25/11/2010

Fichamento do livro O mundo codificado de Vilém Flusser

Referências:
FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação. São Paulo: Cosac Naif, 2007.


INTRODUÇÃO
RAFAEL CARDOSO

Flusser foi filósofo, no Brasil entre 1940 e 1972.
Reflexão às imagens e aos artefatos, elaboando as bases de uma legítima filosofia do design e da comunicação visual. Imagem e artefato estão no centro nervoso da existência contemporânea.
A base de toda a cultura é a tentativa de enganar a natureza por meio da tecnologia, isto é, da maquinação.
Ao ingressarmos plenamente na era da imagem técnica, retornamos, de certo modo, ao tempo anterior ao discurso linear, histórico.

VILÉM FLUSSER
FORMA E MATERIAL (pág 22)

Antes o objetivo era formalizar o mundo existente; hoje o objetivo é realizar as formas projetadas para criar mundos alternativos. Isso é o que se entende por cultura imaterial, mas deveria na verdade se chamar cultura materializadora. Fazia sentido, antigamente, diferenciar a ciência da arte, o que hoje parece um despropósito. A aparência do material é a forma. E essa é certamente uma afirmação pós-material.

A FÁBRICA (pág 33)

História da humanidade é história da fabricação ... períodos: das mãos, das ferramentas, das máquinas e dos aparelhos eletrônicos. Fabricar significa apoderar-se de algo dado na natureza, convertê-lo em algo manufaturado, dar-lhe uma aplicabilidade e utilizá-lo. Fábricas são lugares onde aquilo que é dado é convertido em algo feito e com isso as informações herdadas tornam-se cada vez menos significativas, ao contrário das informações adquiridas, aprendidas que são cada vez mais relevantes.

As fábricas são lugares em que os homens se tornam cada vez menos naturais e cada vez mais artificiais, precisamente pelo fato de que as coisas convertidas, transformadas, ou seja, o produto fabricado, reagem à investida do homem: um sapateiro não faz unicamente sapatos de couro, mas também. Por meio de sua atividade, faz de si mesmo um sapateiro. dito de outra maneira: as fábricas são lugares onde sempre são produzidas novas formas de homens: o primeiro, o homem-mão, depois, o homem-ferramenta, em seguida o homem-máquina e, finalmente, o homem-aparelhos-eletrônicos. Repetindo: essa é a história da humanidade.

Primeira Rev. Industrial... Um homem rodeado de ferramentas, ... já não encontra no mundo com em sua própria casa, como ocorria por exemplo com o homem pré-histórico que utilizava as mãos. Ele está alienado do mundo, protegido e aprisionado pela cultura.

quando se trata de ferramenta, o homem é a constante e a ferramenta, a variável...No caso da máquina, é ela a constante e o homem, a variável: ... se um homem envelhece ou fica doente o proprietário da máquina o substitui por outro.

A Segunda Rev. Industrial expulsou o homem de sua cultura, assim como a primeira o expulsou da natureza, e por isso podemos considerar as fábricas mecanizadas uma espécie de manicômio.

Terceira Rev. Industrial, aquela que implica a substituição de máquinas por aparelhos eletrônicos. ...as ferramentas imitam a mão e o corpo empiricamente; as máquinas, mecanicamente; e os aparelhos eletronicos, neurofisiologicamentes. ...fábrica do futuro será certamente muito mais compatível que as atuais, e sem dúvida reformulará completamente a relação homem-ferramenta.

... o aparelho só faz aquilo que o homem quiser, mas o homem só pode querer aquilo de que o aparelho é capaz. ... os futuros funcionários, equipados com aparelhos pequenos, minúsculos ou até mesmo invisíveis, estarão sempre prontos a fabricar algo, em qualquer momento e lugar. ... fábrica do futuro deverá assemelhar-se mais a laboratórios científicos, academias de arte, bibliotecas e discotecas do que às fábricas atuais. E o homem-aparelho (Apparatmenschen) do futuro deverá ser pensado mais como um acadêmico do que como um operário, um trabalhador ou um engenheiro. ... a fábrica do futuro deverá ser o lugar em que o Homo faber se converterá em Homo sapiens sapiens, porque reconhecerá que fabricar significa o mesmo que aprender, isto é, adquirir informações, produzi-las e divulgá-las.

A ALAVANCA CONTRA-ATACA (pág. 45)

Até a Revolução Industrial aplicavam-se tanto máquinas inorgânicas como orgânicas, tanto pás como escravos.

As máquinas pré industriais foram produzidas empiricamente enquanto as industriais tecnicamente. Máquina técnica mais cara e mais eficaz. A relação homem máquina se inverteu: homem serve a máquina.

Em breve poderemo profetar tecnologicamente bois, cavalos, escravos e superescravos ... será possível combinar a durabilidade da máquina inorgânica com a inteligência do orgânico.

Essa não é necessariamente uma situação paradisíaca... Imitamos os nossos imitadores... os jovens dançam com robôs, os políticos tomam decisões conforme cenários computadorizados, os cientistas pensam digitalmente e os artistas desenham com máquinas de plotagem.

É preciso pensar como as máquinas nos devolverão seus golpes... Esse é um problema de design: como devem ser as máquinas...para que os contragolpes nos façam bem

A NÃO COISA 1 (pág. 51)

O novo homem não é mais uma pessoa de ações concretas, mas sim um performer (Spieler): Homo ludens, e não Homo faber. Para ele, a vida deixou de ser um drama e passou a ser um espetáculo. Não se trata mais de ações, e sim de sensações. O novo homem não quer ter ou fazer, ele quer vivenciar. Ele deseja experimentar, conhecer e sobretudo, desfrutar.

A NÃO COISA 2 (pág. 59)

As pontas dos dedos são indispensáveis para pressionarmos teclas. O homem, nesse futuro de coisas imateriais, garantirá sua existência graças as pontas dos dedos. ... as pontas dos dedos são órgaos de uma escolha, de uma decisão... programada, como uma escolha de possibilidades prescritas. Por isso é como se a sociedade do futuro, imaterial, se dividisse em duas classes: a dos programadores e a dos programados. ... Não: a sociedade do futuro, imaterial, será uma sociedade sem classes, uma sociedade de programados programadores. Essa é portanto a liberdade de decisão que nos é aberta pela emancipação do trabalho. Totalitarismo programado.

RODAS (pág. 69)

Não existem diferenças essenciais entre homens e coisas: ambos são animados pelo desejo de produzir desordem e ambos são levados, pelo tempo e com o tempo rumo ao perecimento. Tudo no mundo é animado pois tudo se move e deve ter um motivo para se mover. E o tempo ... passa como uma roda por cima de tudo, atropelando e destruindo o que encontra em seu caminho.

A roda do progresso necessita de um motor e esse motor somos nós mesmos, nossa própria vontade.

O MUNDO CODIFICADO (pág. 127)

O significado do mundo e da vida mudou sob o impacto da revolução na comunicação.

Somos envolvidos por cores dotadas de significados, somos programados por cores, que são um aspecto do mundo codificado em que vivemos.

Códigos unidimensionais como o alfabeto tendem a perder importância.

Volta a um estado normal. Antes da invenção da escrita, as imagens eram meios decisivos de comunicação.

A diferença ... as imagens pré-modernas são produtos de artífices (“obras de arte”), obras pós-modernas são produtos da tecnologia.

Homem pré moderno vivia num outro universo imagético que tentava interpretar o “mundo”. Nós vivemos em um mundo imagético que interpreta as teorias referentes ao “mundo”.

(p.130) Os homens tem de se entender mutuamente por meio dos códigos pois perderam o contato direto com o significado dos símbolos. O homem é um animal alienado e ve-se obrigado a criar símbolos e a ordená-los em códigos, caso queira transpor o abismo que há entre ele e o “mundo”. Ele precisa mediar, precisa dar um sentido ao “mundo”.

(p.132) A invenção da escrita deve-se em primeiro lugar não a invenção de novos símbolos mas ao desenrolar das imagens em linhas. Dizemos que com esse acontecimento encerrou-se a pré-história e começou a história no sentido verdadeiro.

Com a invenção da escrita começa a história, não porque a escrita grava os processos, mas porque ela transforma as cenas em processos: ela produz a consciência histórica.

(p. 135) Levou séculos, depois da invenção da escrita para que os escritores aprendessem que escrever significava narrar. Inicialmente eles apenas contavam e descreviam cenas. Também vai demorar bastante até que aprendamos o que significa fotografar, filmar, fazer vídeos ou programação analógica.

(p. 137) Não há paralelos no passado que nos permitam aprender o uso dos códigos tecnológicos, como eles se manifestam, por exemplo, numa explosão de cores. Mas devemos aprendê-lo, senão seremos condenados a prolongar uma existência sem sentido em um mundo que se tornou codificado pela imaginação tecnológica. A decadência e a aqueda do alfabeto significam o fim da história.


O FUTURO DA ESCRITA


(p. 140) a diferença entre pré-história e história não é o fato de termos documentos escritos que nos permitam acompanhar esta, mas o fato de que durante a história há homens letrados que experimentam, entendem e avaliam o mundo como um “acontecimento” (becoming), enquanto na pré-história esse tipo de atitude existencial não era possível. Se a arte de escrever caísse no esquecimento, ou sse tornasse subordinada à criação de imagens (como o chamado “script writing” de um filme), a história, no sentido estrito do termo, não existiria mais. ... A tradução de superfície em linha implica uma mudança radical de significado. O olho decifra uma imagem esquadrinha a superfície e estabelece relações reversíveis entre os elementos da imagem.

(p. 141) o mundo “imaginado” é o mundo do mito, do mágico, o mundo da pré-história.

(p. 143) o propósito das imagens é dar significados ao mundo, mas elas podem se tornar opacas para ele, encobri-lo e até mesmo substituí-lo. Podem constituir um universo imaginário que não mais faz mediação entre o homem e o mundo, mas, ao contrário, aprisiona o homem. A imaginação não mais supera a alienação, mas torna-se alucinação, alienação dupla. Essas imagens não são mais ferramentas, mas o próprio hmem se torna ferramenta de suas próprias ferramenteas, “adora” as imagens que ele mesmo havia produzido. Foi contra essa idolatria de imagens, como uma terapia contra essa dupla alienação, que a escrita foi inventada.

(p. 144) a invenção da imprensa rompeu essa classe clerical, abriu e tornou a consciência histórica acessível à burguesia ascendente; mas foi somente durante a Revolução Industrial e por meio do sistema de escolas públicas primárias que se pode dizer que o alfabetismo e a consciência histórica se tornaram comuns nos países industrializados. Mas quase imediatamente se inventou um novo tipo de imagem, a fotografia, que começou a ameaçar a supremacia da escrita, e agora parece que o pensamento conceitual, racional e histórico está com os dias contados, como se estivéssemos nos aproximando de um novo tipo de era mágico-mítica, de uma cultura da imagem pós-histórica.

