30/09/2010

PROSS, Harry. Estructura simbólica del poder. Barcelona: Gustavo Gili, 1980. 177 p.

PROSS, Harry. Estructura simbólica del poder. Barcelona: Gustavo Gili, 1980. 177 p.

Teoria e prática da comunicação pública.

Politische Symbolik

Autor: Harry Pross (1974)


INTRODUÇÃO
Estrutura Simbólica do Poder: forma de estudar a política como uma prática comunicativa.
Repetição: o papel dos rituais (11)
Passagem da ditadura (sistema dogmático) à democracia (liberdade de opinião) (12).



Ensaio sobre o homem Ernst Cassirer (neo kantiano).
Então Pross é da perspectiva iluminista homem pode se afastar dos símbolos e os analisar.

I – Faculdade Cognitiva, faculdade designadora e socialização.

CAP 1

Realidade é o que vemos e interpretamos como realidade. Não vemos o real o real nos escapa. Realidade é uma construção.

Objetivo é estudar política como prática de cognição comunicativa.

Relação triadica dos signos. Por um lado temos objetos concretos, por outro lado temos o meio a idéia de signo, e em último lugar temos uma consciência interpretante. Moviemento relacional entre os três vértices do triangulo (meio, objeto e interpretação).

Choro sorriso grito manha do bebe não é linguagem é confiança de que há alguém ao seu lado e que vai atender.

Empresas podem ser entendidas da mesma forma como busca de algo contrario ao nada. Busca ambiente de confiança, reconhecimento.

Fato de ser professor da Casper gera em alunos do nordeste na Intercom por exemplo gera relação de vinculo com a marca Casper.

TV e rádio não são experiências cognitivas são relações de confiança pouco importa o conteúdo o que importa é a presença. Confiança que eu existo eu estou aqui. Confiança que o site do Google está lá. Confiança que a globo vai passar a novela. Horário é ritual. Quando o telespectador faz a sua programação rompimento com a ritualística de meio século. CONSCIENCIA PRE PREDICATIVA.

Ordem cognitiva um explica e outro entende. Gestualidade é pré predicativa, por exemplo se o aluno virar de costas.

Comunicação normalmente se preocupa com conteúdo. Harry Pross percebe que há algo antes do conteúdo.

Jovens buscam lugar onde há algo, onde ele é acolhido.

Faculdade é o único lugar de confiança para dizer eu existo. É o lugar da confiança que não é decidido racionalmente. Organiza confiança em algo que torna relevante para ele. Pode ser no trabalho, na igreja universal na faculdade.

Consciência crítica para Harry Pross é saber que os signos são diferentes dos objetos.


(14)...teoría relacional de los signos dice que no es signo, pues un signo es uma relación de tres miembros: el medio, el objeto designado y la consciencia interpretante. <> (Max Bense/ Elisabeth Walther Wörterbuch der Semiotik) ...relación triádica, de tres miembros (medio, objeto e interpretación)


Dieter Wyss – algo e nada (16) Confiança e frustração.
Signos dignos de confiança (17) Desamparo (17)
Caráter insaciável do homem (18)
Rádio e TV: mantêm desperta a confiança originária de que há algo, mesmo onde tudo indique o vazio.
Socialização: formação da capacidade designadora com respeito ao sistema de signos vigentes e a seu domínio sem ser, por sua vez, dominado por eles (19).
Consciência crítica: é a distância de quem interpreta em relação ao objeto e ao signo (19).
Tensão entre realidade e símbolo (19)
Signo: algo que está em lugar de algo (segurança), mas em mudança contínua (insegurança) (20).
Vivemos numa rede de signos (21).

(21) Cambiam las relaciones. La posesión de signos o sistemas de signos – lengas, ciencia, classicos – es una relación efímera, que debe ser renovada continuamente. Cogemos el tiempo en una red de signos.


II- Acessibilidade dos Signos e Constituição do Mundo Circundante.

CAP 2
Diferença entre signos e símbolos.
Símbolos tem poder de envolvimento que abarca um pacote de informações e sentidos e conjuntos de vivencias, é uma classe de objetos.
Símbolo ser ativista de ONG feminista é um signo mais forte que o próprio nome Luana.

Relação com os símbolos não é mais com um único objeto como são os signos mas sim com uma classe de objetos. Alguns signos terão o poder de condensar um pacote de informações que passa a ter uma vida maior que as pessoas que vivem aquele contexto. Perspectiva simbólica do socialismo, do catolicismo ou de outras ideologias são maiores que as pessoas. Símbolo igreja católica tem história de vida de 2000 anos, Leonoard Boff tem 60 anos.

Nossas relações comunicativas não são só dadas na linguagem. Há símbolos que eu já me encontro dentro. Me cabe decidir se vou continuar a usar. Comunicação não está só no ambiente da linguagem articulada mas sim está inserida em um contexto simbólico. EFEITO GULLIVER. Existem formas de comunicação anteriores a linguagem. E existem formas de comunicação simbólica que são tão PRESENTATIVOS que não se percebe que esta envolvido por ele. Símbolo é tão envolvente que ao nos aproximarmos já estamos envolvido. O que Pross sugere é que se perceba que os símbolos estão lá, deve-se buscar fontes que não vêem os mesmos símbolos.

Símbolo liberal ou socialista não é poroso. Impede que haja diálogo entre as partes. A realidade não é liberal nem socialista.



Dependência do homem com respeito a relação entre: objeto, signo medidor e consciência interpretante (23).
Ver: Mitologias de Barthes.

Signos: realidade das relações sociais. Fazem referência direta a um objeto individual ou o representa.
Diferente dos signos que enlaçam uma modalidade, uma classe de objetos com consciência interpretante.
A esses chamamos símbolos. (23).

(23) La realidad de los signos es la realidad de relaciones sociales, en tanto que los efectos son signos de sus causas; pero estas causas se han de distinguir de los fundamentos suministrados sólo mediante signos y que sirven para la captación del mundo. Para entender dichos fundamentos, es necesario difernciar los signos que contienen una referencia directa a un objeto individual o lo representan, de los signos que enlazan una modalidad, una clase de objetos con la conciencia interpretante. A los últimos los llamamos símbolos. Éstos expresan algo conceptual, tienen una <> , al contrario de la <> de los señales, tal y como las conocemos desde los reflejos. <> designa un sujeto, es el nombre de un individuo; pero, referido a la conciencia interpretante es, para unos, el símbolo de lo inhumano, para otros el símbolo de un proyeto nacionalsocialista sobre el mundo.


Cassirer: pressuposto sociológico de que o homem não vive só no mundo natural, mas em um mundo simbólico (24).
Langer: a linguagem não é nossa única produção articulada (29). Simbolismo “apresentativo” (29)

(29) Langer menciona la foto como <> que puede alcanzar una concordancia mayor con su objeto, razón por la que la foto de carnet resulta más apropiada para identificar a una persona que la descripción de la misma. Pero la foto es intraducible: <>. Es entendida por <>, no desvelada mediante un recorrido de unidades de significado. Tales símbolos no lingüísticos son de una <>. Por ello, Langer los asume bajo el concepto de <>. Junto al lenguaje como <> aparecen, en esta diferenciación, símbolos <>, que transmiten igualmente un conoscimiento, pero de un modo distinto al lenguaje. Los símbololos presentativos hablan <>, no conocen lo que es la <>


Comunicação social: simbolismo discursivo (30)
Simbolismo “apresentativo”: capacidade designadora não-verbal.
Adaptação: busca de um simbolismo de mais fácil compreensão (efeito Gulliver).


(30) Los símbolos presentativos, taducidos a lenguaje, quedan reducidos a signos lingüísticos, preo su contribución al conocimiento reside presisamente en que transmiten lo que el lenguaje no puede, a causa de su pesadez transmitir.

(31) Los extranjeros oyen de labios de sus colegas alemanes algo que no es propiamente alemán y estos últimos no oyen la lengua de aquéllos. Y surge una especie de batiburrillo de alemán, a consecuencia del esfuerzo recíproco por conseguir un simbolismo de más fácil comprensión. Esta adaptación la quiero yo llamar efecto Gulliver.



III- Conhecer e reconhecer signos.
CAP 3
Casamento símbolo de reconhecimento social não meramente símbolo religioso. Pessoa que atende um pedido de batismo de filho de mãe solteira esquece que é símbolo. Pode simplesmente negar o pedido por não ter ritualística ou acolher com base na visão que apenas se busca simbolismo social.

Estudar comunicação é perceber as brechas de transito entre o que está posto e as possibilidades. Tem de desmontar os signos e remontá-los de acordo com as necessidades. Reconstrói de outra maneira.

Harry Pross vem da época do nazismo. Quando um símbolo está se tornando muito forte é perigoso. Ser corintiano dificulta fato de passar perto de pessoa de camisa verde por exemplo.

Dono do mundo que eu domino, que eu tenho autoconfiança pelos símbolos. Aqui eu sou. O que eu sou não está dado. Eu tenho de construi-lo. Símbolos podem ser modificados ou substituídos. Pode haver ao invés da negociação com o outro a simples exclusão.

Hoje em dia o discurso da diferença é impor minha diferenças aos outros?

Transformar símbolos da academia da universidade em símbolos imutáveis impostos a todo o resto da sociedade é um risco.


Complexo religioso, valores, imagens e visão do mundo (32)

(33) Lo que aquí nos interesa es la cuestión práctica de hasta qué punto son fiables los símbolos lingüísticos y no lingüísticos, determinante de la organización perceptiva y expresiva del hombre, símbolos a cuya merced está.


Dependência do sujeito e da sociedade com respeito aos signos (35)

(35) La <> supuesta por Wyss en el caso del recién nacido y que se refiere a que se da algo fuera de él, se ve luego debilitada con cada desconocimiento de los signos, fortalecida con cada reconocimento. E sujeto emerge vigorizado o debilitado de cada prueba de signos, la cual sería, por tanto, no sólo una prueba de la verdad de un ejemplo, sino la prueba del mismo sujeto.


Densidade da comunicação: comum dependência com respeito a uma provisão de signos e símbolos (36).

(36) Si todo esto ocurre a sujetos vinculados unos a otros a través de relaciones de signos y al processo de los objetos y los medios, entonces está claro que aquéllos, se tocam mutuamente cuando reconocem o desconocem; y esto tanto más cuanto más signos y símbolos pueda reconocer o desconocer conjuntamente. Su sensibilidad de unos para con otros depende de la densidad de sus relaciones de signos. Denominamos esta común dependencia con respecto a una provisión de signos y símbolos densidad de comunicación.

(37) Conocer, desconocer, reconocer se llevan a término sólo cuando el reconocimiento es recíproco. De ahí los numerosos símbolos de reconocimiento recíproco, tanto en la vida privada como en la pública, que son con frecuencia medios que dan risa y que sólo obtienen algún peso del hecho de ser reconocidos como reconocimiento.


Política: necessidade de segurança (38). Não reconhecimento=> sanções.

Confiança originária no Estado (38) – atinge os revolucionários, nos seus uniformes, vestimentas e gestos.
A moda política começa com uma inversão de símbolos e tem sempre um condicionamento de classe, valendo, ao mesmo tempo, de marca distintiva ante a própria classe. Põe em circulação signos que quer ver reconhecer (41).

IV – O material familiar e a autoconfiança dos sujeitos.
CAP 4
Homem adquire valor quando fica em pé. Distingue o estar deitado de estar em pé. Ao ficar em pé demarca lugar autoridade. Nós só sentamos com iguais ou com diferentes que aceitamos como interlocutor.

Ficar em pé gera hierarquia, estar em cima subir na vida.

PARADOXO SIMBOLICO = o símbolo esta ali mesmo quando não se está ciente dele.
Dinheiro não é tudo mas representa tudo
Policial não é o poder mas representa o poder.
Exige persuasão, o símbolo que está colocado está ali para afirmar alguma coisa que não está. É obrigatório fazer declaração de imposto de renda. É obrigatório tocar o hino antes de partida de futebol.

O símbolo como controle, estado se faz presente na nota paulista por exemplo.

