27/11/2015

Publicação em livro Futuro do Regime Internacional das Mudanças Climáticas


O Futuro do Regime Internacional das Mudanças Climáticas: aspectos jurídicos e institucionais,

Coordenadores Maria Luiza Machado Granziera e Fernando Rei





APRESENTAÇÃO

Não há dúvida entre os pesquisadores do Direito Ambiental Internacional (DAI) sobre a importância destacada do regime internacional das mudanças climáticas na consolidação dessa nova área do saber jurídico que, com princípios e características próprias, trata das questões ambientais globais para além da importância normativa e política dos regimes jurídicos, propugnando por uma estrutura que incorpore outras ciências do conhecimento, novos atores internacionais e instrumentos de equacionamento e enfrentamento dessas complexas questões globais.

Com esse olhar, o regime internacional das mudanças climáticas evolui como um dos mais abrangentes regimes internacionais, pois além de abarcar uma série de questões da maior relevância, como o uso da energia, os padrões de produção e consumo, os diversos desafios de adaptação frente ao aquecimento global, condiciona o policy maker a inter-relacioná-las com a evolução do conhecimento científico e sua compreensão pela economia, pela estabilização de sistemas ambientais e pela política internacional.

Vivemos um momento crucial para a continuidade desse regime. É chegada a hora de se avançar no marco jurídico futuro que continuará a pintar a ainda imensa tela de compromissos da moldura da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática-UNFCCC, a partir dos resultados da Conferência das Partes de Paris, COP-21, em dezembro de 2015.

Em virtude da importância desse contexto histórico, professores e alunos dos Grupos de Pesquisa Energia e Meio Ambiente e Governança e Regimes Internacionais do Programa de Doutorado em Direito Ambiental Internacional da Universidade Católica de Santos, único no País, lançam a presente obra, com a inestimável colaboração de renomados pesquisadores, como ponto de reflexão e sugestão para o avanço normativo e institucional do regime internacional de mudanças climáticas.

A obra está dividida em duas partes: a Parte I cuida essencialmente do regime, seu histórico, da sua dinâmica e de algumas propostas de aperfeiçoamento, incluindo experiências nacionais e subnacionais. A Parte II por sua vez aborda algumas das questões relevantes que devem ser consideradas à luz dos desafios do regime, destacando visões setoriais e de inter-relação com outras áreas do saber.

O Capítulo 1 de autoria de Fernando Rei, professor do Programa, e Kamyla Cunha, pesquisadora do Instituto Energia e Meio Ambiente, O BRASIL E O REGIME INTERNACIONAL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS, é um trabalho que aborda a realidade do País tanto no contexto doméstico, quanto na seara internacional, num ambiente de aumento da pressão para que o País assuma metas quantitativas de redução de emissões e o desafio de preparar a sua capacidade interna – institucional, técnica, política e econômica – para viabilizar planos, ações e medidas de mitigação das emissões de Gases de Efeito Estufa - GEE no cenário pós-COP-21.

O Capítulo 2, pelas mãos do Coordenador do Programa, Alcindo Gonçalves, e da mestranda Vanessa Martins Sarro, abordam A EFETIVAÇÃO DO REGIME DA MUDANÇA CLIMÁTICA POR BRASIL E MÉXICO, demonstrando o rumo traçado pelo regime ambiental internacional de mudança climática, especificamente no que concerne às políticas nacionais de combate e adaptação a essas alterações do clima do Brasil e do México.

Em seguida, no Capítulo 3, Adriana Machado Yaghsisian, Catherine Souza Santos e Simone Alves Cardoso explanam sobre A MEDIAÇÃO COMO PROPOSTA DE SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONFLITOS PARA O NOVO PROTOCOLO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS, sugerindo a inovadora inclusão, na tela da Convenção, da figura da mediação, o que viria a representar uma evolução e um aperfeiçoamento institucional no regime internacional das mudanças climáticas, em oportuna consonância com os esforços empreendidos pela Organização das Nações Unidas na matéria.

Nos dias 1 e 2 de julho de 2015, em Lyon, na França, realizou-se seguramente um dos maiores e mais relevantes eventos de mobilização de atores subnacionais preparatório à COP-21, reunindo cerca de 1.000 representantes de cidades, estados subnacionais e redes transnacionais de governos subnacionais e que contou inclusive com a presença da Prefeita de Paris, Anne Hidalgo e da Secretária Geral da UNFCCC, Christiana Figueres. Ao final do encontro, representantes de governos locais (municípios, metrópoles e condados) e regionais (províncias, regiões e estados) anunciaram compromissos que, em conjunto, resultariam na redução de 1,5 bilhões de toneladas de carbono até 2020, clamando por maior acesso a financiamento climático para os governos subnacionais de países em desenvolvimento. E abordando este contexto estratégico da paradiplomacia, as pesquisadoras Laura Valente de Macedo, da Universidade de São Paulo, e Joana Setzer, da London School of Economics, discorrem no Capítulo 4, sobre O PAPEL DOS GOVERNOS LOCAIS E O CASO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO na experiência de governança no regime.

