fez com os EUA “A palavra impressa, atingindo sua saturação cutural no sec XVIII havia homogeneizado a nação francesa.” “Os princípios tipográficos da uniformidade, da continuidade e da linearidade se haviam superposto as compexidades da antiga sociedade feudal e oral.”

O MEIO É A MENSAGEM é uma revolução copernicana. Mudança no estudo da comunicação da análise dos conteúdos para o exame dos media. Quem está em casa asssistindo TV está sentando não está correndo em busca de um carrinho de rolimã.


Meio quente prolonga u único sentido, alta definição, menor participação, livro, conferencia, discurso, radio, alfabeto papel, livro, foto

Meio frio alta participação, diálogo, seminário, fala telefone.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

texto Walter Benjamim A obra de arte na era da reprodutividade técnica – 1936 contato com a cultura mediado pela fotografia, pelo disco, pelo cd, pelo cinema e outras formas de reprodução que tb pode ser observado como forma de desconstruir, de estragar, ficar sem aura. Olho vai se modificar com a fotografia, capacidade de editar, regravar, escolher, organizar. Quem está no universo do cinema está num universo diferente do universo do teatro. Outros tipo de meios geram outros tipos de percepção dos sentidos. Nossa realidade passou a ser editada, montada como interessa. “O tipo e o modo de organização da percepção sensorial humana é determinado não apenas natural mas também historicamente.” Percepção do homem são sentidos articulados historicamente de acordo com os equipamentos disponíveis. As informações editadas são sempre uma leitura, outras são possíveis.

Questão da espacialidade e da temporalidade mudam com relação aos meios.

Teillard Chardain (jesuíta) O fenômeno humano – conceito de Noosfera – depois utilizado por Morin

Malena diz que Noosfera é a energia de todo o universo, mediosfera é parte dessa noosfera.

Nossa mente está ampliada, conectada. Os meios de comunicação são extensões do homem. Maquina faz emulação da realidade.

Fato de falar toda hora via email é mais importante que a mensagem do email em si.

Nossa cultura privilegia a ação negligencia a reflexão, o silêncio.

Josef Campel O vôo do pássaro selvagem.

Programa Catalendas começou no Pará mas foi repercutido na TV cultura.

Francisco Varella Arvores do Conhecimento (e com o Maturana Autopoiese)

Paul Zuntor A letra e a voz (sobre a oralidade mediatizada)

Benedict Anderson Comunidades imaginadas.

Rede é pele da cultura.

Norbert Elias Os estabelecidos e os outsiders

sexta-feira, 27 de maio de 2011

cidadania digital tensão
n possibilidades e n problemas
tensão não é relacionada a um problema da rede mas sim do ser humano.

Estudam redes
Sergio Amadeu (busca criar mecanismos políticos para inclusão).
Eugenio Trivinho (abordagem filosófica das redes) analise critica da cibercultura como escola de Frankfurt fez das televisão. ABCiber associação brasileira de cientistas da cibercultura.

Langdon Winner
“Que arranjos sócio-técnicos e que condições podem favorecer experiências expandidas e intensifcadas de reforço da cidadania num mundo de redes digitais? Que tipos de práticas e instituições na rede tendem a desencorajar ou restringir possibilidades desse tipo?
(...)
Se nada for feito, a Internet de hoje poderá ser um lugar de formas amplamente utilizadas de vigilância panóptica, muito úteis para alguns, mas debilitantes para as perspectivas, a longo prazo, da subjetividade livre necessária para sustentar as sociedades democráticas.”

Para que se possa deliberar supõe-se uma subjetividade livre necessária. A cultura normalmente é contra essa subjetividade livre, busca incluir as pessoas em um discurso.


sexta-feira, 3 de junho de 2011


GALLOWAY
Qual o potencial de uma rede?
Sonho = somos todos iguais
De fato = fora de controle

Evento
Emergência da comunicação no formato de rede. Sistema regido por protocolo TCP/IP. Permitem a interpoeracao.

Virtudes do protocolo
  1. Princípio da robustez. Conservador no que faz. Liberal no que aceita.

  1. Totalidade (melhor seria universalidade. O universal sem totalidade do Pierre Levy. Diferente da universalidade com totalidade da igreja católica e dos jesuítas. Na internet pode estar em contato com o universal mas manter as crenças particulares. Não se chama de governo universal.). Gerenciamento distribuído. Desorganizado. Facilita as relações ponto a ponto. Universalmente aceito.