TOTEMISMO.
Política é determinada por símbolos não só por pessoas e convicções. Obriga os outros a reconhecer os seus símbolos. Quem não é do grupo é destruído e por vezes morto. A vida política de todos os dias é totêmica. Ao estar envolvido diretamente ou pela omissão, não há a separação entre signo e coisa. Casal da Nicarágua (Imelda) é símbolo de segurança, solidez para a população.

Fiel que quer por a mão no símbolo religioso deixou de perceber a distinção entre o símbolo e a coisa. Quer encostar na cruz porque a cruz é por si o sagrada não simplesmente representa o sagrado.

João Paulo Evaristo Arns: todos nós temos as mãos sujas de sangue.

A ordem é a ordem dos meus signos.

Procissão de Belém confusão porque as pessoas queriam tocar.


O material familiar e autoconfiança do sujeito (42) Duração de signos relativamente constante (42).

(42) Los esfuerzos de la conciencia interpretante por estudiar las causas de la transformación y fundamentarlas racionalmente tienen su origen las más de las veces en la suposición de que se da realmente algo. El nihilismo es lo único que cree en algo que él llama <>.


Objetos, meios e sujeitos: pelo signo o sujeito se faz dono do mundo.
Aquisição da horizontal: delimita a frente ao nada (45), campo de jogo (45)

(45)La función protectora de la señalización consiste primordialmente en asegurar al que ha clavado la estaca de su presencia allí. Es un signo de lo que está-enfrente y solo entonces un signo para representar otra cosa. En favor de esta tesis habla también la función del totem como una estaca de delimitación frente a la nada.


O homem, dono do espaço, o submete à sua corporeidade (46). Dentro e fora. Interior e exterior (47).

Paradoxo simbólico: o signo está simbolicamente ali onde não está na realidade (47), exige persuasão (47).
Símbolo como condensação de energia (condensation of energy) (48).

O estudo da comunicação do tipo político deve partir do fato que a realidade social não é formada somente por coisas, pessoas e suas relações, mas que é determinada, com uma medida nem sempre estimada em toda sua importância, por representações e idéias. (48)
Em áreas de cujo reconhecimento ou não reconhecimento se organizam, hoje como antes, hecatombes humanas. (48)

Identificação social: em todos os graus de comunicação simbólica se exige e se força uma renúncia ao próprio, a fim de tornar possível a identificação social. (48).
Questão política: até que ponto se alcança a capacidade de separar signo e coisa?

(48) Es verdad que se ha dicho que la faculdad designadora sirve al conocimiento, pero lo subordinado al conocimiento no sólo está a merced del error, sino también de la tontería y el engaño.

(48) Por la naturaleza, el sujeto es uno con sus signos, pues, con la faculdad designadora, se da la experiencia del proprio ser, su <>

(49) en todos los grados de la comunicación simbólica, se exige y se fuerza una renuncia a lo propio, a fin de hacer posible la identificación social.


Totemismo: não separação entre signo e coisa. A vida política de todos os dias é totêmica.

Discussão psicanalítica e crítica de ideologia: tirar as máscaras. Tomar distância como tarefa.

V – Coordenação das representações e experiências primárias.

Claro e escuro, dentro e fora, acima e embaixo: determinam o modo como o sujeito conhece e se comunica. (53).
Caos e ordem: pedagogia. Diversão do espaço por meio de distribuição de objetos.
Mecanismo de incorporação: designar com sua presença (54).
Mecanismo de recompensa: renúncia a ordenações idiossincráticas.
Mecanismo do anonimato (55) se exclui da autonomia no trabalho.

(55) El anonimato del trabajo de fábrica no permite ya más la dilatación del sujeto, infantil y originariamente humana, mediante la señalización del espacio circundante. El sujeto se convierte, de configurador de su <> que era, en una figura de um <>. La determinación ajena expulsa la determinación propria.


Mecanismo de amor a ordem # diferente do confronto com o nada.

(56) Forman lo que luego se manifiesta como <> y no quiere ser perturbado, pues la pérdida de este orden interiorizado substrae al sujeto su objeto, confronta al sujeto con la nada, al privarle de la certeza de que allí hay <> que representa otra cosa.

(57) Los objetos, aparentemente desprovistos de función alguna, tienen una función: simbolizam la presencia o, dicho más exactamente, la omnipresencia y, con ello, el ansia de dominio del ama de casa.


Objetivo de Pross: ver símbolos e determinar sua função no processo social.
Mecanismo de compensação simbólica: sanção.
Há sanção para quem romper a ordenação do campo por meio de outros objetos. A presença do outro.
Tendência a beatificar a própria ordem. A sinalização vertical, erguida como objeto, transforma o espaço em entorno.
Campo: espaço circundante sinalizado por quatro costados.
Apropriação simbólica: ocupação do campo já marcado com signos.
Neste escalonamento simbólico de domínio de campo, a rede, artificial e colocada com a finalidade de durar por longo tempo, cobre com símbolos todo um campo, designa a presença de um mito, de uma religião ou de um sistema político ou econômico (59). A rede mantém o sujeito na presença do poder que a organizou (59).

(58) La señalización vertical, <> como objeto, transforma el espacio en entorno. Y el espacio circundante señalizado por los cuatro costados, lo hemos designado como campo.

(59)... la red, artificial y puesta con vistas a una larga duración y que cubre con símbolos todo un campo, designará la presencia de un mito, una religión, un sistema político y económico.... incluso los servicios de correos, la red de emisoras radiofónica y, en fin, todas las infraestructuras de la comunicación han de ser incluidas en esta consideración, pues no sirven únicamente de protadoras de símbolos, sino que simbolizam ellas mismas la presencia de un determinado poder. ... La red mantiene al sujeto en la presencia del poder que ha realizado la red.


VI – Ordem, uma constelação de signos

Animal symbolicum – Cassirer. A capacidade designadora é uma compulsão a designar.

(60) animal symbolicum (Cassirer), ell hombre; la capacidade designadora de éste se diferencia de la de otras especies animales porque no sólo emite y recibe señales que resultan funcionales en situaciones concretas, sino porque el signo mismi, como símbolo, se conviete en valor


Toda ordem se entende como ordem fundada e desenvolve a inclinação a considerar-se como tal (60).
A fundamentação discursiva reflete a ordem presentativa. Por sua vez, a ordem presentativa é reconhecida pela fundamentação discursiva. (tradução correta?) (60).

(60) La fundamentación discursiva refleja el orden presentativo, y éste tiene que acreditarse mediante aquélla.

(60) el hombre, predispuesto por naturaleza hacia el orden, no puede hacer otra cosa que crear continuamente nuevos órdenes ...
(61)Siempre tiene que ver com símmbolos discursivos y su lógica, y con la identidad pre-predicativa del sujeto y sus signos. Combatiéndose cada vez con argumentos lógicos dicha identidad pre-predicativa y presentando en perspectivas otra, mayor o <>. Y esto puede seguir así hasta la eternidade, pues ele don de signar y designar nuevos órdenes mediante la fuerza de la imaginación y el poder cognoscitivo no es únicamente una liberdad, sino también una compulsión.


Poder cognoscitivo: liberdade + compulsão a designar. Predisposto a ordem, o homem cria nova ordem. (61).
O signo é simultaneamente desejo e cumprimento.

(61) los signos mismos son intercambiables: Marilyn Monroe es sustuida mañana pr Ho Tschi Minh y éste, pasado mañana, por Hermann Hesse. El orden así designado es ensayado socialmente. En él, percepción y representación son todavia una sola cosa; el símbolo es, simultáneamente, deseo y cumplimento. La psicología habla de la <> infantil; la cuestión es si el hombre se libera alguna vez de ella.


Desilusão necessária (62).
No campo pré-predicativo demonstrações primárias de confiança se enraízam o que em linguagem política se chama de lealdade, necessidade de lealdade. Apelar ao sentido comum, à solidariedade.
Mecanismo de consenso: mudança de representações que se verificam pelo influxo de distintas ordens sobre a modalidade natural dos signos (63).
Instâncias – separam constelações de signos.
O não – dizer-se a favor de determinada forma de simbolismo e excluir outras (64) (ver ONG).
Coordenação, supraordenação e subordinação. Espaço e tempo intermediário (67)
Rito de passagem: questão de sentido (68). Símbolos de underground – prometem libertação.
Compulsão de símbolos ainda que seja uma possibilidade nos faz submeter obrigatoriamente a uma ordem
Para sair de uma ordem obrigatóriamente cai em outra ordem. Para perceber as outras ordens tem de fazer um distanciamento.
Perigo é um conhecimento muito específico impedir o diálogo com os outros conhecimento.

Texto A Fixação das crenças.
Livro: A sociedade do protesto
Livro La violência de los símbolos sociales
Livro Introduccion a la ciência de la comunicacion.

Mecanismo de fixação das crenças e o encantamento e quando está nesse estado perde-se a capacidade de distanciamento.

Fashion week, trabalho, congresso também são ordens simbólicas. Parece que é só lazer ou trabalho mas é uma ordem simbólica.

Desafio de compreender e tolerar as ordens de fora. Desafio é o distanciamento, saber que a vida os valores a pessoa é muito maior que a ordem simbólica. Ex. nasce filho tem de parar a ordem simbólica do mestrado.

Porque as pessoas seguem as outras no twitter? Por causa da nossa compulsão aos símbolos.

O importante é buscar o significado das pessoas seguirem outras. Não os porquês. Os porquês são muito lógico. Temos de entender o que aquela representação trouxe para as pessoas. Jabor é comprado como um mestre um guru que critica ironicamente e o melhor não faz as pessoas se mobilizarem, é passivo.

Ser humano cria representações que tragam significado para o conjunto da vida dele. Algum lugar de representação em que se coloca como tal e é reconhecido como tal.
Ex. franciscanos que andam vestidos como são Francisco de Assis descalços andam por aí conversando com pobres. Começou em Campinas e hoje é tem milhares de rapazes.
Essa representação de usar o símbolo de São Francisco de Assis, é a mesma que usar o símbolo da Tessália. São representações que dão sentido a vida das pessoas.

Gay Talese no fim da guerra todos jornalistas eram filhos de imigrantes, pobres portanto. Hoje os josrnalistas freqüentam os mesmos círculos de amizades dos políticos. Isso prejudica a imparcialidade. E o distanciamento.

Livro Jornalismo e desinformação, muita proximidade também prejudica por exemplo saber se a pessoa é kosovar ou não.

Idolatria pessoas não se represntadas em outra figura tomam o Neymar por exemplo como o que pode solucionar, mesmo que isso tenha tendência ao autoritarismo.

Antes arenistas ou mdbistas ordens fixas. Agora não tem cartilha. Jovens acabam escolhendo a ordem que mais lhe diz respeito.

Cuidado com a palavra mascara. Ela pressupõe uma essência, mas não existe essência sempre há uma ordem simbólica. Claro que as vezes tem violência simbólica (briga de torcidas) mas via de regra não temos de julgar temos de entender que essas ordens simbólicas fazem parte da vida cotidiana.

Claro,escuro, alto e baixo, dentro e fora são experiências polares, DIALÉTICAS, ou é uma coisa ou é outra. FUNCOES PREDICATIVAS.

Entre um ponto e outro tem um espaco para entrar em um grupo tem um respectivo rito de passagem. Quem esta dentro do grupo reivindica para o grupo o dentro contra o fora
Espaco de corredor é altamente relevante. Um mundo dentro e outro mundo fora. Relevante saber quais são os pontos que estão no corredor. Na experiência DIALÓGICA. Percepção do não é determinante para a criança, para sua formação como identificador do outro.