(p. 145 e 146) as novas imagens são diferentes das imagens pré-históricas na medida em que são, elas mesmsas, produtos de textos e alimentadas por textos. ... são mais bem denominados de “tecno-imagens”, e a convenção em que estão baseados é mais bem designada de “tecno-imaginação”, ... os mitos pré-históricos significam situações “reais” e os mitos pós-históricos significarão prescrições textuais; a mágica pré-histórica visa propiciar o mundo, enquanto a pós-histórica visa manipular as pessoas.

(p. 146) o futuro da escrita ... será uma espécie de caixa-preta que tem textos como dados inseridos (input) e imagens como resultado (output).

(p. 148) nazismo é ... um dos avanços mais crus em direção a uma futura cultura de imagens, ou que no futuro a cultura da tecno-imagem será o nazismo aperfeiçoado

(p. 149) no passado a escrita explicava as imagens do mundo. No futuro ela terá que explicar ilustrações de textos no futuro. Escrever, no passado, significava transformar imagens opacas em imagens transparentes para o mundo. Significará, no futuro, tornar transparentes as tecno-imagens opacas para os textos que estão escondendo. Em outras palavras: a razão, no passado, significava a análise dos mitos, e no futuro significará des-ideologização. A razão ainda continuará iconoclástica, mas em um novo nível.

(p. 150) dois possíveis futuros para a escrita: ou ela se tornará uma crítica da tecno-imaginação (o que significa: um desmascaramento das idelologias escondidas atrás de um progresso técnico que se torna autônomo em relação às decisões humanas) ou se tornará a produção de pretextos para a tecno-imaginação (um planejamento para aquele progresso técnico.


IMAGENS NOS NOVOS MEIOS


(p. 153) as imagens se tornam cada vez mais transportáveis, e os receptores cada vez mais imóveis, isto é, o espaço político se torna cada vez mais supérfluo.

(p. 157) (para caçador paleolítico imagem) significa uma revelação adquirida graças a um afastamento do mundo. (para um pintor) representa uma contribuição particular para a história pública, que exige ser processada por outros. (para funcionário pós-industrial) significa método para se programar o comportamento dos funcionários da sociedade pós-industrial.

(p. 158) da forma como as imagens são transportadas atualmente, elas devem preencher a função descrita com programas de comportamento: têm que transformar os seus receptores em objetos.

(p. 159) Dito de modo sucinto: os novos meios, da maneira como funcionam hoje, transformam as imagens em verdadeiros modelos de comportamento e fazem dos homens meros objetos. Mas os meios podem funcionar de maneira diferente, a fim de transformar as imagens em portadoras e os homens em designers de significados.


UMA NOVA IMAGINAÇÃO


(p. 163) imaginação é a singular capacidade de distanciamento do mundo dos objetos e de recuo para a subjetividade própria, é a capacidade de se tornar sujeito de um mundo objetivo.

(p.166) As imagens (como toda mediação) tendem a obstruir o caminho em direção àquilo que é mediado por elas. E com isso seu posicionamento ontológico vira de ponta-cabeça: de placas indicativas elas se tornam obstáculos. A consequencia é uma inversao nociva do homem em face das imagens. Agora, em vez de utilizar da circunstancia expressa nas imagens como modelo para uma orientação no mundo dos objtetos, o homem começa a empregar sua experiencia concreta nesse mundo para se orientar nas imagens. Em vez de basear-se nelas para lidar com o mundo dos objetos, ele começa a tomar como base sua experiência com o mundo concreto para poder lidar com as imagens. Essa inversão se chama “idolatria”, e o comportamento resultante dessa idolatria é chamado de mágico. Entende-se então que as imagens devem ser proibidas porque necessariamente alienam o homem, o levam à loucura da idolatria e do comportamento mágico.

(p.167) é impossível se orientar no mundo sem que se faça antes uma imagem dele (a imaginação é imprescindível para nossas ações e a compreensão do mundo).

(p. 172) ... gesto de criação de imagens... concretiza: reúne elementos adimensionais para recolhê-los em uma superfície, ignorando o intervalo entre esses pontos. E nisso esse gesto se diferencia do gesto figurativo que veio sendo tratado até aqui: não é gesto de abstração nem de recuo, mas, ao contrário, ele concretiza, projeta. Na verdade, esses dois gestos levam à criação de imagens (e por isso podem ser chamados de “imaginação”), mas se trata, em ambos os casos, de outro tipo de imagem. As imagens da imaginação até hoje são bidimensionais porque foram astraídas do mundo, digamos quadridimensional; e as imagens da nova imaginação são bidimensionais porque foram projetadas por cálculos adimensionais (nulldimensional). O primeiro tipo de imagens faz a mediação entre o homem e seu mundo; o segundo tipo entre cálculos e sua possível aplicação no entorno. O primeiro significa o mundo; o segundo, cálculos.

(p. 175) somente quando as imagens são feitas a partir de cálculos, e não mais de circunstâncias (mesmo que essas circunstâncias sejam bem “abstratas”), é que a “estética pura” (o prazer no jogo com “formas puras”) pode se desdobrar; somente assim é que o Homo faber pode se desprender do Homo ludens.

(p. 176) primeiramente recuamos do mundo para poder imaginá-lo. E então nos afastamos da imaginação para poder descrevê-lo. Depois nos afastamos da crítica escreita e linear para poder analisá-lo. E finalmente, projetamos imagens sintetizadas a partir da análise, graças a uma nova imaginação.

(p. 177) somos desafiados a trabalhar um novo conceito de liberdade quando não se trata mais de superar as condições, mas sim de trazer ordem ao caos. Devemos aprender a perguntar não mais por “liberdade de quê?”, mas por “liberdade para quê?” ... somos desafiados a substituir nossa moral do trabalho por outra, quando não se trata mais de modificar as realidades dadas mas de realizar as possibilidades dadas.


CONSTRUÇÕES
SOBRE A PALAVRA DESIGN


(p.184) o design que está por trás de toda cultura consiste em, com astúcia, nos transformar de simples mamíferos condicionados pela natureza em artistas livres.

(p. 186) O que a alavanca faz, de fato, é tirar de órbita tudo o que é verdadeiro e autêntico e substituí-lo mecanicamente por artefatos desenhados com perfeição. Desse modo, todos os artefatos adquirem o mesmo valor que as canetas de plástico: convertem-se em gadgets descartáveis. E isso se evidencia, no mais tardar, quando morremos ... estamos começando (e provavelmente com razão) a perder a fé na arte e na técnica como fontes de valores. Porque estamos começando a escrever o design que há por trás delas... tudo depende do design.

(p. 192) Esse é o olhar do designer: ele possui uma espécie de olho-sentinela – como um computador – graças ao qual deduz e maneja eternidades. E com isso ele pode dar ordens a um robô para que transporte essa eternidade intuída e manipulada para a termporalidade (por exemplo, para cavar canais ou construir foguetes). Na Mesopotâmia o chamavam de profeta. Merece mais o nome de Deus. Mas graças a Deus não é consciente disso e considera-se um técnico ou um artista. Que Deus o possa conservar nessa fé.


DESIGN: OBSTÁCULO PARA A REMOÇÃO DE OBSTÁCULOS?


(p. 195) Objetos de uso são, portanto, mediações (media) entre mim e outros homens, e não meros objetos. São não apenas objetivos como também intersubjetivos, não apenas problemáticos, mas dialógicos.

(p. 197) Começamos de fato a separar o conceito de objeto do conceito matéria, e a projetar objetos de uso imateriais, como programas de computador e redes de comunicação. Isso não significa que o surgimento de uma “cultura imaterial” venha a ser menos obstrutiva: pelo contrário, pode ser que ela restrinja ainda mais a liberdade do que a cultura material. Mas o olhar do designer, ao desenvolver esses designs imateriais, dirige-se espontaneamente, digamos, para os outros homens.

(p. 198) Pode ser que essa tomada de consciência da efemeridade de toda criação (inclusive a criação de designs imateriais) contribua para que futuramente se crie de maneira mais responsável, o que resultaria numa cultura em que os objetos de uso significariam cada vez menos obstáculos e cada vez mais veículos de comunicação entre os homens. Uma cultura, em suma, com um pouco mais de liberdade.


UMA ÉTICA DO DESIGN INDUSTRIAL?


(p. 200) O ideal do construtor era pragmático, quer dizer, funcional. Considerações morais ou políticas raramente estavam em jogo.

(p. 202) Se uma pessoa cravasse uma faca em alguém, a responsabilidade era só sua e não, por exemplo, do designer da faca. ... o eventual desinteresse dos designers por essas questões poderá levar à total ausência de responsabilidade

(p. 203) Os processos de Nuremberg e, pouco mais tarde, o julgamento de Eichmann mostram claramente que: a) não existe mais norma alguma que se possa aplicar sobre a produção industrial; b) não há um causador único de um delito; c) a responsabilidade está diluída a tal ponto que nos encontramos efetivamente numa situação de absoluta irresponsabilidade com relação àquelas ações que procedem da produção industrial.


DESIGN COMO TEOLOGIA


(p. 210) a ciência natural e a técnica nela baseada só poderiam ter surgido em solo ocidental. Pressupõem a distância teórica, mas também a convicção judaica de que é necessário mudar o mundo para mudar a si mesmo. No fundo, a ciência é um método de descobrir o Deus judaico-cristão “por trás dos fenômenos”, e a técnica é um método para produzir o reino desse Deus sobre a Terra.

(p. 211) o código alfanumérico está começando agora a ser abandonado em benefício dos códigos digitais dos computadores. Esses novos códigos têm mais em comum com os códigos orientais (com os ideográficos, por exemplo) do que com os lineares, de modo que agora ciência e tecnologia no Extremo Oriente se tornam tão compreensíveis como no Ocidente.

(p. 212) Mas o século XIX tinha razão quando considerava impossível uma fusão de Buda com Cristo ou de Cristo com Buda. O Deus de um é o demônio do outro. Será que está ocoorrendo uma trivialização, uma destruição mútua dos valores?

Sites recomendados:
http://www.flusserstudies.net/
http://www.flusser-archive.org/
http://www.fotoplus.com/flusser/

19/11/2010

MESTRADO MÍDIAS SOCIAIS CONECTADAS

MESTRADO MÍDIAS SOCIAIS CONECTADAS

MÍDIAS SOCIAIS: A COOPERAÇÃO HUMANA E AS TECNOLOGIAS DIGITAIS CONECTADAS

WALTER LIMA
Jornalista de formação, foco na transdisciplinariedade. Neurociência, TI,


Aula I
19 de agosto
Apresentação da disciplina

Anotações da aula


o que é conhecimento?
náo é departamentalizado, pode ser revisado, náo cabe mais a visáo de caixas estanques a informaçao tem de ser estruturada.

temos de entender o nosso objeto que é complexo, náo é um caos. dentro das redes tem a lógica humana. diferente da natureza que as vezes nao dominamos como os buracos negros que nao entendemos. mas a rede náo é complexa de difícil entendimento e cada foco é complementar. Cada um com sua metodologia contribui para entender o objeto complexo.