  1. Lógica de organização. Não se limita ao estado ao comércio e à empresa.

  1. interoperatividade

  1. flexibilidde

  1. heterogeneidade

ramificações para a cidadania digital

  1. redes são indiferentes ao conteúdo semântico. Rede tem função de estabelecer a conexão. O sistema não faz leitura hermenêutica. Não está preocupado com conteúdo. Mas conecta, escaneia dados. A semântica é de quem for utilizar a rede.

  1. tragédia política da interatividade. Bertold Brecht cujo grande sonho era a bidirecionalidade emancipatória. O radio é uma caixinha que tem dois lados pode falar e ouvir. Bidirecao não é necessariamente libertadora. É possibilidade de regulação e controle.

  1. a lógica oculta do software. A hora que estou utilizando mais plenamente o software eu já não sei o que está acontecendo dentro da máquina. Não preciso entrar na dinâmica do dropbox eu posso só utilizá-lo.

  1. temos desejos queremos liberdade, comida e interconectividade. Mas nossas redes são nossas armadilhas. Interatividade é penosa. Poderíamos ter vacina contra os efeitos da cocaína mas essa vacina não liberaria as pessoas que tem o desejo da dependência. Todas as potencialidade da rede serão objeto de discussão da sociedade que queremos. Os aparelhos não devem ser motivo para festejos heróicos. Mas precisam ser reconstruídos, reformulados na prática para não se transformarem em instrumentos de gestão.

Relato Helena Maria sobre XO computador de todas as crianças uruguaias.

TIC TAC
Tecnologia da informação e da comunicação
Tecnologia da aprendizagem do conhecimento

Dinâmica do psicodrama aproveitar a experiência dos alunos nas intervenções. Ensinar a aprender Paulo Freire.

Temos de sair do TIC e entrar no TAC.

BENEDICT ANDERSON
COMUNIDADES IMAGINADAS (1983)
Objetivo do livro: interpretar nacionalismo como anomalia (pg 23
Nacional como artefato cultural do fim do séc XVIII
3 paradoxos
  1. nacionalidade é algo objetivo. Há guerras entre nacionalidades diferentes. Mas por outro lado são construções subjetivas.
  2. universalidade formal. Todos tem de ter um passaporte por exemplo. Mas
  3. a forca política do nacionalismo versus a sua pobreza e incoerência filosófica.

Nação como comunidade política imaginada
Imaginada = quem não se conhece cultiva imagem de comunhão
Limitada = pelo território
Soberania = sem reino dinástico ou divino
Comunidade = mesmo os desiguais a concebem como organização horizontal

Problema = geram sacrifícios colossais


Os conceitos são construções. Idade não existe é imaginado criado. Como o conceito de nacionalidade.

Homo saquer são os matáveis e não sacrificável os excluídos. Filme o terminal fulano da cracóvia perde nascionalidade e fica preso no aeroporto.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

EDGAR MORIN

Há acontecimentos e idéias que mudam a ordem das coisas.
Morin era do partido comunista. Fez crítica ao marxismo e foi expulso do partido.

Com Hegel e Marx, dialética e contradição.

Questiona o credo prometéico (tudo vai dar certo).

Prefere a dialogia à dialética (na dialética um pólo é claramente oposto a outro que se alternam). Dialogia deve ser mais buscada que a dialética (na ordem pode haver desordem, no A pode também ter o B). na guerra fria a dialética fazia sentido, hoje faz mais sentido a dialogia.

Convidado a pesquisar nos EUA conhece 3 teorias Teoria da informação, Teoria dos sistemas e Cibernética. Prepara as bases para o advento da complexidade. Dinâmica do primata se mistura está abaixo do verniz da educação do ser humano civilizado (fome, sede, sexualidade). As questões estão misturadas.

Método da complexidade. Operadores da complexidade
Princípio dialógico: juntar e entrelaçar razão e emoção (sem síntese que é característico da dialética)
Recursividade: A gera B mas também B gera A. Somos filos e geramos filhos. Uma questão está amarrada a outra. Ambiente com feedback, não é linear. Sistema organização de partes diferentes no todo as quais retroagem sobre as partes (sociedade arcaica).
Holograma: não separa a parte do todo ou o todo das partes. Somos 100% natureza e 100% cultura. A totalidade não é a soma das partes. Uma pequena parte impacta no todo. Sensação de estar sempre fora do lugar. Gostaríamos que as coisas acontecessem de outra maneira. Mesmo quando está controlado, está descontrolado.

Mesmo numa sociedade histórica continuam existindo sociedades arcaicas. A cultura é o patrimônio organizador, ao mesmo tempo fechada e aberta. O mundo não é o mundo está sendo.