VI I – Sistemas de signos pragmáticos e ordenações simbólicas

Relações empíricas de comunicação determinam o que é ou não possível em política.
... Perplexidade se exterioriza como uma crise do mundo representado (71).
... perturbação do sistema, descarga de tensão (72). Alegoria (73).
Os símbolos políticos mais relevantes remetem as categorias de acima e embaixo, dentro e fora, claro e escuro. O fato fundamental que o individuo só pode experimentar a realidade mediante signos se converte em meio de direção de homens por parte de outros homens. (75) Socialmente não decidem os conteúdos, mas a forma (76).
O alto (conquista da vertical e conseqüente consecução do horizonte).
A horizontal (cerca e muro) - une sobre o mesmo plano, separando acima e embaixo.
Simbologia política – acima e embaixo. Obriga à obediência.
Acessibilidade do contíguo: dentro e fora separado por acessos.
Campo e linguagem: espacialidade do domínio não é mais sem único determinismo simbólico. Sobre ela se constrói uma construção verbal, figurativa, com leis que impedem a obediência (78).
Ordem: obediência, proibições, signos repetíveis.
Dez formas fundamentais de simbologia “apresentativa” (79). 1. o ponto; 2- sinalização erguida, 3- a horizontal separa acima e embaixo; 4- estaca projetada; 5- a estaca superelevada emblematicamente; 6- as diagonais colocadas uma sobre as outras sublinhando a estabilidade da pirâmide; 7- o campo como espaço sinalizado por quatro lados; 8- combinação de estaca, trecho, ordem de campo como regulação de acessibilidade; 9- a rede como campo marcado; 10- o círculo como campo de maior unidade e identificação.
Vertical Política. Observar que os exercícios realizados na horizontal ainda são tabus.

VIII – Determinantes simbólicos da dominação

Dominação = regulação da comunicação, mediante sem número de combinações.
A combinação acontece Mediante: - combinação ritualizada, -mediante portadores de símbolos que mantém movível
- mediante a compulsão aos signos (prazer de simbolizar novas ordens e que muda).
Ordem política: mantida por proibições e marcada por fronteiras. Está sujeita a extinção.
O desgaste de uma antiga ordem se anuncia com desgaste de seus símbolos.
A intenção de encontrar obediência trabalha contra o desgaste dos símbolos: partido progressista, partido conservador, formas mescladas (sucesso) (82).
Claro escuro: obscurecem a imagem do adversário, novo dia, reduz simbolização para facilitar o entendimento.
Repetição, duração, ritualização. Mecanismo de manter confiança. Novas organizações onde a participação regular é premiada. Pequenos homens e grandes causas.
Ritual e discurso: coesão, camaradagem, amizade. Os progressistas não são progressistas.
Os partidos se constituem como tais mediante a regulação da comunicação. (86)
Política interior e exterior. Mecanismo de simultaneidade. Mecanismo de escolha de um inimigo exterior.
“É mais fácil desmobilizar soldados que desligar a população civil dos símbolos que entendem como signos confiáveis de sua orientação no mundo” (88).Onde os símbolos são tidos como confiáveis, denotativos, a manipulação é fácil (89).
Luta política = luta por meios de comunicação.

IX – Símbolo e sanção.
SIMBOLO E SANCAO.
Estado faz simbologia encarnada a ponto de virar ritual
Pessoas se tornam portadoras do símbolo.
Se não houver negociação o símbolo é a coisa.
Mecanismo interno vai escolher um inimigo externo.
Essa relação está presente nos lugares mais insuspeitos.


Universidade e igreja que são lugares de acolhida não seguem como deveriam a horizontalidade, pelo contrario é hierárquico, eu e os outros, dentro e fora isso vem de nossas relações pré predicativas.


Los mass mídia ssao meios de trasportar símbolos por CAMINHOS SIMBOLICOS.
Já não é necessário mandar soldados, só símbolos então ECONOMIA DOS SINAIS

Com a técnica cada vez mais evoluída a separação entre imagem e coisa pode ser mais difícil de ser separada. Separação de símbolo e coisa se torna menos evidente.

FASCINACAO PECULIAR PELO MASS-MEDIA
Efeitos mais persistentes dos mass media não são racionais mas sim emocionais.


Ordem (predeterminação de valoração). Representação acerca do acima e embaixo, dentro e fora.
Manter a ordem = símbolos do Estado.
Hans Barth – filosofo suíço – determinou o conceito de ordem como central na filosofia política (98).
Ordem baseada na lealdade, no consenso. Diante do nada, sem signo.... sanção.
Lei = paz e ordem. Violação dos símbolos (terror) 102
Relações Simbólicas – não está no arbítrio dos sujeitos o modificar segundo sua vontade e humor a realidade da referência simbólica em que atuam. Segregações simbólicas - # diferente que o aniquilamento físico.
Sistema de sanções rivais – não há, em direitos humanos, sanções iguais para todos os homens.
Certeza da relação de signos como última ratio. “Etiquetação”.
Mecanismo de confiança e carreirismo.


X – Simbologia encarnada.
A relação entre o domínio dos símbolos e o domínio da violência está determinada pela força ou debilidade de seus símbolos (107).
A capacidade de penetração dos símbolos depende:
1- da mediação de que se servem
2- da regularidade da mediação repetida
3- e também da capacidade de adaptação dos portadores de símbolos às mudanças nas constelações sociais.
Essa capacidade de penetração do símbolo é reduzida, por sua vez, à confiança originária de que o símbolo é algo, não um mero fantasma cerebral do intérprete. Algo que se considera como meio para chegar a outra coisa, uma relação e , por conseguinte, uma forma de assegurar ao intérprete que ele está em uma realidade.
Mecanismo de corrupção – auto-lesão patrocinada pela própria ordem.
Mecanismo de vítima/morte/culto. Kennedy
Mecanismo político teatral.
Mecanismo de formas sadias – em tempos de decadência, as pessoas voltam-se para o passado, em busca de formas sadias e intactas das origens.
Para contrapor algo a mudança incessante dos conteúdos.
Os fisiocratas anteriores a Revolução Francesa, de acordo com a análise de Aléxis de Tocqueville, falam de lugares distantes e desconhecidos (como a China) para justificar suas posições.
Fisiocratas – Escola do francês Quesnay (1694-1774). Para os fisiocratas a terra é a única verdadeira fonte de riquezas e existe uma ordem natural e essencial das sociedades humanas, que é inútil contrariar com leis, regulamentos ou sistemas. (Aurélio).
Portadores sociais de símbolos (113)
Simbologia militar – plástica rotunda (circular), identidade entre sistema simbólico e sistema sancionador = poder.
Simbologia nacional-socialista.
Mecanismo de representação democrática – representa os incluídos. Na verdade, segundo Dilthey, ela não pode representar a desigualdade dos grupos, mas só a igualdade de todos perante a lei. A democracia tem sua unidade na forma, não na apresentação de determinados conteúdos.
Wilhelm Dilthey (1833-1911) – filosofo alemão. Autor de O Mundo do Espírito.
Postula a ciência de base sobre a qual se funda a ciência do espírito.
Propõe novos métodos e conceitos psicólogos. Comportamento simbólico, comportamento emblemático (118).
Causas grandes – pessoas a serviço.


XI – Os meios audiovisuais como portadores técnicos de símbolos

Os portadores de símbolos mantêm a ordem política. A comunicação ritualizada lhe confere um caráter duradouro.
Portadores: bases, frotas, redes de bases aéreas.
“A vinculação de força bruta e religião tem uma larga e sombria história no judaísmo, no cristianismo e no islamismo, continuada, em nosso século, nas lutas denominadas religiões sociais, tais como o liberalismo, o socialismo e o comunismo. Relações, todas elas simbólicas, que só a custa de uma terrível simplificação podem ser reduzidas a uma única causa”. (112)
Mass media – portadores técnicos de símbolos. Princípios de economia de forças. Substituem os portadores físicos.
Lei da economia.
Os efeitos mais persistentes dos mass-media não são os racionais, mas os emocionais. Eles remetem ao pensamento mítico que não conhece limites entre desejo/comprimento, imagem/coisa, percepção/representação.
A partir da ótica da história das idéias, com o uso dos meios eletrônicos é realizável, em escala mundial, a inversão técnica da racionalidade. Não porque isto é desejado por uma vontade dominadora, mas porque a perfeição dos meios apaga a linha de separação entre símbolo e portador de símbolo, claramente visível em um âmbito primário; e mais, suprime, na prática, esta diferenciação. (124).

Três peculiaridades dos meios eletrônicos.
1. Vinculam como móvel o interno e o externo.
2. Estabilizam as representações de acima/embaixo, claro/escuro com a própria construção do sistema.
3. Independem do claro e escuro naturais.
Mass Media – norma do indeterminado envolta em formas determinadas. Meios: comunicação ritualizada.
Relação triádica – consciência interpretante do receptor toma o meio como símbolo do mundo representado por ele.
Simbologia apresentativa, simultânea, integral: ilusão de estar aqui.
Porém, tal como é, está em correspondência com a posição habitual doa símbolos apresentativos e, ao mesmo tempo, promete fazer possível o impossível: a presença do televidente no lugar onde de fato ele não está. O paradoxo simbólico (p. 47) chega à plenitude de seus efeitos. (127)

XII –Política como comunicação ritualizada

Rito do calendário (fertilidade).
Rito formulado numa religião, a respeito da própria religião.
O próprio calendário e suas datas sob a magia dos números perfeitos: 10, 25, 50.
Ritos do calendário. Ritos de crises vitais.
Mecanismos das promoções para novas posições.
Mecanismo de inversão do status por certo período (132).
Por trás de tudo isso surge a pergunta a respeito da possibilidade de imaginar todo o complexo da vida pública sem um mínimo de energia mística.
Mecanismo de ritualização e inversão dos símbolos.
Vinculação entre o orgânico e a ordem social e moral se realiza também aqui mediante a socialização (138).
Simbolismo apresentativo – reprime o discurso.
Rito eleitoral – chave da democracia. Fatores que levam à crença na objetividade desse meio.
Mecanismo de encantamento pela Imagem. Crença na objetividade.
Magia como crença na objetividade dos meios de comunicação.



Epílogo. O que fazer? (141)

Ao vermos que estamos obrigados a considerar os mass media como portadores simbólicos ritualizados, que deixam poucos espaços para dimensão cognitiva. No entanto, isto não deve significar o descuido das possibilidades que a língua oferece para diferenciar: coisa e imagem, desejo e realização, representação e percepção.

A multiplicidade de produções simbólicas traz consigo o fastídio e este a tendência à indiferença e à simplicidade.

Com Albert Camus: “Querer significa despertar contradições. Tudo está preparado para o estabelecimento daquela paz envenenada que doa a despreocupação, a (.............) de coração ou a mortííera renúncia”. (142).



Anexo: A violência simbólica (143)

Mecanismo da violência simbólica.
Toda ordem pode ser definida como constelação de signos (Pross, 1974).
Ordem – constelação de signos físicos.
Estado – status – nova disposição de sinais. Estado: declaração feita por pessoas que estabelecem constelação de signos.
Hierarquia/poder. Conflito interno. Uns mais do que outros estão dentro.
Sistema de opção compartilhada. Ritos de passagem.
Identificação com um grupo humano é sempre identificação com o sistema vertical de valores dessas pessoas (147).
Não há sistema comum de valores (147).
Cada ordem protege os seus signos para proteger os valores simbólicos. (148)
O problema da uniformização das comunicações é denominado Fator Normativo de Poder.
A orientação vertical dos sistemas de valor e a orientação horizontal dos signos conduzem a dialética do poder que finaliza na capacidade de impor certos significados às pessoas.

Cada ordem política tem sua Teoria do Conhecimento que está mais ou menos conforme suas regras.
Valor mais alto. Condutas políticas.
Mass Media – super símbolos porque seu ritual é impor tradições culturais.

Se a ordem civil é ordem dos super símbolos, como direitos humanos, democracia, consciência de classe, nação, Europa, etc, as condutas são a prova que a ordem civil está dominada por formas concretas de identificação e privação (153).