Marvin Minsk o problema das máquinas é que elas náo tem senso comum esse é um dos grandes desafios para a computacao.

“Dicionário de filosofia” de tecnologia Mario Bunge (argentino)

Cronograma do curso em:
http://www.labsocialmedia.blogspot.com/

tempo real náo existe mas quase ao mesmo tempo.

“O tempo das redes” Fabio Duarte Carlos Quandt Queila Souza Editora Perspectiva
“Origins of Human Communication” Michael Tomasello
“Why we cooperate” Michael Tomasello
gatekeeper = gargalo de informacao sempre existe sempre um esta referenciando outro.
“Waving the web” Tim Berners Lee

ler artigos sobre redes no livro azul da bibliografia de admissao:
LIMA JUNIOR, Walter Teixeira. Mídias sociais conectadas e jornalismo participativo. In: MARQUES, Ângela et al. Esfera pública, redes e jornalismo. Rio de Janeiro: E-papers, 2009.
(169) O modelo que predomina, mesmo na web, ainda é baseado num modelo de industrialização da notícia, consolidado pelos veículos de comunicação tradicionais que têm origem no tempo da excassez de informação. Mas, depois da criação da web, a barreira da excassez apresenta erosão.

(171) Acredito que vivemos o ápice do conceito web 2.0. Interessante do ponto de vista do marketing, o termo é utilizado para denominar uma “nova fase” da web, a colaborativa. Contudo, a web sempre foi colaborativa. Pelo menos é o que afirma o seu criador, o cientista Tim Berners-Lee.

(174) As bases conceituais que fundamentam os termos “comunidades virtuais” e “redes sociais” têm alguns dos seus atributos, como o compartilhamento de informações entre usuários, sendo apropriados por outros formatos de conteúdos digitais, como os produzidos pelos veículos de mídia, configurando um novo espaço: a mídia social. As tecnologias que estruturam as redes sociais se expandiram pela web em diversos formatos e características. Elas fornecem também as ferramentas para interação entre os usuários e os produtores de conteúdo informativo de relevância social, seja por intermédio de sistemas oferecidos dentro de um espaço noticioso (websites e protais informativos) ou por sistestemas denominados de agregadores, que selecionam e compartilham conteúdo jornalístico. Essa configuração de interação está sendo cunhada como “mídias sociais”. O que difere a mídia social das tradicionais é o nível de interatividade, pois os usuários podem participar ativamente, inserindo conteúdos, comentários e até editando.
No lugar de editores profissionais, que nas organizaç~eos noticiosas determinam quais são as matérias importantes do dia, as pessoas encarem essa função nos sites agregadores, em que os usuários selecionam e compartilham o que eles avaliam os mais importantes sites ou notícias.



Aula II (aula transferida do dia 26)
27 de agosto
Pensamento e estrutura computacional
O computador e o cérebro
John Von Neumann

How Computational Thinking is Changing Journalism & What's Next
Kim Pearson

Computational Thinking
Jeannette M. Wing

Evolução da Interação Humano-Computador
Software takes command
Lev Manovich
Capítulo 1. Alan Kay’s Universal Media Machine -p 30 - 40

Social Network Sites: Definition, History, and Scholarship
Danah m. boyd
Nicole B. Ellison

How Computational Thinking is Changing Journalism & What's Next
Kim Pearson

what we need, most of all, is to master the fundamentals of what computer scientists have begun to identify as "computational thinking

● Computational thinking means creating and making use of different levels of abstraction, to understand and solve problems more effectively.
● Computational thinking means thinking algorithmically and with the ability to apply mathematical concepts such as induction to develop more efficient, fair, and secure solutions.
● Computational thinking means understanding the consequences of scale, not only for reasons of efficiency but also for economic and social reasons.

A new journalism is emerging, grounded in computational thinking, that mimics the values and processes of knowledge production in the information age -- what some experts call remix culture

Computational Thinking
Jeannette M. Wing

Computational thinking is thinking recursively
Computational thinking is using abstraction and decomposition
Computational thinking is thinking in terms of prevention, protection, and recovery from worst-case
Computational thinking is using heuristic reasoning to discover a solution. It is planning, learning, and scheduling in the presence of uncertainty
For everyone, everywhere. Computational thinking will be a reality when it is so integral to human endeavors it disappears as an explicit philosophy.
Rather than bemoan the decline of interest in computer science or the decline in funding for research in computer science, we should look to inspire the public’s interest in the intellectual adventure of the field. We’ll thus spread the joy, awe, and power of computer science, aiming to make computational thinking commonplace.

Evolução da Interação Humano-Computador
Software takes command
Lev Manovich
Capítulo 1. Alan Kay’s Universal Media Machine -p 30 - 40


“The best way to predict the future is to invent it.” Alan Kay

In short, it appears that the revolution in means of production, distribution, and access of media has not been accompanied by a similar revolution in syntax and semantics of media. Who shall we blame for this? Shall we put the blame on the pioneers of cultural computing – J.C. Licklider, Ivan Sutherland, Ted Nelson, Douglas Engelbart, Seymour Paper, Nicholas Negroponte, Alan Kay, and others? Or, as Nelson and Kay themselves are eager to point out, the problem lies with the way the industry implemented their ideas?

Between 1970 and 1981 Alan Kay was working at Xerox PARC – a research center established by Xerox in Palo Alto. Building on the previous work of Sutherland, Nelson, Englebart, Licklider, Seymour Papert, and others, the Learning Research Group at Xerox PARC headed by Kay systematically articulated the paradigm and the technologies of vernacular media computing, as it exists today.

By around 1991, the new identity of a computer as a personal media editor was firmly established. (This year Apple released QuickTime that brought video to the desktop; the same year saw the release of James Cameron’s Terminator II, which featured pioneering
computer-generated special effects).

It is Alan Kay and his collaborators at PARC that we must call to task for making digital computers imitate older media.
.
The only difference between computers and other media lies in how and what they remediate.

I want to understand some of the dramatic transformations in what media is, what it can do, and how we use

In short, I want to understand what is “media after software” – that is, what happened to the techniques, languages, and the concepts of twentieth century media as a result of their computerization. Or, more precisely, what has happened to media after they have been software-ized.

All these tools and simulations of already existing media were given a unified user interface designed to activate multiple mentalities and ways of learning - kinesthetic, iconic, and symbolic.

For example, a digital photograph can be quickly modified in numerous ways and equally quickly combined with other images; instantly moved around the world and shared with other people; and inserted into a text document, or an architectural design.

the modern discourse about media depends on the assumption that different mediums have distinct properties and in fact should be understood in opposition to each other. Putting all mediums within a single computer environment does not necessary erases all differences in what various mediums can represent and how they are perceived – but it does bring them closer to each other in a number of ways.

Yet another is the ability to map one media into another using appropriate software – images into sound, sound into images, quantitative data into a 3D shape or sound, etc.

his idea was not to simply imitate paper but rather to create “magical paper.”

Social Network Sites: Definition, History, and Scholarship
Danah m. boyd
Nicole B. Ellison

social network sites (SNSs) such as MySpace, Facebook, Cyworld, and Bebo have attracted millions of users, many of whom have integrated these sites into their daily practices

We define social network sites as web-based services that allow individuals to (1)construct a public or semi-public profile within a bounded system, (2) articulate a list of other users with whom they share a connection, and (3) view and traverse their list of connections and those made by others within the system. The nature and nomenclature of these connections may vary from site to site.

‘‘Networking’’ emphasizes relationship initiation, often between strangers. While networking is possible on these sites, it is not the primary practice on many of them, nor is it what differentiates them from other forms of computer-mediated communication (CMC). What makes social network sites unique is not that they allow individuals to meet strangers, but rather that they enable users to articulate and make visible their social networks. This can result in connections between individuals that would not other- wise be made, but that is often not the goal, and these meetings are frequently between ‘‘latent ties’’ (Haythornthwaite, 2005) who share some offline connection.

While SNSs have implemented a wide variety of technical features, their back-bone consists of visible profiles that display an articulated list of Friends


Anotações da aula


Livros

1. “O tempo das redes” Fabio Duarte, Carlos Quandt e Queila Souza

2. Raquel Recuero livro na internet sobre redes. Rede pelo lado sociológico

3. Wikinomics sobre uso capitalista da rede de Don Tapscott e Anthony D. Williams.

4. Artigo do livro azul Esfera Pública Redes e Jornalismo art. Do Walter Lima e da Elizabeth Saad Correa

5. Why we cooperate visão antropológica

6. Neumann, John Von “O computador e o cérebro” escreveu sobre tecnologia em 1955,

7. Balzac “Ilusões perdidas” (hj chamado de jornalista) era tipógrafo ou seja o sumo da tecnologia na época.

8. filme sixdegree.com primeira rede social

9. livro Maquina de Turing de Alan Turing formaliza o que é algorítimo. Pai do software. Era gay e se matou por não ser reconhecido. Em 1936.

10. documentário a busca da verdade pode levar a morte sobre 4 caras da tecnologia que se mataram é da BBC

ARQUITETURA VON NEUMANN
Recorre a um programa seqüencial instalado na memória modificável das maquinas com processador central da máquina.

Não usar a palavra computador nem equipamento eletrônico usar o termo máquina computacionais (que fazem contas rápidas).

Lógica de programação é a tecnica de encadear pensamentos para atingir um determinado objetivo

Algoritimo é uma sequencia não ambígua finita

PENSAMENTO COMPUTACIONAL
Jornalista tem de saber de tecnologias para conhecer potencialidades e limites. Para tirar proveito não vantagens.

Como o computador tem a lógica humana tem os mesmos defeitos.

Marvin Minsk o problema da inteligência artificial é não ter senso comum

Modelagem de sistemas vem antes da programação.

Não comparar humanos com formigas em colaboração nem com abelhas, é reducionista e promete atalhos, inclusão digital não é uma solução por si precisa de conhecimento estocado.

O que importa não são os artefatos mas sim as idéias por trás deles.

Telegrafo foi a última revolução tecnológica ele converte a mensagem em código binário, rompendo a barreira do tempo e do espaço. O software do telégrafo é o código Morse.






Aula III
02 de setembro
Redes e suas topologias

PARK, Han Woo; THELWALL, Mike. Rede de hyperlinks: estudo da estrutura social na Internet. In: O tempo das redes. São Paulo: Perspectiva, 2008 (p 171 - 216)

Uma introdução às redes sociais
Augusto de Franco

O poder nas redes sociais
Augusto de Franco


Uma introdução às redes sociais
Augusto de Franco
Do ponto de vista das redes, poder é sempre o poder de:

i. obstruir (fluxos) ou “filtrar”;

ii. separar (clusters) ou “desatalhar”; e

iii. excluir (nodos) ou desconectar.