Encerra o Título I, o Capítulo 5, com o interessante trabalho DE BERLIM A PARIS: A CONFERÊNCIA DAS PARTES COMO ESPAÇO PARA O MULTILATERALISMO CLIMÁTICO, de autoria de Fernando Rei e Valeria Cristina Farias, num chamamento final para que os Estados consigam na COP-21 alinhavar compromissos de redução de emissões, adaptação, tecnologia e que se estabeleça institucionalmente um sistema de contabilidade global para medição e elaboração de relatórios e que se inove na forma jurídica desses ajustes.

O Título II, em seu Capítulo 6, aborda e destaca visões setoriais relevantes e de inter-relação com outras áreas do saber, debuta com o trabalho sobre IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SOBRE A PESCA, de autoria dos mestrandos Rosana dos Santos Oliveira e Washington Aparecido Costa, que abordam com propriedade os impactos na redução pesqueira nacional.

Ainda no mar, o Capítulo 7, de autoria dos mestrandos Allexandre Guimarães Trindade e Rhiani Salamon Reis Riani, A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA PROVENIENTE DE EMBARCAÇÕES E SEUS IMPACTOS NAS MUDANÇAS DO CLIMA: UMA ANÁLISE DAS PROPOSTAS DA ORGANIZAÇÃO MARÍTIMA INTERNACIONAL (IMO), aborda a questão específica e proeminente das emissões de GEE derivadas do combustível utilizado pelos navios e de propostas institucionais de normatização e enfrentamento.

O Capítulo 8, EXPLORAÇÃO DOS HIDROCARBONETOS NÃO CONVENCIONAIS SOB A PERSPECTIVA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS, traz a importante e atualíssima discussão dessa exploração numa abordagem de complementaridade possível e desejável entre as fontes renováveis e os combustíveis não convencionais, sob responsabilidade dos doutorandos Danielle Mendes Thame Denny e Alexandre Ricardo Machado, e com a participação do Deputado Federal Antônio Carlos Mendes Thame.

A concessão de incentivos tributários visando às condutas benéficas ao meio ambiente e à efetividade do regime é abordada no Capítulo 9, como meio de implementar políticas públicas na preservação do meio ambiente urbano e de enfrentamento da problemática das mudanças climáticas, destacando-se entraves e discussões políticas acerca da sua interpretação e aplicabilidade. IPTU VERDE COMO MECANISMO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, de autoria de Josieni Pereira de Barros e Tainara Gomes Penedo aborda exemplos de Guarulhos e da Baixada Santista.

O Capítulo 10, A CONVENÇÃO SOBRE O CLIMA, AS FLORESTAS E O COMBATE AO DESMATAMENTO E DEGRADAÇÃO FLORESTAL: UM CAMINHO PARA A CONSTRUCAO DE UM REGIME, do doutorando Luciano Pereira Souza, traz uma visão peculiar e inovadora sobre o papel que a Convenção pode vir a realizar, ainda que parcialmente, na estruturação jurídica e no eixo político em torno de uma incipiente governança florestal global.

E em tempos de crise hídrica, o Capítulo 11, nos traz a oportuna contribuição de Maria Luiza Machado Granziera sobre as MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A PROTEÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS, que verifica os dados gerais da hidrologia brasileira, seus problemas e a relação com a cultura de mau uso que permeia o uso da água no País.

E finalmente, no Capítulo 12, abordando um dos temas centrais da problemática, o valioso trabalho dos Professores José Goldemberg e Suani Teixeira Coelho, da Universidade de São Paulo, sobre INTERESSES ENERGÉTICOS E MUDANÇAS CLIMÁTICAS, que propõem soluções que levem à redução das emissões globais dos GEE e das mudanças climáticas resultantes.

Desta forma, a partir de uma contribuição pontual, os autores esperam colaborar, num contexto mais amplo, com os diversos esforços dirigidos ao futuro do regime de mudança climática, estimulando nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, assim como em todos os novos atores da governança global, a vontade política em assumir custos e responsabilidades, além da reflexão sobre a oportunidade de reconstrução da ordem internacional, ou mesmo do estabelecimento de uma Nova Ordem, onde o Direito Ambiental Internacional poderá desempenhar um papel integrador. Afinal, a tecnologia, a ciência, a economia, a diplomacia, a governança etc. podem criar as condições objetivas para que a inteligência possa moldar o futuro do planeta e da humanidade.





Maria Luiza Machado Granziera

Fernando Rei

19/10/2015

Plano de Segurança da Água na Visão de Especialistas


Profa. Danielle Denny é co-autora do livro eletrônico gratuito:
Plano de Segurança da Água
na Visão de Especialistas

http://www.planosegurancaagua.com.br


"A Equipe Técnica Regional de Água e Saneamento (ETRAS) da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde felicita a iniciativa pela coletânea de visões que estimulam a construção de ideias a partir da conceituação dos PSA, contribuindo para acelerar a aplicação da metodologia aos muitos sistemas de água de cada um dos países da região." Dr Teófilo Monteiro, Coordenador da Equipe Técnica Regional de Água e Saneamento da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde.