Toda política é política de informação (5 condutas de informação)
1- A informação obtém ampla difusão, a fim de propagar o conhecimento.
2- A informação é retida, a fim de conservar a ignorância.
3- A informação é distribuída a fim de suprimir outras informações.
4- A informação será canalizada, a fim de identificar com o remetente apenas um grupo de pessoas.
5- A informação fica esmagada pelas comunicações, as que só não eliminam a ignorância porque tais comunicações não podem ser reduzidas. Não atingem as faculdades e possibilidades comunicativas dos receptores, porque não tocam em suas “realidades”. (153)


As tensões entre hierarquias verticais de valores e ordens simbólicas horizontais podem ser entendidas como dialéticas.
Prosseguir esse enfoque conduz a uma nova hipótese sobre a constelação política e o estado de dependência, geralmente desconhecido, de seus súditos.

24/09/2010

Clima de caça às bruxas contra biopirataria atrapalha proteção dabiodiversidade

Por Danielle Denny

Desde a Rio 92, as negociações sobre as temáticas das mudanças climáticas e das florestas avançaram bastante, ambas ligadas ao problema do aquecimento global. Tanto que em Cancun, México, na próxima reunião sobre clima, o problema serão apenas equações e porcentagens. Diferentemente disso, na áreas de biodiversidade, muito pouco foi feito. Para a reunião de Nagoya, Japão, a próxima sobre biodiversidade, as expectativas ainda são muito grandes, questões conceituais ainda estão por ser decididas.

As empresa, principalmente brasileiras, têm dificuldade de reconhecer na biodiversidade uma oportunidade para negócios. O principal motivo é a falta de quantificação do ponto de vista econômico. A biodiversidade é muito difícil de ser avaliada economicamente. Além disso, as atuais leis são muito rígidas, porém de difícil aplicação. Prospetar negócios nessa área virou sinônimo de biopirataria.

O marco regulatório precisa ser alterado para fazer da biodiversidade uma oportunidade de negócio. A conceituação teórica precisa avançar. Como na área de clima há o IPCC, painel internacional para mudanças climáticas, na sigla em inglês, a área de biodiversidade precisa de um painel próprio, com cientistas especializados que possam pesquisar os dados relativos à biodiversidade. Além disso, precisam ser estabelecidas as diretrizes sobre financiamento, filantropia, usos permitidos e repartição justa dos benefícios.

O tema da biodiversidade tem de ser tratado com profundidade, não pode ser negligenciado à espera de uma solução espontânea. Os perigos são muitos. Não se substitui a biodiversidade, as qualidades das espécies são muito próprias dos ambientes em que se desenvolvem. Não adianta replantar uma árvore de Pau Brasil em outro habitat por exemplo. A densidade dos galhos replantados será outra, diferente da dos nativos, valiosíssimos para a produção de instrumentos musicais.

Além disso, uma unidade de conservação da Amazônia pode ter o dobro do tamanho do Estado de São Paulo. As políticas públicas tradicionais não se aplicam, na mesma medida. Há necessidade de criação de um índice de sustentabilidade específico e precisa ser pesquisada uma nova métrica para a biodiversidade, assim como foi desenvolvida uma para as emissões de carbono. Nessa tarefa têm de atuar, não só os cientistas, mas a sociedade como um todo, inclusive as empresas.

A biodiversidade tem de deixar de ser parte do problema para ser parte da solução. A recente carta para conservação e uso sustentável da biodiversidade lançada pelo Movimento Empresarial pela Biodiversidade – MEB, em evento realizado pelo Valor Econômico, dia 23 de setembro de 2010, em São Paulo, demonstra que a comunidade empresarial está preparada para ser parte da solução.
Danielle Denny é pesquisadora da Cásper Líbero.

Biodiversidade é vida biodiversidade é a nossa vida.

“Outras espécies são nossas irmãs”

Por Danielle Denny

A declaração foi feita por Fabio Scarano, Diretor Executivo da Conservação Internacional em evento realizado pelo Valor Econômico, dia 23 de setembro de 2010, em São Paulo, para lançar a carta para conservação e uso sustentável da biodiversidade. Uma iniciativa do Movimento Empresarial pela Biodiversidade – MEB, cuja proposta é promover:
• Controle do desmatamento
• Proteção ds áreas de alto valor para conservação ambiental
• Restauração de ecosistemas
• Uso sutentável dos recursos naturais
• Repartição justa dos benefícios.

O evento contou ainda com a participação de representantes governamentais, do terceiro setor, da academia e de público interessado no tema.

Segundo Scarano, a ameaça ao meio ambiente tem origens filosóficas. Na modernidade, o homem passou a ser visto como ser distinto, separado e muitas vezes antagônico à natureza. Esse problema filosófico de separação do homem da natureza está no cerne do antagonismo entre desenvolvimentistas e preservacionistas, os primeiros priorizando o homem e os segundos, a natureza.

Esse paradigma começou a ser rompido recentemente por uma geração de tradutores, principalmente jornalistas, responsáveis por disseminar uma linguagem comum sobre os problemas ambientais em diversos setores: no empresariado, no governo, nas organizações não governamentais, na academia. O ser humano passou a ser visto como animal inseparável da natureza. O elo consciente da cadeia de biodiversidade.

O objetivo passou a ser transformar o modelo vigente de desenvolvimento para garantir que ao mesmo tempo o capital natural e o humano fossem mantidos, por meio dos avanços técnicos. Esse modelo novo das economias verdes conserva os serviços ambientais ao mesmo tempo que promove o crescimento da capacidade humana.

E o Brasil como país mega diverso tem vantagem comparativa nessa área. Como bem ressalta Scarano, se o Brasil não conseguir implementar a economia verde aqui, vai ser difícil outro país conseguir sucesso, porque nós somos os que mais temos facilidades.

Danielle Denny é pesquisadora da Cásper Líbero.

23/09/2010

Flusser propõe jogo do pensamento

Por Danielle Denny

Quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Em artigo da revista de 1969, do Departamento de Humanidades do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica de São José dos Campos, SP), Vilém Flusser resume seu livro de 1963, Língua e Realidade, de forma esquemática. Considera o pensamento como jogo
Flusser pode ser entendido como mestre de estruturas, mais do que de conteúdo. Assim as regras do jogo pensamento são fundamentais para quem quer começar a jogar. Regras estabelecidas eliminam ambigüidades nesse jogo que é hipotético e matemático.
Seguindo a teoria da informação para qual toda informação depende do ruído, é proporcional a uma constante multiplicada pelo inverso da probabilidade de um evento,
Flusser percebe no pensamento ruído e redundância. Para diminuirem o ruído as pessoas se repetem. Mas na sociedade de comunicação de massa, a redudância escalona para termos exepcionais.
O contexto histórico do qual escreve Flusser é o da filosofia ensinada como discurso. As pessoas eram treinadas para tomar parte desse discurso. A ideia de Flusser tornar a filosofia conversação. Por isso esse texto sobre pensamento como jogo não deve ser entendido como hermético. Cada um entra na conversação de acordo com o seu repertório. Exagero de redudância é conversa fiada a que estamos acostumados. A conversação é sobre estrutura, lógica, divertida e dá prazer. Jogo não é hermético, mas para jogar tem de combinar as regras.
Inclusive, seria interessante buscar depoimentos de contemporâneos de Flusser para falar do contexto histórico.
Filosofia pode também ser entendida como interessar-se pelo desinteressante. Animais vêem qualquer objeto como amedrontador, copulável ou comestível. O ser humano quando usa um objeto se interessa por algo desinteressante do ponto de vista dos animais.
Percebe-se ainda uma continuidade entre os textos do autor, sob a temática do intelectual engajado com o pensar coerente. Flusser faz, assim, uma crítica aos filósofos do seu tempo que eram redundantes. Língua pode servir aos interesses de um jogo com cartas marcadas.
Além de jogo, pensamento é língua, e para Flusser língua é realidade. Dessa forma, ele, muitas vezes se porta como poeta, criando realidade. Busca o território do pouco provável, da síntese, da eliminação de redundâncias. Não se interessa pelo muito provável, pela redundância.

Bibliografia sugerida durante o encontro:

FLUSSER, Vilém. O repertório do pensamento. ITA-HUMANIDADES, (5): 44-51, 1969.

Pasta 86, no Centro Acadêmico de Filosofia da PUC, com diversos textos de Vilem Flusser,

FLUSSER, Vilém. Língua e Realidade. Annablume. São Paulo 2007. (Texto original de 1963)

MENEZES, José Eugenio de O. Para ler Vilém Flusser. Disponível em < http://www.casperlibero.edu.br/rep_arquivos/2010/08/02/1280781703.pdf >. Acesso em 21 de setembro de 2010.


ISMAEL, J.C..“O diabo é um idiota, Sr. Flusser?” Dissertação da ECA

Danielle Denny participa do grupo de estudos sobre Vilém Flusser, do Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura e da Mídia, http://www.cisc.org.br/html/index.php, o presente texto é uma ata das discussões travadas durante o segundo dos 8 encontros que serão realizados em 3 universidades durante o segundo semestre de 2010.

16/09/2010

A REDE MODIFICA OS FILMES

A REDE MODIFICA OS FILMES


Análise do filme Melhores Coisas do Mundo nas redes sociais conectadas

Danielle Denny

Resumo:
O presente artigo analisa a experiência de uso das redes sociais conectadas pelo filme Melhores Coisas do Mundo, identificando avanços e limitações. Exemplifica como a Internet pode ser utilizada na sociedade contemporânea como ambiente de mídia ao mesmo tempo inovador e similar em relação aos media tradicionais. O artigo parte de uma análise de caso e tem como referencial teórico autores como Lima, Pearson, Tomaselo, Franco dentre outros.


Palavras-chave: Redes. Comunidades Sociais Conectadas. Pensamento Computacional. Interatividade. Cooperação Humana


Internet modifies movies

An analyze about the movie Melhores Coisas do Mundo at social networks

Abstract
This article analyzes the use of social networks by the movie Melhores Coisas do Mundo, identifying improvements and limitations. It exemplifies how Internet can be used in nowadays society as a media environment at the same time innovative and similar in relation to traditional media. The article starts as a case study and has the following theoretical references: Lima, Pearson, Tomaselo, Franco among others.



Keywords: Internet. Linked Comunities. Computer Thinking. Interactivity. Cooperation.



For the time being we concentrate our force on temporary "power surges,"
avoiding all entanglements with "permanent solutions."
Hakim Bey

A revolução digital, com a convergência de mídias e a divergência de meios, possibilitou multiplataformas de interação de emissor e receptor de conteúdo informativo via mídias sociais conectadas (Lima, 2009). O filme As melhores coisas do mundo de Laís Bodanzky, adequado a esse contexto, foi lançado já com diversas comunidades oficiais em várias dessas multiplataformas de interação como Facebook, Orkut, Flickr, Twitter. Além disso, os blogs mantidos pelos personagens no filme existem na rede.

O exemplo do filme precisa ser estudado pois mídias sociais conectadas disponibilizam novas diretrizes para a contrução de conteúdos informativos e essa oportunidade precisa ser utilizada pelos comunicadores a fim de melhor dialogar com a sociedade contemporânea.

Para entender melhor esse contexto, uma boa definição de redes sociais conectadas é a de Danah M. Boyd e Nicole B. Ellison, que as identificam como sistemas eletrônicos onde indivíduos podem construir perfis, articular contatos com outros usuários e vizualizar conecções feitas por si e pelos outros dentro desse sistema.
We define social network sites as web-based services that allow individuals to (1)construct a public or semi-public profile within a bounded system, (2) articulate a list of other users with whom they share a connection, and (3) view and traverse their list of connections and those made by others within the system. The nature and nomenclature of these connections may vary from site to site.

A participação do interlocutor nas mídias sociais conectadas é fundamental, e precisa ser mantida em equilíbrio entre a liberdade total e o cerceamento indevido. A qualidade da obra cinematográfica, ou de outro conteúdo informativo que se esteja tratando, precisa ser mantida. Mas ao mesmo tempo o usuário pode e deve se manifestar, inclusive produzindo novos conteúdos.

Como a forma de consumo de informação tem mudado, os produtores de conteúdo informativo têm de se adaptar. Desconsiderar que a barreira da escassez de informação e de conectividade foi mitigada pela tecnologia, apenas serve para que as manifestações dialógicas se dêem em outras plataformas, sem a participação importante do emissor original.