Portanto, ao invés de ficarmos discutindo a possibilidade de alguém exercer poder nas redes, deveríamos estar discutindo a medida da impossibilidade de alguém fazê-lo (e essa medida, convém repetir, é a medida inversa do grau de centralização da rede em questão). Isso porque, conquanto de um ponto de vista topológico, todos os complexos de fluições (ou coleções de nodos e conexões) sejam redes (mais distribuídas ou mais centralizadas), o termo rede é aplicado correntemente à configurações onde há multiplicidade de caminhos (abundância). Não costumamos usar a palavra rede para designar hierarquias (caracterizadas pela escassez de caminhos), a despeito de sacrificarmos com isso o rigor matemático (para o qual todos os sistemas de nodos e conexões devem ser notados como redes independentemente do grau de distribuição).


. Em outras palavras, seres humanos são seres humano-sociais, não são somente íons vagando em um meio gelatinoso e exibindo suas qualidades intrínsecas e sim também entroncamentos de fluxos, identidades que se formam a partir da interação com outros indivíduos. A pessoa como continuum de experiências intransferíveis e, ao mesmo tempo, como série intermitente de relacionamentos, se comporta como ator (ou agente) por estar imersa (conectada e agrupada) em um ambiente interativo. Portanto, são a interação e a clusterização que “produzem” o agente (ou ator). Ninguém pode ser agente de si mesmo: atores sociais se constituem como tais na medida em que interagem em clusters nas redes socais.


Essa cadeia de erros desemboca no erro final que confunde os termos influência e poder.

As redes estão para a hierarquia assim como a democracia está para a autocracia

Então alguém que tem mais influência porque entronca mais conexões (desempenhando o papel de hub e estabelecendo atalhos entre clusters), ou porque estabelece novos fluxos para o futuro, i. e., para inventar mais possibilidades de futuro (desempenhando o papel de inovador), ou porque aumenta seus graus de empatia por compartilhamento com os demais (desempenhando o papel de netweaver), não é alguém que se apoderou (obstruindo caminhos, derrubando pontes e eliminando conexões entre nodos).



Anotações da aula

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

LIVROS
- LINKED E BURSTS para quem vai pesquisar sobre redes. Autor Albert László Barabási

- COMPLEXITY a guided tour Melanie Mitchell

- Livro Imposturas Intelectuais, Brickman.

- RECUERO, Raquel. Redes Sociais na Internet.





Rede é complexa. Não dá para usar a rede de forma instrumental. Precisa entrar em um sistema fechado (plataforma estruturada em cima de outras plataformas estruturadas) tipo facebook. Se fosse fora do sistema fechado não seria possível prever todas as possibilidades. A web já é uma instrumentalização da internet. Web é a camada visível da Internet (timbers lee)

O tempo é outro sistema complexo. Modelagem climática sempre furam pois são sistemas complexos.

Até no sistema broadcast é impossível o controle. Collor fala vamos sair de verde e amarelo todo mundo saiu de preto.

Temos desejo de controle. E a internet permite isso. Todo dado é rastreável.

Mas como controlar algo em um sistema complexo como a web. Não se sabe o que vai acontecer. Tem a lógica humana, não é o caos mas não dá para planilhar todas as possibilidades.

A rede por funcionar ela já existe do ponto de vista da física. Mas quem verifica que ela está funcionando. O humano. Então só quando o humano verifica que ela está funcionando a rede passa a funcionar. A célula se multiplica sem ação humana, mas toda realidade sintética depende da verificação humana.

Scientific American matéria sobre aspects of our success.

Teleologia, aristoteles, as coisas tem de ter uma finalidade.

Não existe ausência de controle é um mito. Sempre tem alguém alguma liderança.

Não existe encurtamento de caminho para a mente humana.

Redes sociais na Internet: como se formam e como funcionam.

A análise das redes sociais parte de duas grandes visões do objeto de estudo: as redes inteiras (whole networks) e as redes personalizadas (ego-centered networks).

Rede social são pessoas interagindo segundo um padrão de organização de rede distribuída

Diagramas de Paul Baran (1964)
Centralized = lógica do Main Frame = sistema bancário
Decentralised = redes sociais
Distributed = internet

As conexões que fazem a diferença na rede.

Hierarquia não é poder. Num casamento ora um prevalece ora outro prevalece.

Redes são ambientes de interação não de participação (só lê não contribui com nada nenhum conteúdo).

Clustering : tendência que tem dois conhecidos comuns a um terceiro de conhecer-se entre si.

Swarming insetos enxameando, “controle” sobre a ação dos outros. Nuvem de insetos organização. Nós não funcionamos como formigas porque temos sistema nervoso central. Swarming civil ou societário distintos grupos e tendências, não coordenados explicitamente entre si, vão aumentando o alcance4 e a virulência de suas ações.

Crunching redução do tamanho (social) do mundo em função da distributividade da conectividade da rede social.

Esses três dependem dos graus de distribuição e conectividade da rede em questão.







Aula IV
9 de setembro
Teorias sobre a Cooperação Humana

TOMASELO, Michael. Origins of Human Communication. Cambridge: The MIT Press, 2008

TOMASELO, Michael; DWECK, Carol; SILK, Joan; SKYRMS, Brian; SPELKE, Elizabeth. Origins of Human Communication: Cambridge: The MIT Press, 2009

Culture, evolution and the puzzle of human cooperation
Luca Tummolini, Cristiano Castelfranchi, Joseph Henrich e Natalie Henrich

O Princípio de Inconexão
Geert Lovink

O Princípio de Inconexão
Geert Lovink

O fracasso do modelo dos .com, no fim dos anos noventa, mostrou a inocuidade da abordagem estritamente comercial sobre as redes, e que as comunicações em rede e as atividades sociais associadas nunca se exprimem em termos quantitativos ou mercadológicos. Ao contrário, o interesse de um esquema epistemológico tendo a cultura como recurso, não uma mercadoria, é o de privilegiar de fato a sua diversidade, mostrando que nenhuma empresa cultural pode prosperar em uma situação de monopólio

Não se trata de forma alguma, de controlar as pessoas, mas de integrar democraticamente comunidades diferenciadas

A Internet não é uma formação social representável a maneira de uma tribo primitiva.

O estudo das novas mídias requer uma “linguagem das novas mídias”, para citar Lev Manovitch, e não uma “teoria geral das redes” girando em torno das disciplinas e saberes estabelecidos. Os teóricos da “multitude” são os que tratam das noções de usuário ou de rede de maneira mais interessante. O termo “multitude” é empregado como alternativa àquele de “povo”, que associamos tradicionalmente ao esquema Estado-Nação.


TOMASELO, Michael; DWECK, Carol; SILK, Joan; SKYRMS, Brian; SPELKE, Elizabeth. Origins of Human Communication: Cambridge: The MIT Press, 2009


Human communication is thus a fundamentally cooperative enterprise, operating most naturally and smoothly within the context of (1) mutually assumed common conceptual ground, and (2) mutually assumed cooperative



Anotações da aula

9 de setembro de 2010


Teoria do controle na Engenharia, Robert Wiener criou o termoi cyberspace (Willian Gibson usou o termo cyberspace)

TCP/IP o c é controle

Não se sabe se a Internet é finita ou não.

Mas pela teoria do controle é finita porque é uma criação humana. Assim como a natureza e o universo que é finito e está em expansão.

Por causa do Franco é rede social CONECTADA. Ver escola de redes.

Rede tem topologia (hardware) e software (Google translator) e a camada humana tudo junto cria o impacto social.

Entrar na pagina do Jacob Nielsew
De 90 na rede 9 náo ativos e 1 é participante (participante de qualidade é menor ainda)

Comunidade do Software Livre. É exemplo de colaboração. Não precisa de netweaving porque é sistema complexo não tem uma única resposta. Emergência de inúmeros problemas é maior que a capacidade de resolve-los. Perfil da comunidade é de quem gosta de desafio. E também colabora porque é no seu próprio interesse (respeito, reconhecimento, status).

Ver jornalismo investigativo de Spot.us

No jornalismo tem de ter netweaving. Tem de ter alguém colocando conteúdo e alguém incentivando as pessoas a participarem porque a lógica é outra, não é software livre. Precisa de articuladores.

Usar USINET rede pear to pear no monova por exemplo.

Alquimia usa o sistema WEERK (antes do twiter)

WELL também é rede das antigas.

Well e Usinet era de participação de acadêmicos então era de alto nível.

Na rede tem sempre intencionalidades, teleologia de Aristóteles, sempre o ser humano tem uma finalidade, um objetivo.

Participar de uma rede demanda custo de tempo.




Aula V
16 de setembro
Cooperação Humana nas Redes
Understanding knowledge sharing in virtual communities: An integration of social capital and social cognitive theories
Chao-Min Chiu, Meng-Hsiang Hsu, Eric T.G. Wang c

Bounded in Cyberspace:An Empirical Model of Self-Regulation in Virtual Communities

Social Computing: Study on the Use and Impacts of Collaborative Content (pp 5 - 30)

Civic News Networks: Collaboration vs. Competition (video fora do ar)

The Wikification of Knowledge

Virtual Community Success: a Uses and Gratifications Perspective
Sunanda Sangwan

A Simulation for Designing Online Community:
Member Motivation, Contribution, and Discussion Moderation
Yuqing Ren e Robert E. Kraut

Tarefa: Entrega de texto analítico sobre as aulas II, III e IV





Anotações da aula


Visão antropológica é a melhor pois menos sujeita a crenças. Por isso melhor para ser usada em sistemas computacionais.

Mesmo as pessoas que fazem o bem pelo bem tem o benefício de sentir prazer em ajudar.

Custos dinheiro tempo trabalho e comida.

Cooperação e punição altruística sempre envolvem um custo para quem coopera ou se pune.

Tendencia é deixarmos de cooperar por causa da melhor relação custo e beneficio do free rider usa mas não coopera.






Bounded in Cyberspace:An Empirical Model of Self-Regulation in Virtual Communities

Karine Barzilai-Nahon

Seev Neumann


This article aims to focus on self-regulation mechanisms that are exercised by virtual communities in order to maintain their boundaries of autonomy while directing behavior of their members.

The concepts of self-regulation, regulators and borders in the Internet are based on the presumption of the Internet as cyberspace. The metaphor of the Internet as a space conceptualizes the Internet as constructed by social practices between and among the objects of that space. There is no meaning to regulators in virtual communities unless they have borders to protect and a space to operate

Occasionally, the enablers exercise authority reactively, as a reaction to an event that forces them to act and intervene in the affairs of a community.

Protection is required in three areas: protection from an unwanted penetration from the outside, protection from an exit from the inside, protection for a satisfying interaction without the risk of chaos or internal strife.

self-regulation should be conceived through several levels of referral.

Enablers are not only technological facilitators; usually they also outline a policy and providea general code of virtual behavior and norms to follow on their platform, procedures and rules that determine muchof the online activity of the virtual communities.