Endereço para download:
http://www.planosegurancaagua.com.br

21/05/2015

Repercussão no Conjur

“A transdisciplinaridade entre o âmbito jurídico e o computacional será imprescindível para efetividade do recém aprovado marco civil brasileiro e das demais iniciativas de governança da internet.” A conclusão está em artigo publicado pela advogada Danielle Denny e pela engenheira Diólia Graziano no primeiro volume da Revista de Mídia e Entretenimento, lançada nesta quinta-feira (7/5) pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).
Sob a coordenação de Fabio de Sá Cesnik e José Carlos Magalhães Teixeira Filho, respectivamente presidente e vice da Comissão de Mídia e Entretenimento do Iasp, a publicação traz 10 artigos de temas variados, ressaltando a abrangência das questões jurídicas afetas ao Direito do Entretenimento. Quatro deles tratam de questões sobre Direito Autoral; dois sobre aspectos de Patrimônio Cultural; um sobre Direito Tributário; um sobre Marco Civil da Internet; e um sobre Parcerias Público-Privadas.
A revista de estreia traz artigos de Allan Rocha de Souza; Laura Colucci; Guilherme Carboni; Beatriz Ribeiro de Moraes, Fernanda Rosa Picosse, Kátia Yee, Paula Gobbis Patriarca, Thaís Yamamoto e Tiago Barbosa (artigo conjunto); Mário Ferreira de Pragmácio Telles, Rodrigo Vieira Costa e Jéssica Fontenele Sales (artigo conjunto); Kátia Regina Camila Catalano; Leandro Armani; Daniele Mendes Thame Denny e Diólia de Carvalho Graziano (artigo conjunto); e Aline Akemi Freitas.
 


06/05/2015

Revista de Mídia e Entretenimento

Convido a todos para o lançamento da Revista de Mídia e Entretenimento do IASP da qual sou coautora. 7/5, 19h, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi.


10/04/2015

Além das chamas / Beyond the Flames - Impactos ambientais do acidente no Polo Industrial da Alemoa em Santos / Environmental impacts of the accident at one of the main ports in Brazil



https://www.academia.edu/12235275/Além_das_chamas_Beyond_the_flames

Impactos ambientais do acidente no Polo Industrial da Alemoa em Santos


Environmental impacts of the accident at one of the main ports in Brazil

 Por Danielle Denny

Para acessar artigo completo clique aqui



09/04/2015

Incêndio na Alemoa

Impactos Ambientais do Acidente no Polo Industrial da Alemoa sob a perspectiva do Direito Ambiental Internacional e do Direito Penal brasileiro

Por Danielle Denny



Clique aqui para acessar o material apresentado na palestra.

Palestra apresentada 8/4/2015 na Faculdade do Guarujá, das 19h às 22:30 horas, no Auditório da IES, com o tema " Impactos Ambientais do Acidente no Polo Industrial da Alemoa". 

O evento foi aberto a comunidade acadêmica e ao público geral e contou com a presença dos expositores:
Dra. Cristiane Elias de Campos Pinto - Expositora
Advogada, Consultora Ambiental. Professora Universitária. Mestra em Direito Ambiental e Doutoranda em Direito Ambiental e Internacional.
Dra. Ana Carla Vasco de Toledo - Mediadora
Advogada, Consultora Ambiental. Professora Universitária. Mestra em Direito Internacional e Doutoranda em Direito Ambiental Internacional
Dr. Alexandre Machado - Expositor
Advogado, Consultor em Petróleo e Gás. Professor Universitário. Mestre em Direito Ambiental e Doutorando em Direito Ambiental e Internacional
Tawan Ranny Sanches Eusebio Ferreira - Expositor
Técnico em Segurança do Trabalho na Companhia Docas do Estado de São Paulo. Mestrando em Direito Ambiental 
Dra. Luciana Schlindwein Gonzalez - Mediadora
Advogada, Presidente da Comissão do Meio Ambiente da OAB Santos em
e Conselheira da Comissão Estadual de Meio Ambiente da OAB/SP. Professora Universitária. 
Dra. Danielle Mendes Thame Denny - Expositora
Advogada, Professora Universitária em São Paulo. Mestra e Doutoranda em Direito Ambiental Internacional.
Angela Oliveira de Almeida e Silva - Expositora
Técnica em Segurança do Trabalho, Professora e Consultora Técnica.
Faculdade do Guarujá - Av. Adhemar de Barros, 820, Guarujá.

03/02/2015

Fichamentos

https://drive.google.com/folderview?id=0B603cwBR5QZVfmlieG5pV3djRG92ajRUSjAtbzc5ZElrdGhaZml0OU9zSm9fYUlmTzRtZU0&usp=sharing