E não existe um modelo pronto de como produzir conteúdo informativo para as mídias sociais conectadas. Não há o que ser copiado. Por tentativa e erro e com investimento em pesquisa as novas práticas precisam ainda ser inventadas.

As novas ferramentas tecnológicas e as simulações digitais dos media já existentes no mundo real viabilizam uma nova forma de interface que ativa múltiplas habilidades e modos de aprender de forma cinestésica, icônica e simbólica (Manovich, 2008).

As pesquisas precisam considerar essa nova realidade e dominar os conceitos de pensamento computacional (Pearson, 2009), para criar conteúdos em diferentes níveis de abstação que permitam maior eficiência, aplicando lógica matemática e compreendendo as consequências de escala. O pensamento computacional deve ser a base de uma nova forma de distribuição cinematográfica, que imite os valores e processos de produção de conhecimento específicos da era da informação, ou seja, que se adapte à cultura do remix. De acordo com Tapscott & Williams:
(...) nova web está se tornando: um parque maciço de bits de informação que são compartilhados e reprocessados abertamente formando uma tapeçaria fluida e participativa. Tendo amadurecido ao longo dos anos como um meio estático de apresentação, a web é agora a base para novas formas dinâmicas de comunidade e expressão criativa. Some a isso uma saudável dose de empreendedorismo popular e você tem uma receita poderosa para (...) uma revolução que afeta não apenas alvos óbvios como a mídia, o entretenimento e os softwares, mas que está progressivamente varrendo todas as indústrias e setores à medida que a colaboração em massa penetra em atividades que vão desde a ciência até a produção industrial.

Para Jeannette M. Wing, (Wing, 2006), pensamento computacional é pensar recursivamente, usando abstração e decomposição, para prevenir, proteger e recuperar de casos previstos como o pior cenário. É pensar de forma heurística para descobrir soluções, em meio a incertezas, planejando, aprendendo e esquematizando. Quem produz conteúdos informativos tem de saber como funcionam as tecnologias, para conhecer as potencialidades e os limites. Para tirar proveito das vantagens.

Mas é uma falácia pensar ser possível controlar algo em um sistema complexo como a Internet. Na complexidade (Winkin, 1998) não se sabe exatamente o que vai acontecer. É possível influenciar mas não exercer poder. Subjacente à rede, há uma lógica humana, não é o caos, mas não dá para planilhar todas as possibilidades, há uma abundância, uma multiplicidade de caminhos que uma informação pode percorrer de um ponto a outro na rede.

Dessa forma, o exercício de poder é impossível em um ambiente tão descentralizado como a Internet. O poder na rede é a medida inversa do grau de centralização dessa rede, (Franco, 2009) é a capacidade de i. filtrar ou obstruir fluxos de informação; ii. separar duas conexões; e iii. excluir ou desconectar participantes.

Bem ilustrativa dessa natureza da rede é a imagem criada por Augusto de Franco:
... seres humanos são seres humano-sociais, não são somente íons vagando em um meio gelatinoso e exibindo suas qualidades intrínsecas e sim também entroncamentos de fluxos, identidades que se formam a partir da interação com outros indivíduos. A pessoa como continuum de experiências intransferíveis e, ao mesmo tempo, como série intermitente de relacionamentos, se comporta como ator (ou agente) por estar imersa (conectada e agrupada) em um ambiente interativo. Portanto, são a interação e a clusterização que “produzem” o agente (ou ator). Ninguém pode ser agente de si mesmo: atores sociais se constituem como tais na medida em que interagem em clusters nas redes socias. (...) Então alguém que tem mais influência porque entronca mais conexões (desempenhando o papel de hub e estabelecendo atalhos entre clusters), ou porque estabelece novos fluxos para o futuro, i. e., para inventar mais possibilidades de futuro (desempenhando o papel de inovador), ou porque aumenta seus graus de empatia por compartilhamento com os demais (desempenhando o papel de netweaver), não é alguém que se apoderou (obstruindo caminhos, derrubando pontes e eliminando conexões entre nodos)

O desafio do estudo das novas mídias atualmente é desenvolver uma linguagem própria, não uma teoria geral (Lovink, 2006). O estudo do filme em questão contribui para essa temática na medida que analisa como foi feita a comunicação por meio das redes sociais conectadas. É um estudo de caso que ressalta os sucessos e os fracassos dessa iniciativa, possibilitando que casos futuros possam ter sua estratégia pautada pelo que foi observado na comunicação do filme As melhores coisas do mundo por meio das redes sociais conectadas

Esse filme representa um avanço em relação ao desenvolvimento de uma nova linguagem, de acordo com a nova realidade de abundância de informação, mas excassez de tempo e hiperconectividade. Desde a estréia nas telas de cinema, a equipe de produção do filme já tinha criado perfis, contas e comunidades nas principais redes sociais conectadas. Porém, o uso desses media poderia ser muito mais contundente.

O mais marcante da observação, em 30 de outubro de 2010, das redes sociais conectadas criadas pela equipe de As melhores coisas do mundo foi a inatividade. O Orkut ainda noticiava a estréia do filme em 16 de abril de 2010. No Flicker as fotos mais recentes eram de 6 maio de 2010. O Youtube tinha apenas 9 vídeos, sendo o mais recente de 22 de abril de 2010. A única excessão a essa tendência parece ser o Facebook que ostentava atividade até a véspera. Em anexo, estão os print screen dessas páginas.

Uma possível explicação é que a cooperação conseguida entre os criadores dos perfis, contas ou comunidades, os fãns do filme e os internautas de modo geral sempre envolve um custo para quem coopera. Esse custo não precisa ser financeiro, pode ser em perda de tempo por exemplo. Assim, a tendência é deixarem de cooperar por causa da melhor relação custo e beneficio.

As redes sociais conectadas, porque feitas por intermédio de um software que permite que elas fiquem online mesmo que inativas, não são excluídas do ambiente online, a menos que o seu criador assim o decida.

Contudo, as redes sociais (conectadas ou não) e a interação entre as pessoas nesses ambientes não duram para sempre nem vão necessariamente se expandir como bem qualifica Augusto de Franco:
Redes voluntariamente articuladas não são para durar para sempre. Nada dura toda vida (se durar como é, certamente não será sustentável!) (...) Crescer sempre para que? Para fazer alguma coisa? Mas as redes não são para fazer coisa alguma: elas são simplesmente para... ser. Elas são o que qualquer sociedade seria se não tivesse sido invadida por programas centralizadores.

Enquanto houver pessoas dispostas a se conectar em rede e trocar conteúdo nos espaços criados pela equipe do filme As melhores coisas do mundo, esses espaços vão ser ativos. A partir do momento em que não houver mais esse interesse, a inatividade será a regra. Por mais que o site, o perfil, a conta, a comunidade ou o fórum continuem existindo, se não houver atividade eles estarão extintos.

Isso não é diferente nas redes não digitais. Quando cessa o interesse ou o própósito para que foi criada, a rede se extingue. É assim com qualquer rede. Inclusive essa é a lógica de todos os processos sustentáveis, sejam eles biológicos, físicos ou interpessoais, pois são elaborados em um modelo de rede difusa, sem controles ou hierarquias.

É possível, contudo, animar a atividade das redes prevenindo ou adiando sua extinção. Augusto de Franco esboça um roteiro a ser seguido pelos animadores de rede:
No trabalho de animação de rede, deve-se ter em conta algumas orientações importantes:
a) Ter sempre campanhas e metas. As campanhas podem ser propostas em torno de alguma ação coletiva que deverá ser realizada. Então, tendo o objetivo claro (a "finalidade inicial"), será possível conectar mais pessoas na rede para atingir tal objetivo.
b) Ter sempre devolução ou retorno. Qualquer ação coletiva proposta à rede pelo núcleo inicial e realizada pela rede deve ser registrada e a informação deve ser devolvida à rede. Esse deve ser um processo permanente, recorrente, sistemático.
c) Disponibilizar amplamente as informações. Os conectados devem receber regularmente, até que a dinâmica própria da rede se estabeleça, uma mensagem do grupo inicial. O importante é a regularidade, que não deve ser quebrada.

Todo esse esforço pode ser inóquo se a rede não passar a existir de fato, ganhando independência do grupo que a criou. Ou seja, se os membros conectados porque sentiram afinidade com os propósitos sugeridos pela equipe do filme As melhores coisas do mundo, não derem continuidade à rede, não redefinirem coletivamente a identidade da sua articulação (para que possam formular, então, as suas “finalidade finais”) (Franco, 2008) .

Se os fãns de As melhores coisas do mundo conectados à rede, em comunidade criadas pela equipe técnica do filme, expandirem a experiência de simplesmente aceitar o propósito e passarem a buscar sentido próprio, para o que estão propondo ou fazendo em um mesmo repositório coletivo de definições, premissas e argumentos, então estará estabelecida uma nova forma de ser-coletivamente (Franco, 2008).

Só então as redes voluntariamente articuladas pela equipe do filme As melhores coisas do mundo, estará “acontecendo”. Se isso ocorrer e restar comprovado que assumiu existência própria, haverá um caso de sucesso de netweaving a ser estudado. O filme As melhores coisas do mundo terá gerado um novo ente (ou, melhor, desencadeado mais um processo) sustentável no mundo (Franco, 2008).

Superado o desafio da construção da rede, passa a ser importante a busca pela atenção. Em grupos pequenos a relevância é mais fácil de ser alcançada, pois a afinidade é maior. O desafio é conseguir produzir conteúdo relevante para diversos grupos, para públicos diferentes. A tendência, quando o público é muito amplo e heterogêneo, é haver agressividade e ausência de diálogo, o que inviabiliza a evolução dos debates.

O modelo broadcasting, adotado pelas novelas, por exemplo, consegue atingir muitos públicos, consegue lidar com as relevâncias nacionais. Em redes sociais conectadas isso é mais difícil, se as comunidades forem muito pequenas serão consistentes mas incompletas, não conseguirão dialogar com outros grupos. Por outro lado, se forem muito abrangentes serão menos consistentes, mas mais completas, mas pode haver agressividade e intolerância o que dificultará o diálogo. O desafio é encontrar o equilíbrio no qual é possível o diálogo entre diversos grupos, sem desconsiderar que em rede o mesmo indivíduo pode pertencer a pequenos e a grandes grupos ao mesmo tempo.

Assim, as redes tecidas pela equipe do filme As melhores coisas do mundo, para serem bem sucedidas terão de vencer o desafio da relevância. Vão ter de disponibilizar conteúdo interessante para um grupo amplo e heterogêneo de pessoas.

Além disso, se em algum momento houver conflito entre os integrantes, os moderadores poderão intervir. Mas com cuidado, pois qualquer intervenção é muito arriscada. Pode ser entendida pelos participantes como controle, gerando perda de confiança e consequente saida da comunidade. Pode também privilegiar os valores da maioria, suprimindo a minoria, se tornando hostil à troca de informações entre pessoas que pensam de forma diferente.

Por enquanto, o desafio maior para a equipe de As melhores coisas do mundo é ainda animar as redes sociais conectadas que criaram, estimulando a atividade, prevenindo assim sua extinção. Devem ser promovidas campanhas de divulgação em torno de ações coletiva, as quais devem ser registradas e informadas na rede, em processo permanente, recorrente, sistemático. Além disso, os conectados devem ser chamados a participar regularmente, até que a dinâmica própria da rede se estabeleça.