Usually, enablers do not intervene operationally in content management, and leave this to the virtual communities’ managers. They seldom act as gatekeepers of content, and when they do it is mainly in reaction to events or to a specific call asking for their intervention (e.g., a court ruling that requires them to remove some content from their platform). Thus, the everyday operational regulation of behavior is under the responsibility of the managers. They have the full authority to act upon the information that enters and circulates within their communities.

enablers are interested in increasing their revenues and therefore strive to add new users to their platforms, or to increase the popularity of a certain community that has a high potentiality to be prominent or a high ratio of users and traffic; On the other hand communities are interested in preserving their quality and focus on their core subject (e.g., maintaining small communities, selecting engaged members). During these types of conflicts, managers of virtual communities serve as representatives of the community and as gatekeepers vis-à-vis the enablers and try to protect the content which is injected from outside by the enablers into their communities.

Consequently, most tasks of the managers are ex post facto and are based on obedience of the members to the self-regulation procedures of the community.

Additionally to the ex post facto nature of information control in forums, also the anonymity of the members creates a challenge for the regulator/manager

Data mining techniques may be regarded as bottom-up approaches that at their core lies the process of constructing a model to represent a dataset “Data mining is the analysis of (often large) observational data sets to find unsuspected relationships and to summarize the data in novel ways that are both understandable and useful to the data owner”

Overall, only a small portion of messages was deleted (5.48%). Most of the deleted messages (91%) were deleted due to three reasons: irrelevance of the message to the community (38.58%), attempt of a user to infringe on community culture (45.45%) and commercial information that was posted in the message (7.32%). Other reasons for message deletion were sedition for violence, unlawful activities, vulgarity, racism and outing.

Number of virtual communities in which a user participated during the month before the deletion occurred: Messages posted by users affiliated with one or two communities a month before deletion are less likely to be deleted than those posted by users belonging to three or more communities. Proportional user seniority in a community: The more senior a user is, the lower the likelihood to experience deletion. Users who have been members of the community since the beginning of it are four times less likely to experience a gatekeeping event than new users. Senior members who are part of the community since the mid point of its life span are three times less likely to post a message that will be deleted than new users. Normalized number of deleted messages during the user’s history on the platform: This variable counts the number of deleted messages throughout the entire history of a user in all the communities with which s/he was affiliated proportional to her/his seniority. This variable is a very strong predictor. Users with a relatively larger number of deleted messages in the platform during their
history are significantly more likely to experience a deletion event.

To sum up, two contradictory forces related to social capital and boundaries protection of communities operate in virtual communities. On the one hand, senior members help to create a stable environment, contribute to the community’s social capital and enhance self-regulation, even sometimes replace the regulator. On the other hand, the opportunities the Internet provides to members to be simultaneously associated with many social networks may cause potential harm to the social capital of the community and may create conflicts, which involve sanctions by the community as part of the self-regulation it poses on its members.

Control of a community and regulation may be facilitated by knowing the history of sanctions exercised against a member. Nevertheless, the procedure of self-regulation entails a danger. Self-regulation usually promotes the majority and not the minority, and may encourage dominance and suppression of other voices. A community, which promotes certain norms, may be efficient but also may become a very hostile space to users that think differently.



Aula VI
23 de setembro
Netweaving

Para fazer Netweaving
Augusto de Franco (2008)

A System Dynamics Approach to Study Virtual Communities
Yan Mao, Julita Vassileva e Winfried Grassmann





Anotações da aula


NETWEAVING
Como tecer a rede como fazer
Termo do TIM BERNES LEE


CAMADAS DE JOHN VON NEUMAN 00010101Placa mãe HD, memória RAM ROM MAQUINA DE TURIN
Camada Robert Metcalfe criador da placa ethernet
Camada CERF E BOB (criador do tcp ip)Vinculada ao comutador em uma camada de rede TCPIP
Camada do sistema operacional. Do Word dos aplicativos
Camada do TIM Berns LeeCamada do brower.
Camadas ds redes sociais
Camada do ser humano porque cooperamos? Razão antropológica

Cada camada tem seu próprio controle sua própria hierarquia (até o nível do ser humana) a maquina é sistema fechado.

Liping frog pulo do sapo pular etapas do desenvolvimento.

Cooperar tem custo nas empresas. É diferente de colaborar.
Colaborar tem custo pessoal de tempo pelo menos mas é a própria do software livre por exemplo.

Precisa de fomentador para ter netweaving.

Para ter relevância social e sair da conversação = sistema banco de dados com cooperação. Informação user friendly.estruturada. não adianta vai ter atenção é a proposta de data mining do nytimes. Gente grande não é site do ig.






Para fazer Netweaving
Augusto de Franco (2008)

Tudo que é sustentável tem o padrão de rede. Todas as evidências disponíveis corroboram essa afirmativa. Ecossistemas, organismos vivos e partes de organismos são os melhores exemplos de entidades sustentáveis de que dispomos. Ora, todos esses tipos de sistemas têm o padrão de organização de rede: estruturam-se e funcionam como redes

A partir dessa constatação – de que tudo que é sustentável tem o padrão de rede – muitas pessoas estão descobrindo que, se quiserem constelar condições mais favoráveis à sustentabilidade das organizações humanas, precisam entender as redes, procurar saber como elas se organizam, se estruturam e funcionam. E, a partir daí, querem então aprender a fazer netweaving. Bem, esta é a razão da Escola-de-Redes!

1) O que são redes?

Redes são sistemas de nodos e conexões

2) Redes propriamente ditas são apenas as redes distribuídas

Nos três desenhos (do diagrama de Paul Baran) os pontos (nodos) são os mesmos. O que varia é a forma de conexão entre eles

fenômenos – como o clustering (aglomeramento) e o swarming (enxameamento), a autoregulação sistêmica, a produção de ordem emergente e/ou a desconstituição de ordem pré-existente (ou remanescente) e a redução do tamanho (social) do mundo (crunch) – não podem ser adequadamente captados e explicados pelas categorias e hipóteses (que compõem as teorias) tradicionais das ciências sociais. É por isso que vem nascendo uma nova ciência das redes

3) As rede sociais não são uma invenção contemporânea

O que ocorre na época atual é que a convergência de fatores tecnológicos (como a fibra ótica, o laser, a telefonia digital, a microeletrônica e os satélites de órbita estacionária), políticos, econômicos e sociais, está possibilitando a conexão em tempo real (quer dizer, sem distância) entre o local e o global e, assim, está tornando mais visível a rede social e os fenômenos a ela associados, ao mesmo tempo em que está acelerando e potencializando os seus efeitos, o que não é pouca coisa.

4) Rede sociais não são redes digitais

‘redes são múltiplos caminhos’

5) Redes sociais não são clubes seletos de pessoas cooperativas

As pessoas podem continuar querendo competir umas com as outras, porém, quando conectadas em uma rede, esse esforço não prevalece como resultado geral na medida em que, na rede, elas não podem impedir que outras pessoas façam o que desejam fazer e nem podem obrigá-las a fazer o que não querem. Assim, a rede não é um instrumento adequado para alguém adquirir mais poder (que é sempre o poder de obstruir, separar e excluir).
6) Netweaving em redes sociais

netweaving em redes sociais, quer dizer, aprender como articular e animar essas redes.

Para articular redes, em primeiro lugar, é necessário conectar pessoas (ou redes propriamente ditas, quer dizer redes distribuídas de pessoas).

Em segundo lugar, para articular redes é necessário conectar as pessoas entre si e não apenas com um centro articulador ou coordenador (mesmo que este centro se chame de equipe de animação da rede).

7) As quatro tentações que impedem ou dificultam o netweaving

Quem quer articular e animar redes sociais deve resistir às quatro tentações seguintes: de fazer redes de instituições (em vez de redes de pessoas), de ficar fazendo reunião para discutir e decidir o que os outros devem fazer (em vez de, simplesmente, fazer), de tratar os outros como “massa” a ser mobilizada (em vez de amigos pessoais a serem conquistados) e, por último, de querer monopolizar a liderança (em vez de estimular a emergência da multiliderança).

8) As redes não duram para sempre e nem são feitas para crescer indefinidamente

Redes voluntariamente articuladas não são para durar para sempre. Nada dura toda vida (se durar como é, certamente não será sustentável!)

Crescer sempre para que? Para fazer alguma coisa? Mas as redes não são para fazer coisa alguma: elas são simplesmente para... ser. Elas são o que qualquer sociedade seria se não tivesse sido invadida por programas centralizadores.

9) A rede não é um instrumento para fazer a mudança. Ela já é a mudança

10) Uma rede só funciona quando existe

Uma rede funciona quando existe, ou seja, quando se configura segundo a morfologia de rede (distribuída) e manifesta a dinâmica de rede.

É necessário, portanto, que exista um conjunto de pessoas dispostas a se conectar em rede. Embora as redes, em si, não tenham um propósito instrumental, pois que materializam um modo-de-ser coletivo – aquilo que Maturana chama de social, stricto sensu – se quisermos articular uma rede com um propósito qualquer é necessário que tal propósito seja assumido por um conjunto de pessoas.

As redes farão coisas que seus membros quiserem fazer; ou melhor, só farão coisas conjuntas os membros de uma rede que quiserem fazer aquelas coisas. Se alguém propõe fazer alguma coisa em uma rede de 100 participantes, talvez 40 aceitem a proposta; os outros 60 farão outras coisas; ou não farão nada. Em rede é assim: não há centralismo. Não há votação. Não há um processo de verificação da formação da vontade coletiva que seja totalizante e que se imponha a todos, baseado no critério majoritário ou na produção artificial de consenso.

O chamado consenso não é, portanto, um mecanismo artificial de deliberação ou de regulação de conflitos, usado para passar a impressão de que todos estão de acordo com as propostas que queremos que eles estejam. É o resultado de um processo emergente, aberto, livre e, por conseguinte, com desfecho é imprevisível. É por emergência que se forma uma rede e não pela imergência de um ímpeto organizador top dow proveniente de alguma organização hierárquica.

11) Uma rede começa sempre com uma rede

Uma hierarquia não pode construir uma rede.

Para articular uma rede social (uma rede voluntariamente construída, portanto) o convite é sempre feito a partir do propósito. Esse propósito deve estar bem claro, tanto para os que vão fazer o convite, quanto para os que vão recebê-lo.

12) Começando a animar a rede

A rede é o meio, o ambiente. Não produz efeitos por si mesma,

Se quisermos articular uma rede e induzir a sua expansão, temos de ter uma pauta de ações regulares de animação da rede. Essas ações - e isto é, sem dúvida, o mais importante - devem ser sistemáticas, repetitivas, iteradas (de 'iteração', a repetição ad nauseam de uma mesma operação). Além disso, é necessário fornecer "finalidades iniciais" (a expressão, conquanto aparentemente contraditória, quer dizer que as pessoas devem se mobilizar na rede em torno de um propósito declarado, que elas sejam capazes de entender, mas que não será, provavelmente, o resultado que obterão; ou seja, as "finalidades finais" serão construídas pela própria dinâmica da rede).

