15/05/2012

Sustentabilidade foi tema de aula no curso de ética



Por Danielle Denny

Aula sobre Sustentabilidade nas organizações, ministrada por Danielle Denny, em 14/5/12, na Cásper Líbero, para a turma do terceiro ano de Relações Públicas.

Enfoque: Comunicação relacionada a causas sócio-ambientais e à efetiva responsabilidade sócio-ambiental das organizações.
Objetivos: mostrar os principais instrumentos, modelos, certificações e órgãos relacionados à sustentabilidade das organizações. Ressaltar o papel da Comunicação na mudança de atitude e comportamento para a ética e sustentabilidade das organizações

Ecologia da Comunicação

       Toda comunicação começa e termina no corpo, conforme Harry Pross (PROSS, 1980)
       Assim, para a comunicação é imprescindível o corpo vivo
       Contudo, historicamente pouca atenção tem sido dispensada para a sustentabilidade das relações, inclusive comunicacionais
       Por exemplo: A magreza estampada nas capas de revista pode gerar graves males à saúde se as pessoas forçarem seus corpos para caber nessas imagens
       As pessoas consomem as imagens, mas também as imagens consomem as pessoas, como explica Norval Baitello através do conceito de iconofagia (Baitello, 2005)
       A consciência desse ambiente comunicacional é imprescindível para o empoderamento. Aqueles que não se fazem representar pelos formadores de opinião, nem estão aptos a se apropriarem dos meios para se fazerem ouvir, a grande parte das minorias, os sem voz,  permanecem excluídos do diálogo social, como identifica Vicente Romano (Romano, 2010)

Histórico

       A emergência da questão ambiental: a globalização o dos impactos (a partir da déc 1960)
       Desde ECO 1972 conflito entre: PRESERVACIONISTAS (ligados aos países centrais, manter intocável) x CONSERVACIONISTAS (tese dos países periféricos, possibilidade de explorar recursos naturais de forma racional, equilibrada para promover desenvolvimento)
       BRASIL faz LEITURA HISTÓRICA: não somos responsáveis pela conta ambiental. Começamos a nos desenvolver no século XX. Os países desenvolvidos estão há séculos poluindo
       Nosso balanço energético é limpo, graças à hidrelétricas. Nosso desafio pode ser desenvolver, mantendo a matriz energética limpa (75% das emissões brasileiras vêm das queimadas da Amazônia)
       Somos cooperativos, mas somos pragmáticos, em custos e benefícios, temos de defender nossa soberania e a nossa possibilidade de desenvolvimento.

Economia verde

       A Rio + 20 terá dois temas:  economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza  e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável
       Na Rio 92 houve intensa participação da sociedade civil em debates da ONU, que passou a se chamar de  “espírito do Rio”.
       Na Rio +20 pode haver engajamento semelhante das empresas, principalmente por meio de entidades como a ICC.
       O desperdício de recursos ambientais representa cada vez mais custos, as empresas que não investirem em tecnologias verdes e em efetivo comprometimento socioambiental vão perder competitividade. Visto por esse prisma, os ideais verdes se tornam bem pragmáticos. Sustentabilidade seria garantir rentabilidade com ética e responsabilidade socioambiental, sem maquiagem verde, mas com efetivo comprometimento para fomentar a economia verde.
       Pouco adianta executivos e formadores de opinião pensarem em ações isoladas, dissimuladoras. Têm de investir em tecnologia e em governança, para criar uma estrutura que propicie a sustentabilidade. Só assim será possível aproveitar a janela de oportunidade e se lançar à frente dos concorrentes, para implementar um modelo de negócio rentável e socio-ambientalmente responsável.


Global Compact
Diretrizes da OCDE (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico) para empresas multinacionais
Global Reporting Initiative (GRI)
Norma ISO 14000
Índice Dow Jones de Sustentabilidade (IDJS)
Lei Sarbanes-Oxley
ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial (BOVESPA)


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