Os produtores de mídia, a equipe de As melhores coisas do mundo inclusive. ainda se comportam como se estivessem na era da escassez da informação. Mas o que vivemos é o contrário, todas as pessoas envolvidas podem ser detentores das informações e produtores de conteúdo, por isso uma nova relação tem de ser construída, baseada não na qualidade intrínseca de site oficial, mas sim na relação de confiança e de utilidade que o site possa oferecer, aceitando críticas e colaborações, de modo a retrabalhar a hierarquia, adequando-a à nova realidade. Conforme sumarizam Tapscott & Williams:
Ao longo da história, as empresas se organizaram de acordo com linhas de autoridade estritamente hierárquicas... Sempre havia alguém, ou alguma empresa responsável, que controlava.... Embora as hierarquias não estejam desaparecendo, mudanças profundas na natureza da tecnologia, da demografia e da economia global estão fazendo emergir novos e poderosos modelos de produção baseados em comunidade, colaboração e auto-organização, e não em hierarquia e controle... Bilhões de indivíduos conectados podem agora participar ativamente da inovação, da criação de riqueza e do desenvolvimento social de uma maneira que antes era apenas um sonho. E, ao colaborarem, essas massas de pessoas reunidas fazem com que as artes, a cultura, a ciência, a educação, o governo e a economia avancem de forma surpreendentemente, mas, em última instância, lucrativa.

As facilidades tecnológicas webbrowseadas, facilitaram a interatividade, pincipalmente com estruturas sistêmicas organizadas por bancos de dados aos quais o usuário pode inserir comentários (como faria em uma comunidade do Orkut), mas além disso, pode criar inputs para o banco de dados, compartilhar, avaliar, classificar, recomendar, disseminar.

Nessa situação repleta de produtores de conteúdo, a atenção das pessoas é o objeto de disputa. O risco para as obras cinematográficas e para qualquer produto a ser consumido durante o tempo livre das pessoas não é mais a pirataria, mas sim a obscuridade. Tudo está potencialmente a apenas alguns cliques de distância, em qualquer lugar do mundo. Então, esses produtos consumíveis durante o lazer passaram a disputar o tempo escasso não só com outros produtos de entretenimento, mas também com todas as outras coisas que as pessoas precisam fazer em diferentes sites dispersos na rede.

Uma estratégia de distribuição eletrônica do filme, aumentaria sua audiência em outros países, por exemplo. O que atualmente é um problema para a produção nacional que não consegue chegar satisfatoriamente nem aos países do Mercosul. A cobrança por esse serviço é um problema de segunda categoria, o importante é vincular as pessoas para que se tornem divulgadores da obra. Nessas circunstâncias, Tapscott & Williams esclarecem o seguinte:
Os autores estabelecem uma relação de diálogo com o seu público, na qual os fâs os tratam com intimidade. Quando os leitores estabelecem essa conexão cognitiva e emocional, não se trata mais de uma atividade de lazer. Trata-se de uma atividade de lazer com uma dimensão social. Toda essa formação de uma rede social acaba por ajudar (...) a vender mais (...) através de canais tradicionais.

A premência da comunicação via redes sociais conectadas se faz ainda mais necessária se considerarmos que o público alvo do filme é justamente a Geração Net que preza, segundo Tapscott & Williams, rapidez, liberdade, abertura, inovação, mobilidade, autenticidade e ludicidade.

O ideal seria criar um ambiente tão envolvente que os internautas não precisassem sair dele para trocar informações ou produzir conteúdos. Assim o próprio sistema poderia se enriquecer com o que fosse produzido nele. Um exemplo, é o da rede BBC: as pessoas lêem, pesquisam, trocam, comentam notícias em um mesmo ambiente, sem o uso de programas externos, como Orkut, Facebook, Flicker ou Youtube.

Não é o caso de permitir que a participação do usuário altere o filme As melhores coisas do mundo ou interfira em sua qualidade de obra autoral editada e difundida como um produto. Mas a intervenção dos internautas é de suma importância para caracterizar um diálogo permantente e construtivo entre a equipe do filme e o público, expandindo o conteúdo e agregando percepções. Essa participação é definida por Tapscott & Williams como crowdsourcing: modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos de voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo ou desenvolver novas tecnologias.

Essa colaboração em massa, também chamada de peering, pode ter diversos motivos. Pode se dar por diversão, altruísmo, ou busca direta de uma solução para um problema que interessa pessoalmente ao colaborador. Independentemente disso, a lógica de produção de conteúdo muda, não se aplica mais a hierarquia de comando e controle, típica das empresas da Era Moderna. Alguns colaboradores têm mais autoridade e influência que outros , mas o igualitarismo é a regra.

Nesse contexto, os moderadores passam a exercer um papel fundamental de filtrar contribuições construtivas das destrutivas. Um post por exempolo pode acrescentar ou contextualizar mas também pode ser usado apenas para ofender ou provocar os participantes das mídias sociais conectadas, esses são usuários, denominados mulas pelo jargão da Internet, precisam ser coibidos ou banidos para a manutenção do ambiente de troca saudável entre os demais participantes.

Outra fragilidade do mercado cinematográfico nas redes é a ausência de agregadores sobre críticas aos diversos filmes lançados. As resenhas são hoje distribuídas em diversos sites especializados, como o IMDB, sites de notícia, como o da Vejinha e em blogs de cinéfilos, uma pesquisa no google com o nome de um filme demonstra isso (vide anexo). Os sistemas agregadores selecionariam e compartilhariam o conteúdo produzido sobre cinema, automaticamente mostrariam em uma escala quais são as páginas mais acessadas, compartilhadas ou adotadas como favoridas e que portanto correspondessem ao conteúdo mais importante sobre cinema num determinado momento.

Mesmo que não seja conseguido o ambiente ideal (colaborativo, independente de outros softwares, livre de mulas) é mais vantajoso centralizar a produção de conteúdo sobre As melhores coisas do mundo nos sites, perfis e comunidades que são oficiais e isso se consegue com uma atuação pensada para animar as redes. Atualmente o conteúdo sobre As melhores coisas do mundo se encontra disperso. O próprio trailler final do filme aparece no Youtube em perfil não referenciado no site oficial do filme, mas no perfil da Warner.

Sendo assim, o filme As melhores coisas do mundo avança em relação ao desenvolvimento de uma nova linguagem comunicacional, mais adequada ao ambiente virtual e ao novo contexto de abundância de informação, mas de excassez de tempo e hiperconectividade. Contudo, os avanços poderiam ser maiores se houvesse netweaving, moderação ativa, estruturação de uma política colaborativa, independência de softwares exógenos e agregadores.



ANEXO
Site oficial:




Perfis referenciados no site oficial:
















Alguns perfis não referenciados no site oficial:



Referências bibliográficas gerais:

BEY, Hakim. The Temporary Autonomous Zone, Ontological Anarchy, Poetic Terrorism. Disponível em: < http://hermetic.com/bey/taz_cont.html >. Acesso em 19 nov. 2010
ELLISON, Nicole B; BOYD, Danahm. Social Network Sites: Definition, History, and Scholarship.Disponível em: http://www.blogger.com/Michigan%20State%20University%20http://jcmc.indiana.edu/vol13/issue1/boyd.ellison.html . Acesso em 28 de agosto de 2010.
FRANCO, Augusto de. O Para fazer Netweaving. 2008. Disponível em: http://escoladeredes.ning.com/profiles/blog/show?id=2384710:BlogPost:30853&xgs=1 . Acesso em 2 de setembro de 2010.
FRANCO, Augusto de. O poder nas redes sociais. 2009. Disponível em: http://escoladeredes.ning.com/profiles/blog/show?id=2384710:BlogPost:30853&xgs=1 . Acesso em 2 de setembro de 2010.
LIMA JUNIOR, Walter Teixeira. Mídias sociais conectadas e jornalismo participativo. In: MARQUES, Ângela et al. Esfera pública, redes e jornalismo. Rio de Janeiro: E-papers, 2009.
LOVINK, Geert. O Princípio de Inconexão. 2006. Disponível em: http://blogs.metareciclagem.org/novaes/o-principio-de-inconexao/ . Acesso em 9 de setembro de 2010.
MANOVICH, Lev. Software takes command. 2008. Disponível em http://softwarestudies.com/softbook/manovich_softbook_11_20_2008.pdf . Acesso em 28 de agosto de 2010.
PARK, Han Woo; THELWALL, Mike. Rede de hyperlinks: estudo da estrutura social na Internet. In: O tempo das redes. São Paulo: Perspectiva, 2008 (p 171 - 216)
PEARSON, Kim. How Computational Thinking is Changing Journalism & What's Next. 2009. Disponível em http://www.poynter.org/column.asp?id=31&aid=164084 . . Acesso em 28 de agosto de 2010.
TAPSCOTT, Don; WILLIAMS, Antony D. Wikinomics: como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio. Rio de Janeiro-RJ: Nova Fronteira, 2007.
TOMASELO, Michael; DWECK, Carol; SILK, Joan; SKYRMS, Brian; SPELKE, Elizabeth. Origins of Human Communication: Cambridge: The MIT Press, 2009.
WING, Jeannette M. Computational Thinking. 2006. Disponível em http://www.cs.cmu.edu/afs/cs/usr/wing/www/publications/Wing06.pdf . Acesso em 28 de agosto de 2010.
WINKIN, Yves. A nova comunicação: da teoria ao trabalho de campo. Campinas-SP: Papirus, 1998.


Referências bibliográficas sobre o filme:

BODANSKY, Laís et al. Projeto Educativo As melhores coisas do mundo. Disponível em: < http://www.warnerlab.com.br/asmelhorescoisasdomundo/site/projeto_educativo/pdf/AMCDM_guia_para_download_v8.pdf >. Acesso em: 20 jul. 2010.
INTERNET MOVIES DATABASE. Biography for Laís Bodanzky. Disponivel em: < http://www.imdb.com/name/nm1738698/bio > . Acesso em: 15 ago 2010.
MULHERES NO CINEMA BRASILEIRO. Laís Bodansky. Disponivel em: < http://www.mulheresdocinemabrasileiro.com/laisbodansky.htm >. Acesso em: 10 ago 2010.
TELA BRASIL. Disponível em: < http://www.telabr.com.br/sobre-nos/apresentacao >. Acesso em: 11 ago 2010.

VEGANOS PODEM SER OS NOVOS COMUNISTAS

Por Danielle Denny



Os inimigos públicos, agitadores, desordeiros deixaram de se os comunistas, como antes de 1989. A juventude agora adota outros tipos de comportamento para atuar na política. A complexidade do tema foi analisada por Oscar Aguilera, na ESPM, 10 de setembro de 2010.

O que é juventude?

Precisam ser determinadas as coordenadas histórico temporais que permitam o uso da nomenclatura juventude. Juventude não é externa ao indivíduo, mas uma relação política. E comporta tanto a condição de objeto como de sujeito. Como objeto de políticas gerais, locais e familiares os jovens reproduzem o imaginário hegemônico. Como sujeito empírico da política são ora resistentes e ora reprodutores de discussões hegemônicas. Em outras palavras juventude é uma metáfora da dicotomia mudança-continuidade.

O que é política?

Seria uma forma de se expressar na realidade, onde outros pesquisadores vêem política Oscar vê movimentações, manifestações, movidas, pois trata-se hoje de processo de produção coletiva.

O que faz com que a juventude tenha ação coletiva, produzam algo em comum como sujeitos?

Há uma mudança no repertório das mobilizações, são novas formas. Por exemplo o movimento dos veganos contra o tratamento cruel de animais.

Quais são os significados que estao construindo estes sujeitos?

Expressividade é diferente de identidade. Coletivos juvenis estudados declaravam uma coisa quando na realidade eram outros. Trata-se de um jogo de máscaras que dificulta a identificação das identidades. Precisamos suspendermos a certeza de uma identidade e trabalhar com o conceito de performance, ou seja de criação constante. As maneiras de se expressar hoje são criação, não atualização da ordem.

As performances não se sustentam dedutiva mas indutivamente. Demandam teorizações sucessivas. Ritual é o contrario de performance é só atualização da ordem.. Discurso em ação sem mensagem previamente ritualizada é performance. Performance é campo aberto de significação a partir da manifestação, sem a rutualização própia de protestos. O interessante é justamente essa vinculação entre performance e a pratica política. Segundo Rodrigo Dias, antropólogo Mexicano, citado por Oscar, estamos presenciando arquipélagos de rituais.

Como essa prática performática e não ritualística impacta nas formas de agregação juvenil?