No trabalho de animação de rede, deve-se ter em conta algumas orientações importantes:

a) Ter sempre campanhas e metas. As campanhas podem ser propostas em torno de alguma ação coletiva que deverá ser realizada. Então, tendo o objetivo claro (a "finalidade inicial"), será possível conectar mais pessoas na rede para atingir tal objetivo.

b) Ter sempre devolução ou retorno. Qualquer ação coletiva proposta à rede pelo núcleo inicial e realizada pela rede deve ser registrada e a informação deve ser devolvida à rede. Esse deve ser um processo permanente, recorrente, sistemático.

c) Disponibilizar amplamente as informações. Os conectados devem receber regularmente, até que a dinâmica própria da rede se estabeleça, uma mensagem do grupo inicial. O importante é a regularidade, que não deve ser quebrada.

13) A rede “acontecendo”

Tudo o que vimos até aqui vale apenas como um esforço inicial para começar a animação da rede. É como empurrar um carro que está sem partida. Mas a rede só vai “acontecer” se existir de fato, independentemente do ativismo articulador e animador do grupo inicial; quer dizer, ela só vai “acontecer” se o carro “pegar no tranco”, deixando para trás a turma que está tentando empurrá-lo.

É necessário que os conectados à rede (que aderiram a ela a partir da concordância com seu propósito ou com suas “finalidades iniciais”) redefinam coletivamente a identidade da sua articulação (para que possam formular, então, as suas “finalidade finais”).

Se conseguirmos chegar até a esse ponto, no qual os conectados à rede, compondo uma comunidade de projeto, vão buscar sentido para o que estão propondo ou fazendo em um mesmo repositório coletivo de definições, premissas e argumentos, então estará estabelecida uma nova forma de ser-coletivamente. E a rede voluntariamente articulada estará “acontecendo”, quem sabe conseguindo se comunicar com aquela rede que existe independentemente de nossos esforços organizativos [a 'rede-mãe']. Se isso acontecer, teremos gerado um novo ente (ou, melhor, desencadeado mais um processo) sustentável no mundo.



Aula VII
31 de setembro
Relevância da Informação
Relevance : communication and cognition. by Dan Sperber; Deirdre Wilson. 2nd ed. Oxford; Cambridge, MA: Blackwell Publishers, 2001.

Relevance: A Review of the Literature and a Framework
for Thinking on the Notion in Information Science.
Part II: Nature and Manifestations of Relevance
Tefko Saracevic

Relevance: A Review of the Literature and a Framework
for Thinking on the Notion in Information Science.
Part III: Behavior and Effects of Relevance
Tefko Saracevic

Video
Dr. Saracevic to speak on “Relevance in information science” at Annual Lazerow Memorial Lecture



Relevance: A Review of the Literature and a Framework
for Thinking on the Notion in Information Science.
Part II: Nature and Manifestations of Relevance
Tefko Saracevic

Information technology is not elusive; relevance is. In-formation technology is tangible; relevance is intangible.Information technology is relatively well understood formally; relevance is understood intuitively. Information technology has to be learned; relevance is tacit. Information technology has to be explained to people; relevance does not.

There are two interacting worlds—the ITworld and the human world—and two basic categories of relevance—systems’and humans’. The two worlds interact with various degrees of problems and conflict

The term information retrieval was coined by the mathematician and physicist Calvin N. Mooers (1919–1994) … He posited that IR “embraces the intellectual aspects of the description of information and its specification for search, and also whatever systems, technique, or machines that are employed to carry out the operation”

The key difference between IR and related methods and systems that long preceded it, such as those developed in librarianship for bibliographic description and classification, is that IR specifically included “specification for search.” The others did not.

User needs, which should be fulfilled, are specified only in terms of the given four search criteria, but how the search should be performed was not. Data in bibliographic records were then organized to fulfill the specified criteria. In IR, the user’s needs are assumed as well, but the search process is specified in algorithmic details and data is organized to enable the search.
The fundamental notion used in bibliographic description and in all types of classifications or categorizations, including those used in contemporary ontologies, is aboutness. The fundamental notion used in IR is relevance.

There were, still are, and always will be many problems with relevance. This is not surprising. Relevance is a human—not a systems—notion and human notions are complex, even messy. Oh well, they are human.

Relevance does not have to be explained; it is universally understood. It is an intuitive, primitive, “y’know” notion

It is worth stressing that the context is formulated through a dynamic interaction between a number of external and internal aspects, from a physical situation to cognitive and affective states, to motivations and beliefs, to situations, and back to feedback and resolution. Context is complex.

We also understand that relevance is not given, it is established. This leads to the next question and the big challenge for information science: How does relevance happen? That is, how are relevance relations established and measured? And who does it, under what circumstances, and how? Some of the relevance theories and models, reviewed in next two sections, try to answer these questions.

Yes, people may and do derive relevance from ideas and cluesin articles that no system could readily recognize, at least asyet. But, that depends also on domain expertiseGreater expertise on a topic leads to morepotent derivate powers for relevance. Lesser expertise leads to lesser powers for deriving relevance. With little expertise, one
constructs relevance as an automaton.

Anumberofphilosophers,particularly in the area of phenomenology, were interested in relevance.

Information and communication are related, but there is also a distinction. Information is a phenomenon. Communi-cation is a process: a process in which information is dis-persed or exchanged. The process of communication


Anotações da aula

RELEVANCIA – É ATENÇÁO.

Small groups já está resolvido, por afinidade, vão seguir.

O desafio é relevância para diversos grupos, para públicos diferentes. Aí quando o público é muito variado a pancadaria rola solta.

Como consegue numa lista aberta colocar assuntos interessantes para debate, sem entrar nos extremos e na pancadaria?

Broadcasting, tipo novela, consegue atingir muitos públicos, consegue lidar com as relevâncias nacionais.

Small groups apesar de consistentes são incompletos não conseguem dialogar com outros grupos.

Artigo da wired: the web is dead está errado, já teve muito debate na rede sobre o artigo e inclusive a Wired já se retratou.

Contexto é diferente de palco. Computador é um palco, twitter é um palco aberto, como se fosse uma praça pública. Para discutir política no twitter tem de chamar para um parco específico.

Sistemas imersivos o primeiro é o usado pela igreja.

Contexto não é elaborado pelo homem como o palco que é coisa preparada.
Contexto é o ambiente em que se vive.

A internet também tem seus palcos. Tem de chamar a pessoa do seu contexto e colocá-lo no palco específico de atenção. Palcos de relevância.

Obs. Temos de seguir Carl Popper. Contestar todas as verdades e afirmações.

A vantagem da rede é que podemos estar em pequenos grupos e em grandes grupos ao mesmo tempo.

A COMUNICACAO PRODUZ OSTENSIVOS ESTIMULOS.
Um estímulo é um fenômeno projetado para obter efeitos cognitivos.
O estimulo deve ser mais relevante que qualquer outro fenômeno externo ou representação interna (está brigando, não presta mais atenção em nada) (problemas pessoais distraem as pessoas da comunicacao).
O estímulo pode ser dirigido a quem considera relevante


Não existe mais TV que era tubo de catons. Hoje em dia a TV é um display.
Computador vai continuar para programar.
A TV não é para produzir é para interação.

TEORIA SOBRE RELEVANCIA
O problema não é tanto para avaliar os efeitos contextuais e esforço de processamento a partir do exterior, mas para descrever como a mente avalia os seus próprios resultados e os esforços interiores e decide como resultado a prosseguir os seus esforços ou realocalos em diferentes direções (SPERBER, WILSON)

Relevância é uma questão de grau, não sabemos como os graus de relevância são determinados, mas sabemos que existem esses graus de relevância.

Relevância pode ser definida como a rela;ao entre a suposição (certeza) e o contexto.

Marcelo Dascal
A linguagem é uma tecnologia, isso nos diferencia dos demais animais. Ela serve para representar o mundo, para entende-lo e sobreviver.

Os sistemas de relevância hoje não são perceptíveis em um palco. Por exemplo, na Amazon lista de livros recomendáveis são feitas por computador. Não percebemos que houve interação humana ou de pessoas, se são avatares ou seres humanos.

Mídia tem uma relação. E a relevância envolve relação.


No próximo trabalho prestar atenção à síntese = a b e c portanto d.





Aula VIII
7 de outubro
Reputação nas Redes
Reputation in Artificial Societies:Social Beliefs for Social Order
Series: Multiagent Systems, Artificial Societies, and Simulated Organizations , Vol. 6
Conte, Rosaria, Paolucci, Mario, 2002.

Um Estudo sobre Reputação baseado no Grau de Concordância entre os Membros de Comunidades de Prática
Claudia C. P. Cruz, Claudia L. R. Motta, Flavia Maria Santoro, Marcos Elia

Tarefa: Entrega de texto analítico sobre as aulas V, VI e VII



Anotações da aula



Reputação nas Redes

Reputação
Relação de confiança
Credibilidade
Freqüência de confiança ( transferência ou adquirida ) .
Natureza (tb é o atributo da reputação para o bem ou para o mal).


Livro Information a very short introduction de Luciano Floridi Oxford


Mercado livre reputação feita por quem comprou o produto. Então é uma boa métrica porque além da porcentagem tem os comentários.

Modelo é redução de realidade é limite, é recorte, é sistema modelado, não tem todas as opções da realidade. Modelar reputação é problemático por causa disso.

Conhecimento processo cognitivo.
Conhecimento verdadeiro é tipo de conhecimento.
Conhecimento conjuntural pode ser
Rede social como saber que (estrutural saber quais são os mecanismos da bicicleta) não saber como (básico instrumental bsaber andar de bicicleta).

















Aula IX
14 de outubro
Redes como Mídia
Wielding new media in Web 2.0: exploring the history of engagement with the collaborative construction of media products
Teresa M. Harrison and Brea Barthel

Communities and Media – Towards a Reconstruction of Communities on Media
Ulrike Lechner, Beat F. Schmid




Anotações da aula


Poliana Ferrari livro A força da mídia social (usar como modelo de dissertação), Jornalismo digital e Hipertexto, hipermídia


Recomendaçõe sobre textos ensaios
- fazer textos reflexivos.
- azeitar melhor o texto para construir um corpo de texto
- Marcos Heel / Gociola orientador na banca de qualificação roteiro multimídia / recoletivo como fazer áudio visual cooperativo / captação coletiva e depois ordenar
- palestra radio no teccred.
- estudar melhor se pegou ou se morreu as redes montadas pelo filme é uma hipótese para o paper.


Trol é o que faz pentelhação na rede. Função é só pentelhar.

Assistir
Serie Numbers do RIDLEY SCOT que fez Blade Runers e do Tony Scot
FBI matemático e viúvo.