Há quatro “tipologias”
- ações politizadas, atuantes no campo mais tradicional, demandando uma outra realidade;
- voluntariado, exercido pelo jovem bondoso que colabora para resolver problemas concretos da sociedade (não é novidade, vem de muito tempo dos trabalhos religiosos, inclusive);
- tradição comunitária, trabalho no campo da educação popular, na comunicação popular, em atividades artísticas e culturais (seria o mesmo que o autonomismo cultural da Europa); e
- expressividade simbólica, jovens compartilham estilo, forma de vida, estética. Culturas juvenis não são só os que contestam (punks) mas também os que reproduzem o status quo (patricinhas).



O que é ser cidadão nos dias de hoje?

Cidadania hoje não é sistema de dever e direito. É objeto de disputa jurídica. Jovens querem ser ouvidos participar, não meramente representados. Querem ter mais oportunidade de resolver problemas reais.


Qual o papel da violência?

O tema da violência na juventude, abarca não só a violência entre os jovens, mas também entre o sistema contra os jovens (visão dos progressistas) e dos jovens contra o sistema (visão conservadora). Há um discurso da violência legitimada na sociedade, tanto na forma de violência representada (uso da violência simbólica para criticar o social) como da violência esquematizada (jovens são designados como intrinsecamente violentos). O fato é que, entre os jovens, a violência é aceitável como método de resolução de conflitos. Como consequencia a sociedade está cada vez mais vigiada e policiada. Isso só gera reação anti policia. E onde há violência não há política.

Danielle Denny participou do encontro com Oscar Aguilera, na ESPM, 10 de setembro de 2010, a convite da Cásper Líbero.

13/09/2010

Thomas Bauer

Trecho da palestra com Thomas Bauer, para a revista ComTempo:

12/09/2010

MESTRADO MÍDIAS SOCIAIS CONECTADAS

MESTRADO MÍDIAS SOCIAIS CONECTADAS

MÍDIAS SOCIAIS: A COOPERAÇÃO HUMANA E AS TECNOLOGIAS DIGITAIS CONECTADAS

WALTER LIMA
Jornalista de formação, foco na transdisciplinariedade. Neurociência, TI,


Aula I
19 de agosto
Apresentação da disciplina

o que é conhecimento?
náo é departamentalizado, pode ser revisado, náo cabe mais a visáo de caixas estanques a informaçao tem de ser estruturada.

temos de entender o nosso objeto que é complexo, náo é um caos. dentro das redes tem a lógica humana. diferente da natureza que as vezes nao dominamos como os buracos negros que nao entendemos. mas a rede náo é complexa de difícil entendimento e cada foco é complementar. Cada um com sua metodologia contribui para entender o objeto complexo.

Marvin Minsk o problema das máquinas é que elas náo tem senso comum esse é um dos grandes desafios para a computacao.

“Dicionário de filosofia” de tecnologia Mario Bunge (argentino)

Cronograma do curso em:
http://www.labsocialmedia.blogspot.com/

tempo real náo existe mas quase ao mesmo tempo.

“O tempo das redes” Fabio Duarte Carlos Quandt Queila Souza Editora Perspectiva
“Origins of Human Communication” Michael Tomasello
“Why we cooperate” Michael Tomasello
gatekeeper = gargalo de informacao sempre existe sempre um esta referenciando outro.
“Waving the web” Tim Berners Lee

ler artigos sobre redes no livro azul da bibliografia de admissao



Aula II (aula transferida do dia 26)
27 de agosto
Pensamento e estrutura computacional
O computador e o cérebro
John Von Neumann

How Computational Thinking is Changing Journalism & What's Next
Kim Pearson

Computational Thinking
Jeannette M. Wing

Evolução da Interação Humano-Computador
Software takes command
Lev Manovich
Capítulo 1. Alan Kay’s Universal Media Machine -p 30 - 40

Social Network Sites: Definition, History, and Scholarship
Danah m. boyd
Nicole B. Ellison

How Computational Thinking is Changing Journalism & What's Next
Kim Pearson

what we need, most of all, is to master the fundamentals of what computer scientists have begun to identify as "computational thinking

● Computational thinking means creating and making use of different levels of abstraction, to understand and solve problems more effectively.
● Computational thinking means thinking algorithmically and with the ability to apply mathematical concepts such as induction to develop more efficient, fair, and secure solutions.
● Computational thinking means understanding the consequences of scale, not only for reasons of efficiency but also for economic and social reasons.

A new journalism is emerging, grounded in computational thinking, that mimics the values and processes of knowledge production in the information age -- what some experts call remix culture

Computational Thinking
Jeannette M. Wing

Computational thinking is thinking recursively
Computational thinking is using abstraction and decomposition
Computational thinking is thinking in terms of prevention, protection, and recovery from worst-case
Computational thinking is using heuristic reasoning to discover a solution. It is planning, learning, and scheduling in the presence of uncertainty
For everyone, everywhere. Computational thinking will be a reality when it is so integral to human endeavors it disappears as an explicit philosophy.
Rather than bemoan the decline of interest in computer science or the decline in funding for research in computer science, we should look to inspire the public’s interest in the intellectual adventure of the field. We’ll thus spread the joy, awe, and power of computer science, aiming to make computational thinking commonplace.

Evolução da Interação Humano-Computador
Software takes command
Lev Manovich
Capítulo 1. Alan Kay’s Universal Media Machine -p 30 - 40


“The best way to predict the future is to invent it.” Alan Kay

In short, it appears that the revolution in means of production, distribution, and access of media has not been accompanied by a similar revolution in syntax and semantics of media. Who shall we blame for this? Shall we put the blame on the pioneers of cultural computing – J.C. Licklider, Ivan Sutherland, Ted Nelson, Douglas Engelbart, Seymour Paper, Nicholas Negroponte, Alan Kay, and others? Or, as Nelson and Kay themselves are eager to point out, the problem lies with the way the industry implemented their ideas?

Between 1970 and 1981 Alan Kay was working at Xerox PARC – a research center established by Xerox in Palo Alto. Building on the previous work of Sutherland, Nelson, Englebart, Licklider, Seymour Papert, and others, the Learning Research Group at Xerox PARC headed by Kay systematically articulated the paradigm and the technologies of vernacular media computing, as it exists today.

By around 1991, the new identity of a computer as a personal media editor was firmly established. (This year Apple released QuickTime that brought video to the desktop; the same year saw the release of James Cameron’s Terminator II, which featured pioneering
computer-generated special effects).

It is Alan Kay and his collaborators at PARC that we must call to task for making digital computers imitate older media.
.
The only difference between computers and other media lies in how and what they remediate.

I want to understand some of the dramatic transformations in what media is, what it can do, and how we use

In short, I want to understand what is “media after software” – that is, what happened to the techniques, languages, and the concepts of twentieth century media as a result of their computerization. Or, more precisely, what has happened to media after they have been software-ized.

All these tools and simulations of already existing media were given a unified user interface designed to activate multiple mentalities and ways of learning - kinesthetic, iconic, and symbolic.

For example, a digital photograph can be quickly modified in numerous ways and equally quickly combined with other images; instantly moved around the world and shared with other people; and inserted into a text document, or an architectural design.

the modern discourse about media depends on the assumption that different mediums have distinct properties and in fact should be understood in opposition to each other. Putting all mediums within a single computer environment does not necessary erases all differences in what various mediums can represent and how they are perceived – but it does bring them closer to each other in a number of ways.

Yet another is the ability to map one media into another using appropriate software – images into sound, sound into images, quantitative data into a 3D shape or sound, etc.

his idea was not to simply imitate paper but rather to create “magical paper.”

Social Network Sites: Definition, History, and Scholarship
Danah m. boyd
Nicole B. Ellison

social network sites (SNSs) such as MySpace, Facebook, Cyworld, and Bebo have attracted millions of users, many of whom have integrated these sites into their daily practices

We define social network sites as web-based services that allow individuals to (1)construct a public or semi-public profile within a bounded system, (2) articulate a list of other users with whom they share a connection, and (3) view and traverse their list of connections and those made by others within the system. The nature and nomenclature of these connections may vary from site to site.

‘‘Networking’’ emphasizes relationship initiation, often between strangers. While networking is possible on these sites, it is not the primary practice on many of them, nor is it what differentiates them from other forms of computer-mediated communication (CMC). What makes social network sites unique is not that they allow individuals to meet strangers, but rather that they enable users to articulate and make visible their social networks. This can result in connections between individuals that would not other- wise be made, but that is often not the goal, and these meetings are frequently between ‘‘latent ties’’ (Haythornthwaite, 2005) who share some offline connection.

While SNSs have implemented a wide variety of technical features, their back-bone consists of visible profiles that display an articulated list of Friends


Livros

1. “O tempo das redes” Fabio Duarte, Carlos Quandt e Queila Souza

2. Raquel Recuero livro na internet sobre redes. Rede pelo lado sociológico

3. Wikinomics sobre uso capitalista da rede de Don Tapscott e Anthony D. Williams.

4. Artigo do livro azul Esfera Pública Redes e Jornalismo art. Do Walter Lima e da Elizabeth Saad Correa

5. Why we cooperate visão antropológica

6. Neumann, John Von “O computador e o cérebro” escreveu sobre tecnologia em 1955,

7. Balzac “Ilusões perdidas” (hj chamado de jornalista) era tipógrafo ou seja o sumo da tecnologia na época.

8. filme sixdegree.com primeira rede social

9. livro Maquina de Turing de Alan Turing formaliza o que é algorítimo. Pai do software. Era gay e se matou por não ser reconhecido. Em 1936.

10. documentário a busca da verdade pode levar a morte sobre 4 caras da tecnologia que se mataram é da BBC

ARQUITETURA VON NEUMANN
Recorre a um programa seqüencial instalado na memória modificável das maquinas com processador central da máquina.

Não usar a palavra computador nem equipamento eletrônico usar o termo máquina computacionais (que fazem contas rápidas).

Lógica de programação é a tecnica de encadear pensamentos para atingir um determinado objetivo

Algoritimo é uma sequencia não ambígua finita

PENSAMENTO COMPUTACIONAL
Jornalista tem de saber de tecnologias para conhecer potencialidades e limites. Para tirar proveito não vantagens.

Como o computador tem a lógica humana tem os mesmos defeitos.

Marvin Minsk o problema da inteligência artificial é não ter senso comum

Modelagem de sistemas vem antes da programação.

Não comparar humanos com formigas em colaboração nem com abelhas, é reducionista e promete atalhos, inclusão digital não é uma solução por si precisa de conhecimento estocado.

O que importa não são os artefatos mas sim as idéias por trás deles.

Telegrafo foi a última revolução tecnológica ele converte a mensagem em código binário, rompendo a barreira do tempo e do espaço. O software do telégrafo é o código Morse.






Aula III
02 de setembro
Redes e suas topologias

PARK, Han Woo; THELWALL, Mike. Rede de hyperlinks: estudo da estrutura social na Internet. In: O tempo das redes. São Paulo: Perspectiva, 2008 (p 171 - 216)

Uma introdução às redes sociais
Augusto de Franco

O poder nas redes sociais
Augusto de Franco


Uma introdução às redes sociais
Augusto de Franco
Do ponto de vista das redes, poder é sempre o poder de:

i. obstruir (fluxos) ou “filtrar”;

ii. separar (clusters) ou “desatalhar”; e

iii. excluir (nodos) ou desconectar.


Portanto, ao invés de ficarmos discutindo a possibilidade de alguém exercer poder nas redes, deveríamos estar discutindo a medida da impossibilidade de alguém fazê-lo (e essa medida, convém repetir, é a medida inversa do grau de centralização da rede em questão). Isso porque, conquanto de um ponto de vista topológico, todos os complexos de fluições (ou coleções de nodos e conexões) sejam redes (mais distribuídas ou mais centralizadas), o termo rede é aplicado correntemente à configurações onde há multiplicidade de caminhos (abundância). Não costumamos usar a palavra rede para designar hierarquias (caracterizadas pela escassez de caminhos), a despeito de sacrificarmos com isso o rigor matemático (para o qual todos os sistemas de nodos e conexões devem ser notados como redes independentemente do grau de distribuição).


. Em outras palavras, seres humanos são seres humano-sociais, não são somente íons vagando em um meio gelatinoso e exibindo suas qualidades intrínsecas e sim também entroncamentos de fluxos, identidades que se formam a partir da interação com outros indivíduos. A pessoa como continuum de experiências intransferíveis e, ao mesmo tempo, como série intermitente de relacionamentos, se comporta como ator (ou agente) por estar imersa (conectada e agrupada) em um ambiente interativo. Portanto, são a interação e a clusterização que “produzem” o agente (ou ator). Ninguém pode ser agente de si mesmo: atores sociais se constituem como tais na medida em que interagem em clusters nas redes socais.


Essa cadeia de erros desemboca no erro final que confunde os termos influência e poder.

As redes estão para a hierarquia assim como a democracia está para a autocracia

Então alguém que tem mais influência porque entronca mais conexões (desempenhando o papel de hub e estabelecendo atalhos entre clusters), ou porque estabelece novos fluxos para o futuro, i. e., para inventar mais possibilidades de futuro (desempenhando o papel de inovador), ou porque aumenta seus graus de empatia por compartilhamento com os demais (desempenhando o papel de netweaver), não é alguém que se apoderou (obstruindo caminhos, derrubando pontes e eliminando conexões entre nodos).


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

LIVROS
- LINKED E BURSTS para quem vai pesquisar sobre redes. Autor Albert László Barabási

- COMPLEXITY a guided tour Melanie Mitchell

- Livro Imposturas Intelectuais, Brickman.

- RECUERO, Raquel. Redes Sociais na Internet.





Rede é complexa. Não dá para usar a rede de forma instrumental. Precisa entrar em um sistema fechado (plataforma estruturada em cima de outras plataformas estruturadas) tipo facebook. Se fosse fora do sistema fechado não seria possível prever todas as possibilidades. A web já é uma instrumentalização da internet. Web é a camada visível da Internet (timbers lee)

O tempo é outro sistema complexo. Modelagem climática sempre furam pois são sistemas complexos.

Até no sistema broadcast é impossível o controle. Collor fala vamos sair de verde e amarelo todo mundo saiu de preto.

Temos desejo de controle. E a internet permite isso. Todo dado é rastreável.

Mas como controlar algo em um sistema complexo como a web. Não se sabe o que vai acontecer. Tem a lógica humana, não é o caos mas não dá para planilhar todas as possibilidades.

A rede por funcionar ela já existe do ponto de vista da física. Mas quem verifica que ela está funcionando. O humano. Então só quando o humano verifica que ela está funcionando a rede passa a funcionar. A célula se multiplica sem ação humana, mas toda realidade sintética depende da verificação humana.

Scientific American matéria sobre aspects of our success.

Teleologia, aristoteles, as coisas tem de ter uma finalidade.

Não existe ausência de controle é um mito. Sempre tem alguém alguma liderança.

Não existe encurtamento de caminho para a mente humana.

Redes sociais na Internet: como se formam e como funcionam.

A análise das redes sociais parte de duas grandes visões do objeto de estudo: as redes inteiras (whole networks) e as redes personalizadas (ego-centered networks).

Rede social são pessoas interagindo segundo um padrão de organização de rede distribuída

Diagramas de Paul Baran (1964)
Centralized = lógica do Main Frame = sistema bancário
Decentralised = redes sociais
Distributed = internet

As conexões que fazem a diferença na rede.

Hierarquia não é poder. Num casamento ora um prevalece ora outro prevalece.

Redes são ambientes de interação não de participação (só lê não contribui com nada nenhum conteúdo).

Clustering : tendência que tem dois conhecidos comuns a um terceiro de conhecer-se entre si.

Swarming insetos enxameando, “controle” sobre a ação dos outros. Nuvem de insetos organização. Nós não funcionamos como formigas porque temos sistema nervoso central. Swarming civil ou societário distintos grupos e tendências, não coordenados explicitamente entre si, vão aumentando o alcance4 e a virulência de suas ações.

Crunching redução do tamanho (social) do mundo em função da distributividade da conectividade da rede social.

Esses três dependem dos graus de distribuição e conectividade da rede em questão.









Aula IV
9 de setembro
Teorias sobre a Cooperação Humana

TOMASELO, Michael. Origins of Human Communication. Cambridge: The MIT Press, 2008

TOMASELO, Michael; DWECK, Carol; SILK, Joan; SKYRMS, Brian; SPELKE, Elizabeth. Origins of Human Communication: Cambridge: The MIT Press, 2009

Culture, evolution and the puzzle of human cooperation
Luca Tummolini, Cristiano Castelfranchi, Joseph Henrich e Natalie Henrich

O Princípio de Inconexão
Geert Lovink

O Princípio de Inconexão
Geert Lovink
Não se trata de forma alguma, de controlar as pessoas, mas de integrar democraticamente comunidades diferenciadas

O estudo das novas mídias requer uma “linguagem das novas mídias”, para citar Lev Manovitch, e não uma “teoria geral das redes” girando em torno das disciplinas e saberes estabelecidos.

Os teóricos da “multitude” são os que tratam das noções de usuário ou de rede de maneira mais interessante. O termo “multitude” é empregado como alternativa àquele de “povo”, que associamos tradicionalmente ao esquema Estado-Nação.


TOMASELO, Michael; DWECK, Carol; SILK, Joan; SKYRMS, Brian; SPELKE, Elizabeth. Origins of Human Communication: Cambridge: The MIT Press, 2009


Human communication is thus a fundamentally cooperative enterprise, operating most naturally and smoothly within the context of (1) mutually assumed common conceptual ground, and (2) mutually assumed cooperative


9 de setembro de 2010


Teoria do controle na Engenharia, Robert Wiener criou o termoi cyberspace (Willian Gibson usou o termo cyberspace)

TCP/IP o c é controle

Não se sabe se a Internet é finita ou não.

Mas pela teoria do controle é finita porque é uma criação humana. Assim como a natureza e o universo que é finito e está em expansão.

Por causa do Franco é rede social CONECTADA. Ver escola de redes.

Rede tem topologia (hardware) e software (Google translator) e a camada humana tudo junto cria o impacto social.

Entrar na pagina do Jacob Nielsew
De 90 na rede 9 náo ativos e 1 é participante (participante de qualidade é menor ainda)

Comunidade do Software Livre. É exemplo de colaboração. Não precisa de netweaving porque é sistema complexo não tem uma única resposta. Emergência de inúmeros problemas é maior que a capacidade de resolve-los. Perfil da comunidade é de quem gosta de desafio. E também colabora porque é no seu próprio interesse (respeito, reconhecimento, status).

Ver jornalismo investigativo de Spot.us

No jornalismo tem de ter netweaving. Tem de ter alguém colocando conteúdo e alguém incentivando as pessoas a participarem porque a lógica é outra, não é software livre. Precisa de articuladores.

Usar USINET rede pear to pear no monova por exemplo.

Alquimia usa o sistema WEERK (antes do twiter)

WELL também é rede das antigas.

Well e Usinet era de participação de acadêmicos então era de alto nível.

Na rede tem sempre intencionalidades, teleologia de Aristóteles, sempre o ser humano tem uma finalidade, um objetivo.

Participar de uma rede demanda custo de tempo.





Aula V
16 de setembro
Cooperação Humana nas Redes
Understanding knowledge sharing in virtual communities: An integration of social capital and social cognitive theories
Chao-Min Chiu, Meng-Hsiang Hsu, Eric T.G. Wang c

Bounded in Cyberspace:An Empirical Model of Self-Regulation in Virtual Communities

Social Computing: Study on the Use and Impacts of Collaborative Content (pp 5 - 30)

Civic News Networks: Collaboration vs. Competition (video fora do ar)

The Wikification of Knowledge

Virtual Community Success: a Uses and Gratifications Perspective
Sunanda Sangwan

A Simulation for Designing Online Community:
Member Motivation, Contribution, and Discussion Moderation
Yuqing Ren e Robert E. Kraut

Tarefa: Entrega de texto analítico sobre as aulas II, III e IV


Aula VI
23 de setembro
Netweaving

Para fazer Netweaving
Augusto de Franco (2008)

A System Dynamics Approach to Study Virtual Communities
Yan Mao, Julita Vassileva e Winfried Grassmann



Aula VII
31 de setembro
Relevância da Informação
Relevance : communication and cognition. by Dan Sperber; Deirdre Wilson. 2nd ed. Oxford; Cambridge, MA: Blackwell Publishers, 2001.

Relevance: A Review of the Literature and a Framework
for Thinking on the Notion in Information Science.
Part II: Nature and Manifestations of Relevance
Tefko Saracevic

Relevance: A Review of the Literature and a Framework
for Thinking on the Notion in Information Science.
Part III: Behavior and Effects of Relevance
Tefko Saracevic

Video
Dr. Saracevic to speak on “Relevance in information science” at Annual Lazerow Memorial Lecture



Aula VIII
7 de outubro
Reputação nas Redes
Reputation in Artificial Societies:Social Beliefs for Social Order
Series: Multiagent Systems, Artificial Societies, and Simulated Organizations , Vol. 6
Conte, Rosaria, Paolucci, Mario, 2002.

Um Estudo sobre Reputação baseado no Grau de Concordância entre os Membros de Comunidades de Prática
Claudia C. P. Cruz, Claudia L. R. Motta, Flavia Maria Santoro, Marcos Elia

Tarefa: Entrega de texto analítico sobre as aulas V, VI e VII


Aula IX
14 de outubro
Redes como Mídia
Wielding new media in Web 2.0: exploring the history of engagement with the collaborative construction of media products
Teresa M. Harrison and Brea Barthel

Communities and Media – Towards a Reconstruction of Communities on Media
Ulrike Lechner, Beat F. Schmid


Aula X
21 de outubro
Sistemas baseados em Bancos de Dados (participação, avaliação e agregação)
Mining Social Networks for Clues

User Participation in Social Media: Digg Study

Aggregators - Selecting and Sharing Content

Social Information Processing in News Aggregation
Kristina Lerman

Social Networks and Social Information Filtering on Digg
Kristina Lerman

User Participation in Social Media: Digg Study
Kristina Lerman

Preparing for an Age of Participatory News
Mark Deuze


Aula XI
28 de outubro
Análises e Experimentos de Mídia Social Conectada

Forums for citizen journalists? Adoption of user generated content initiatives by online news media, 2008
Neil Thurman

New Media Makers
A Toolkit for Innovation in Community Media and Grant Making

HuffPost

How Spot.Us Works



Aula XII
4 de novembro
Apresentação de trabalhos

Tarefa: Entrega de texto analítico sobre as aulas VIII, IX, X, XI

Aula XIII
11 de novembro
Apresentação de trabalhos


Aula XIV
18 de novembro
Apresentação de trabalhos


Aula XV
25 de novembro
Avaliação da disciplina
Entrega do trabalho final (papel)


Livros consultivos obrigatórios
Metodologia nas área da Ciência e Tecnologia
BUNGE, Mario. Teoria e Realidade. São Paulo: Perspectiva, 2008

Definições conceituais na área de Ciência e Tecnologia
BUNGE, Mario. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Perspectiva, 2009


Textos complementares
Media Richness or Media Naturalness? The Evolution of
Our Biological Communication Apparatus and Its Influence on Our Behavior Toward E-Communication Tools
Ned Kock

Recognition and Participation in a Virtual Community
Calvin M. L. Chan, Mamata Bhandar, Lih-Bin Oh e Hock-Chuan Chan

Sociology and, of and in Web 2.0: Some Initial Considerations
David Beer and Roger Burrows

Supporting Trust in Virtual Communities
Alfarez Abdul-Rahman
Stephen Hailes

Endurance of Gatekeeping in an Evolving Newsroom

Users like you? Theorizing agency in user-generated content
José van Dijck

Virtual News: BBC News at a `Future Media and Technology' Crossroads
Peter Lee-Wright


Web-Based Experiments for the Study of Collective Social Dynamics in Cultural Markets
Matthew J. Salganik e Duncan J. Watts