Aula X
21 de outubro
Sistemas baseados em Bancos de Dados (participação, avaliação e agregação)
Mining Social Networks for Clues

User Participation in Social Media: Digg Study

Aggregators - Selecting and Sharing Content

Social Information Processing in News Aggregation
Kristina Lerman

Social Networks and Social Information Filtering on Digg
Kristina Lerman

User Participation in Social Media: Digg Study
Kristina Lerman

Preparing for an Age of Participatory News
Mark Deuze



Mining Social Networks for Clues
By Erica Naone

With some social sites, a snooper needs to befriend someone in order to view her personal connections. But last year, two computer-security consultants--Nathan Hamiel of Hexagon Security Group and Shawn Moyer of Agura Digital Security--showed how this can be done by finding a friend of the target who doesn't yet have a profile and creating a fake one. At that point, the target's friends will often initiate a social connection themselves.

"The more powerful you are, the more the secrecy of your address book is important," Dhanjani said, since an attacker can build up significant information about a target just by gaining access to the network.

Dhanjani noted that social networks have both positive and negative qualities. "I think social media is beautiful, and I use it, too," he said. As a security researcher, he tries to be careful about what he reveals when he uses Twitter, but he's discovered that it isn't possible to fully protect his privacy. "Social media is like a cocktail party," he said. "In order to get something out of it, you have to give something up



Anotações em aula:



participação, agregação e recomendação.

Tornar mais interativa e amigável assim como a TV o radio e o papel são tecnologias amigáveis,.webbrowseadas usa browser na web. O browser é que permite usar twitter, Orkut.

Outlook não é webbrowseado, usa protocolo STPP POP. Webmail é webbrowseado vc vê na web o protocolo é http.

Em tecnologias webbrowseadas convivem profissionais da comunicação, público em geral e especialistas.

Livro Andrew Keen sobre cultura do amador (buscar vídeo no globonews). Mas qualidade é no sentido frankfurtiano cultura ou é informação de interesse e relevancia social, para entender fenômenos sociais. Não preciso falar de filarmônica, posso falar de funk mas a abordagem é que torna importante. Mas a qualidade das abordagens tem abaixado. Por exemplo processo eleitoral baixo que vivemos.

Os produtores de mídia ainda se comportam como se estivessem na era da escassez da informação. Agora nova relação tem de ser construída. Não na qualidade de detentor da informação mas sim na relação de confiança, crítica, tem de retrabalhar hierarquia. Todos são detentores das informações

Web 2.0 não. Web de dados. Antes era índex HTML tudo em pastinhas. Antes era arvore pagina principal e ramificações.
Em 1997 NYT produzia em FTP e subia em HTML tinha de saber programar.


Fase pré web computador tela escura
Fase web com pastinhas html. Linear. Web 2.0 não suplantou a web 1.0 a de pastinhas continuam existindo.
Agora não preciso programar bloger permite que eu atue sobre o programa deles. Posso simplesmente escrever dados. Mas é uma estrutura fechada, não dá para inserir uma estrutura de chat no blog por exemplo. Não pode retirar o logo do bloger. Hoje ainda é HTML mas é com banco de dados, usuário pode alterar o banco de dados . hoje ele não coloca mais dados pastinhas, coloca na rede em HTML em banco de dados ou seja informação estruturada. O NYT grava todas as suas reportagens indexadas em banco de dados. O HTML só busca nos indexadores.
Web de dados pode extrair os dados. São bancos de dados visíveis em XML. Para poder qualquer pessoa extrair dados de vários bancos de dados. Hackers jornalistas fazem isso. Ver site donosdamídia.com.br. Pedro Valente

Banco de dados em XML na Inglaterra já estão todas as contas publicas, qualquer um que souber mexer nos bancos de dados pode usar os dados como quiser.

Ler coluna IDG NOW tecnologia e comunicação Walter Lima. (Coutinho também escreve nesse idg now)

Jornalismo está caminhando para o especialista denovo.

Artigo visualização de dados estruturada por banco de dados digitais sintoniza o jornalismo com a complexidade informativa contemporânea. De Walter Lima. Intercom 2-5 setembro de 2010

Essa web de dados permite agregadores como o Google news. Agregador porque só junta num lugar, não altera. Igoogle faz isso

Isso também permite recomendação, mais adotados como favoritos hoje do Igoogle.

DIGG sistema de recomendação de notícias. Existe um certo controle via moderação. A comunidade de usuários vota na noticia
REDIT mesmo sistema de recomendação de notícias do DIGG mas com código fonte todo aberto. A pessoa pode rodar seu próprio código fonte e sugerir para o moderador a implementacaol






Aula XI
28 de outubro
Análises e Experimentos de Mídia Social Conectada

Forums for citizen journalists? Adoption of user generated content initiatives by online news media, 2008
Neil Thurman

New Media Makers
A Toolkit for Innovation in Community Media and Grant Making

HuffPost

How Spot.Us Works


Visualização de dados estruturada por banco de dados digitais sintoniza o
Jornalismo com a complexidade informativa contemporânea
Walter Teixeira Lima Junior
Ana Paula da Rocha

A infografia multimídia consiste em um outro formato de apresentação da
notícia, que também possui elementos interativos, e está se expandindo e consolidando
dentro do campo do jornalismo digital. Diferentemente do que acontece no meio
impresso, quando a função de um infográfico, muitas vezes, é dar um caráter “mais
leve” à página, utilizando-o como se fosse uma ilustração, a infografia multimídia
incorpora outros elementos proporcionados pela tecnologia digital, como
recuperabilidade da informação, adição de vídeo, áudio, navegação não linear e
interatividade.

O que as caracteriza como herdeiras da infografia tradicional, que acompanhou a imprensa
mesmo quando existiam apenas os meios impressos para publicar fatos noticiosos, e
também as diferencia dos gráficos pizza ou barras, é que são estruturadas através de
uma narrativa. Esta narrativa pode ser pré-estabelecida pelo produtor do conteúdo ou
conduzida conforme a vontade do usuário, ou seja, uma interação com o conteúdo de
forma multilinear. Assim, é a sua configuração por intermédio da existência de um
roteiro que a diferencia de outros tipos que possibilitam a visualização de dados
computacionais através de design.

Basicamente, falar de Data Mining é buscar padrões ocultos em massas de dados
que encontramos em data warehouses corporativos ou Bases de Conhecimento de
Sistemas Inteligentes. Como conceito que envolve Estatística, Inteligência Artificial e
Machine Learning (Aprendizado de Máquina), o DM garimpa informações de valor
estratégico que estão “invisíveis” nos registros, permitindo a identificação de tendências
para uma visão antecipada de cenários futuros e a descoberta de novos padrões entre
dados, nem sempre perceptíveis ao analista humano


Anotações em aula

só tem fibra ótica no Brasil em Pinheiros.

Nós regredimos nesses 8 anos.

Agora com a liberalização das empresas de telefonia para distribuir conteúdo de internet e TV a IPTV vai ser uma realidade.

A cultura não tem IPTV tem web TV. Não garante banda e não garante todos os serviços interligados.

Poder do áudio visual.

Broadband TV onde conecta todo conteúdo internet e TV também demonstra o poder do áudio visual.

Por mais que a globo tente ficar broadcast fechada não vai conseguir pois há programas no IPAD por exemplo METAMIRROR pega o sinal da TV e carrega as redes sociais. Transforma o sinal unidimensional em bidimensional.

BBC é um grande exemplo de conteúdo já para rede. Por ser pública e de ter contudo colaborativo interativo mereceria um bom estudo de caso aqui no Brasil. Red Button abre a ferramenta interatividade. BBC tem um IRC dela, as pessoas ficam em rede nessa rede. Tem text mine garimpa os textos mais falados no chat e puxa as matérias da BBC relacionadas.

Todos esses conteúdos rodam em uma maquina computacional, John Von Neuman (não é computador nem TV).


Intel, Google, Sony e Panasonic estão criando a GOOGLE TV áudio visual multimídia interativa.

Estimular a criatividade via remuneração dos vídeos mais assistidos.

Subir um app na Apple é gratuito mas dada a dificuldade ganha capital prestigio.

Rede do NAPSTER é rede ad hoc. Tecnologia peer to peer. E Mule funciona como rede social, quanto mais vc disponibilizar mais banda vc tem.

COLLABORA TV ou C TV. Rede centralizada da AT&T onde o anonimato não existe pode assistir TV com os amigos e em 3 dimensoes.

Alchemy API é a empresa que faz a transformação de texto em conhecimento para a BBC.

Roteiro predeterminado organização mas as pessoas aleatoriamente vão fazer as partes. SOUR water flavor filme colaborativo japa.

Para o jornalismo cidadão tem de alguém tipo NY times organizar os diversos conteúdos. Subidos pelos diversos interessados.


Tem de ter organização porque não há um sistema de emersão espontânea . Se ficar livre vai ser só conversação.

Quem tem dinheiro não faz laboratório de media. E quem tem interesse não tem dinheiro. Programadores que custam muito caro inflacionam o preço de um media lab. Por isso as grandes tipo BBC usam start ups como a Alchemy API.


Aula XII
4 de novembro
Apresentação de trabalhos

Tarefa: Entrega de texto analítico sobre as aulas VIII, IX, X, XI

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

JORTEC rede de 5 universidades de comunicação voltadas para tecnologia.
www.jortec.net
livro produção e colaboração no jornalismo digital

pesquisar também
tecreed.net

SOCICOM
compôs intercom sbpjor ancine
casper é pos então esta filiada a compôs junto com 36 grupos de pesquisa
rede jortec é dentro da SBPjor tem estatudo de rede de pesquisa nacional e internacional


Artigo de Walter Lima
no site http://idgnow.uol.com.br/ sobre vantagens e desvantagens de participar da rede.

http://idgnow.uol.com.br/blog/tecnologiaecomunicacao/2010/11/08/por-que-as-empresas-nao-deslancham-nas-redes-sociais-conectadas/

Por que as empresas não deslancham nas redes sociais conectadas

As Redes Sociais Conectadas (RSCs) surgiram há cerca de 30 anos, com a criação da Usenet (Unix User Network), em 1979. Eram redes telemáticas utilizadas somente por iniciados na Informática, ... hoje, essas redes ficaram amigáveis aos usuários com menor conhecimento tecnológico

A formação de redes sociais é... Fundamental para a sobrevivência do grupo em ambientes hostis, a criação de comunidades garantia que ações coordenadas e executadas coletivamente com inteligência fossem vencedoras sobre a natureza.

Assim, a rede social é um aplicativo do ‘software’ do comportamento humano. As redes sociais conectadas, ... só puderam emular certas características desse ‘

as redes sociais conectadas são redes distribuídas e de baixa hierarquia.
O que significa isso? Essas redes são formadas por pessoas interagindo, seguindo um padrão de organização. Esse padrão permite o surgimento de conexões através de redes distribuídas, ou seja, elas são mais distribuídas do que centralizadas. Nesse contexto de conexão distribuída, a hierarquia é baixa.
E justamente nesse conceito topológico está o porquê de as empresas não deslancharem na rede. A característica de ser distribuída, conectando milhares de pessoas, consumidores, fornecedores, colaboradores, empregados, admiradores etc é muito bom para qualquer marca, mas a baixa hierarquia (liberdade na troca de informações) que possibilita a formação do capital social, é um temor.

As empresas oriundas da lógica da Revolução Industrial possuem uma organização rígida, hierárquica e centralizada. Estrutura necessária para o controle dos processos e das informações. Essa configuração assegura que tudo que ocorre dentro de uma empresa, no que tange à informação, possa ser monitorado e fiscalizado.
Aliás, o controle sobre a informação é a grande arma para obtenção da eficiência e eficácia empresarial, baseadas nos conceitos oriundos e atualizados da Revolução Industrial.
Dentro desse modo de organização, os sistemas computadorizados interligados através de redes são fundamentais para o cumprimento das diretrizes e metas estabelecidas pelas empresas. O pessoal da Tecnologia de Informação (TI) produz sistemas para que a hierarquia e controle rígidos sejam preservados. As intranets são a materialização dessa lógica.

Entretanto, ao querer participar do universo das Redes Sociais Conectadas, a grande parte das empresas tenta estabelecer essa mesma lógica: controle sobre a informação. Mas o ambiente estruturado por uma rede descentralizada e de baixa hierarquia (web) possui a lógica da Sociedade da Informação, cujo controle da informação é quase uma utopia.

Vide a tentativa da China com o seu “The Great Firewall of China”, com filtros instalados nos servidores de Internet. O governo chinês consegue rastrear, bloquear e deletar conteúdos de fóruns, blogs etc. Twitter, nem pensar.
Mesmo tendo o controle total sobre os backbones da Internet (entrada e saída de dados), a informação livre ainda “flui” com a utilização de estratégias pelos chineses para burlar o firewall, utilizando aparatos como os embaralhadores de IP.

...No âmbito interno, vejo que muitas empresas cerceiam o acesso de seus funcionários aos programas de Instant Messenger, redes sociais e bloqueiam acesso a websites que julgam ser impróprios. Entretanto, os seus departamentos de comunicação e marketing alardeiam que a empresa está presente na rede social tal, com Twitter tal, no blog tal etc.
Esse anacronismo é sinal dos tempos. Ou seja, estamos passando por uma transição comportamental em relação à utilização do tempo de forma “produtiva” do funcionário (colaborador) e do trato das informações adquiridas e produzidas por ele.
O mundo mudou
O controle desse tempo mudou. Não é mais medido pelo tempo que o funcionário está dentro da empresa, controlado pelo ponto de entrada e de saída. Mas, sim, pela capacidade que ele possui em se apropriar das tecnologias digitais, entre elas, as redes sociais, no tempo que for necessário. Portanto, o momento dessa apropriação pode ser em casa, na volta do trabalho etc. É essa apropriação, às vezes aleatória, fornecerá à empresa o capital social necessário para se conectar com as atuais exigências da Sociedade da Informação.
Mas como ter capital social, produtividade, criatividade e conter a dispersão dos funcionários com os “brinquedinhos” tecnológicos fornecidos em todos os cantos da rede?
Os empresários, através dos seus departamentos responsáveis pela contratação dos profissionais, devem perceber que precisam contratar seres autônomos, que se apropriem de tecnologias, assim tendo a liberdade na troca de informações, não sendo vigiados, controlados ou cerceados...
.

Artigo de Walter Lima
no site http://idgnow.uol.com.br/
http://idgnow.uol.com.br/blog/tecnologiaecomunicacao/2010/10/18/as-startups-de-balzac-e-o-fim-da-era-cada-um-no-seu-quadrado/

As startups de Balzac e o fim da era “cada um no seu quadrado”


...Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646 – 1716), considerado o “o pai da TI”. Filósofo, cientista, matemático, diplomata e bibliotecário, Leibniz tinha habilidades nas áreas da metafísica, literatura, política, lógica, história entre outras.
...
se fosse nos dias atuais, talvez Balzac teria uma start-up e seria um hacker journalist, devido ao seu entendimento e cruzamento técnico sobre as duas áreas do conhecimento humano.

Vejamos o New York Times, que investe tanto em tecnologia nos seus produtos digitais conectados. O temor da “Bíblia do Jornalismo” não são os seus tradicionais concorrentes no mundo analógico que também migraram para a esfera digital, mas os milhares exemplos de startups que surgem nos EUA e que vão comendo fatias pequeninas do seu escopo de negócio.
Para fazer frente a esse tipo de ameaça, o NY Times formou equipes multidisciplinares que lhe garantem a permanência no jogo da nova economia digital.
Com uma estratégia mais agressiva, pois já nasceu nesse universo, o Google busca dentro das universidades esse tipo de perfil multidisciplinar. Como brinco, de um dia para ou outro, pesquisadores são “abduzidos” e começam a trabalhar na grande nave-mãe dos sistemas de relevância da informação.
... Tecnologia e Comunicação são mais que quadradinhos de conhecimento. Eles fazem parte da realidade de forma estruturalmente relacionada.
Vistos assim e trabalhados sinergicamente dentro das empresas, elas conseguirão obter melhores resultados nos sistemas estruturados por TI e que necessitam de plataformas e conteúdo adequados ao seu público consumidor ou colaboradores

Aula XIII
11 de novembro
Apresentação de trabalhos


TECNOLOGIAS COGNITIVAS
Sugerido livro de Marcelo Dascal

Cognição alem de entendimento tem percepção julgamento consciência

Neurociência cognitiva.

Evolução tecnológica coloca o mundo fabricado no cotidiano das pessoas comuns. A estrutura fornecida ao ambiente fabricado pelo humano deve ter profunda influencia na estrutura da mente. Cachorro latindo no quintal é do mundo natural regido por leis que não controlamos. Email e internet regidos pelas leis humanas, temos controle.

Ambiente cognitivo natural criamos ferramentas para manipular esse ambiente cognitivo natural (lupa, luz etc). e agora temos ambiente físico fabricado e ambiente cognitivo fabricado. Não saberemos mais o que é realidade e o que é fabricado.

Não sabemos mais dividir o mundo natural do mundo fabricado. Nos tornamos subservientes à tecnologia. Tecnologia não é libertadora.

Pós humano (vida empoderada da tecnologia , alteração da natureza da própria vida, quase ciborgs) pos humano prevalece sobre o humano

Pilula para potencializar a produção do cientista como p ex a Ritalina seria uma tecnologia cognitiva. Pilulas e tecnologias que aumentam a capacidade de percepção, memorização, conceituracao, classificação, aprendizagem, antecipação, formulacoa de hipóteses, demonstração deliberação avaliação persuasão descobrimento etc). tecnologia cognitiva para Dascal é toda tecnologia que estimula isso.

Mente se torna biotecnológica hibrida e o cérebro se torna plástico (Andy Clark).usamos agentes cognitivos redes neurais artificiais (algoritimos que aprendem, lêem como os humanos, preenchendo lacunas quando está faltando palavras).

Ver
HTTP://Sciencenfiction.wordpress.com



Aula XIV
18 de novembro
Apresentação de trabalhos


quinta-feira, 18 de novembro de 2010


ler sobre zonas autônomas temporárias
http://hermetic.com/bey/taz_cont.html

em português:
http://k.1asphost.com/eunaosou/livros/caos.pdf

The Temporary Autonomous Zone (TAZ), Ontological Anarchy, Poetic Terrorism
By Hakim Bey



We've spoken of the Net, which can be defined as the totality of all information and communication transfer. Some of these transfers are privileged and limited to various elites, which gives the Net a hierarchic aspect. Other transactions are open to all--so the Net has a horizontal or non-hierarchic aspect as well. Military and Intelligence data are restricted, as are banking and currency information and the like. But for the most part the telephone, the postal system, public data banks, etc. are accessible to everyone and anyone. Thus within the Net there has begun to emerge a shadowy sort of counter-Net, which we will call the Web (as if the Net were a fishing-net and the Web were spider-webs woven through the interstices and broken sections of the Net). Generally we'll use the term Web to refer to the alternate horizontal open structure of info- exchange, the non-hierarchic network, and reserve the term counter-Net to indicate clandestine illegal and rebellious use of the Web, including actual data-piracy and other forms of leeching off the Net itself. Net, Web, and counter-Net are all parts of the same whole pattern-complex--they blur into each other at innumerable points. The terms are not meant to define areas but to suggest tendencies.

(Digression: Before you condemn the Web or counter-Net for its "parasitism," which can never be a truly revolutionary force, ask yourself what "production" consists of in the Age of Simulation. What is the "productive class"? Perhaps you'll be forced to admit that these terms seem to have lost their meaning. In any case the answers to such questions are so complex that the TAZ tends to ignore them altogether and simply picks up what it can use. "Culture is our Nature"-- and we are the thieving magpies, or the hunter/gatherers of the world of CommTech.)

… The TAZ has a temporary but actual location in time and a temporary but actual location in space. But clearly it must also have "location" in the Web, and this location is of a different sort, not actual but virtual, not immediate but instantaneous. The Web not only provides logistical support for the TAZ, it also helps to bring it into being; crudely speaking one might say that the TAZ "exists" in information- space as well as in the "real world." The Web can compact a great deal of time, as data, into an infinitesimal "space." We have noted that the TAZ, because it is temporary, must necessarily lack some of the advantages of a freedom which experiences duration and a more-or-less fixed locale. But the Web can provide a kind of substitute for some of this duration and locale--it can inform the TAZ, from its inception, with vast amounts of compacted time and space which have been "subtilized" as data.


ler o culto do amador
aplica-se ao reclame aqui mas não se aplica ao Orkut
ANDREW KEEN


Procurar Juliano Spyer (USP) apresenta idéia de Howard Rheingold que trata da economia da doação.

Obs. T4f maior empresa de entretenimento, promotora de espetáculos da America latina. Planmusic tb é outra grande.




Aula XV
25 de novembro
Avaliação da disciplina
Entrega do trabalho final (papel)


Livros consultivos obrigatórios
Metodologia nas área da Ciência e Tecnologia
BUNGE, Mario. Teoria e Realidade. São Paulo: Perspectiva, 2008

Definições conceituais na área de Ciência e Tecnologia
BUNGE, Mario. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Perspectiva, 2009


Textos complementares
Media Richness or Media Naturalness? The Evolution of
Our Biological Communication Apparatus and Its Influence on Our Behavior Toward E-Communication Tools
Ned Kock

Recognition and Participation in a Virtual Community
Calvin M. L. Chan, Mamata Bhandar, Lih-Bin Oh e Hock-Chuan Chan

Sociology and, of and in Web 2.0: Some Initial Considerations
David Beer and Roger Burrows

Supporting Trust in Virtual Communities
Alfarez Abdul-Rahman
Stephen Hailes

Endurance of Gatekeeping in an Evolving Newsroom

Users like you? Theorizing agency in user-generated content
José van Dijck

Virtual News: BBC News at a `Future Media and Technology' Crossroads
Peter Lee-Wright


Web-Based Experiments for the Study of Collective Social Dynamics in Cultural Markets
Matthew J. Salganik e Duncan J. Watts