Sustentabilidade
usada para agregar valor ao produto da indústria cultural
Resumo:
A
economia dos bens informacionais e imateriais tem sofrido o impacto econômico
das revoluções tecnológicas que fazem com que a informação seja cara para ser produzida,
mas extremamente barata para ser utilizada e reproduzida. As técnicas de
aprisionamento de conteúdo e os monopólios de bens simbólicos e culturais foram
profundamente alterados pelas novas tecnologias que disponibilizaram formas
rápidas e fáceis de compartilhamento de dados. Nesse contexto, a indústria
cultural ainda procura um novo modelo de negócio que possa garantir sua
viabilidade econômica. O uso da sustentabilidade para agregar valor ao produto
parece ser uma saída. Por meio da ecopublicidade, se promove o “green washing”
no conteúdo identitário da marca. Ao ser identificado como sustentável, o
produto deixa de considerado apenas por suas qualidades intrínsecas e pelo
valor marcário que já possuia e passa a ser dotado de um valor intangível
extra. Apresentações musicais em eventos coletivos como os festivais de música são
ambientes particularmente profícuos para a ecopublicidade, pois são
efetivamente capazes de gerar um ambiente privilegiado para favorecer a
educação, despertar e promover a postura ética e ecológica dos participantes. Principalmente
porque pela memória musical, experiências sonoras podem ser vinculadas a
determinadas atitudes e, assim, promover ações e compromissos ecológicos. Dessa
forma, os valores da sustentabilidade são facilmente vinculados ao produto
festival de música o que facilita todas as práticas de ecopublicidade e “green
washing”. Por isso o caso concreto sob análise é o SWU 2010, festival realizado
em Itú/SP, nos dias 9, 10 e 11 de novembro de 2010. O presente artigo identifica
que a sustentabilidade foi usada principalmente para agregar valor à marca SWU,
promover o consumo, aumentar os preços, diminuir os custos e, assim, ganhar competitividade
perante os concorrentes, reafirmando os princípios clássicos da economia:
menores gastos e maiores receitas. Sob a bandeira da sustentabilidade muita
gente trabalhou de graça, foram conseguidos incentivos fiscais e parcerias com
secretarias do Meio Ambiente, além disso, bandas que não viriam se fosse um
concerto comum, simplesmente patrocinado por empresas como Nestlé, Heineken e
OI, por exemplo, vieram só porque o evento se propunha ético e
socioambientalmente comprometido. Ou seja, o uso econômico dos valores
socioambientais foi fundamental para viabilizar o modelo de negócio do SWU. A
análise teórica do presente artigo é feita sob a perspectiva dos conceitos
econômicos, da vinculação, da comunicação orquestral, da (in)comunicação, da
verticalidade, da cultura do ouvir, dos diálogos e dos discursos. Este artigo
parte de uma análise de caso, segue a metodologia fenomenológica e tem como
referencial teórico autores como Shapiro(1999), Castells (2009), Winkin (1998),
Flusser (2007), Pross (1980), dentre outros.
Palavras-chave:
Economia da comunicação. Ecopublicidade. Propriedade Intelectual. Música.
Sustentabilidade. Educação. Comunicação e Incomunicação.
Abstract:
The economy of
informational and intangible assets have suffered the economic impact of
technological revolutions that make the information expensive to produce but
very cheap to be used and reproduced. The technique of imprisonment of content
and the monopolies of cultural and symbolic goods were profoundly altered by
new technologies that have provided quick and easy ways of sharing data. In
this context, the culture industry is still looking for a new business model
that can guarantee its economic viability. The use of sustainability to add
value to the product seems to be a way. Through ecomarketing, it promotes
"green washing" in the content of the brand identity. When identified
as sustainable, the product stops to be considered only for its intrinsic
qualities and for the value the brand already has and becomes endowed with an
extra intangible. Musical performances in collective events like music
festivals are environments especially profitable for ecomarketing because they
are effectively able to generate a privileged environment to foster education,
to awaken and promote the ethical and ecological attitudes of the participants.
Mainly because the memory of music, sound experiences can be linked to certain
attitudes and thus promote actions and ecological commitments. Thus, the values
of sustainability are easily linked to the product music festival which
facilitates all ecomarketing practices and the "green washing". So
the case under review is the SWU 2010 festival held in Itu / SP, on 9, 10 and
11 November 2010. This article identifies that sustainability was used
primarily to add value to the brand SWU, promote consumption, raise prices,
reduce costs and thereby gain competitiveness in relation to competitors,
reaffirming the principles of classical economics: lower expenses and higher
revenues. Under the banner of sustainability many people worked for free, tax
incentives have been achieved and partnerships with departments of Environment
were gained, in addition, bands that would not come if it were an ordinary
concert, sponsored by companies just like Nestle, Heineken and OI, for example,
came only because the event was proposed ethical, socially and environmentally
committed. That means, the economic use of socio-environmental values was
essential to enable the business model of the SWU. The paper analyses the event
under the perspective of economics, linkage, orchestral communication,
(in)communication, verticality, culture of listening, dialogues and discourses.
This article analyses a case, follows the phenomenological methodology and has
its theoretical references on authors such as Shapiro(1999), Castells (2009),
Winkin (1998), Flusser (2007), Pross (1980).
Key words : Economy
of communication. Ecomarketing. Intellectual Property Rights. Music.
Sustainability. Education. Communication and incommunication.
1)
INTRODUÇÃO
A
economia dos bens informacionais e imateriais tem sofrido o impacto econômico
das revoluções tecnológicas que fazem com que a informação seja cara para ser produzida,
mas extremamente barata para ser utilizada e reproduzida. As técnicas de
aprisionamento de conteúdo e os monopólios de bens simbólicos e culturais foram
profundamente alterados pelas novas tecnologias que disponibilizaram formas
rápidas e fáceis de compartilhamento de dados.
Com a
convergência de mídias e a divergência de meios, são criadas multiplataformas
de interação entre emissor e receptor de conteúdo informativo via mídias
sociais conectadas (LIMA, 2009:54) o que facilita o consumo massivo de dados e
de informações em um ambiente hiperconectado. Nesse contexto, a indústria
cultural ainda procura um novo modelo de negócio que possa garantir sua
viabilidade econômica.
Conforme identifica Walter Lima:
Embarcados em diversos aparatos digitais, como máquinas computacionais,
celulares e outros dispositivos móveis, os “chips”, que “mastigam” dados,
ganharam um canal para vazão desse processamento, que são as conexões entre computadores
através das redes telemáticas, principalmente a web. Assim, essas tecnologias
se espalharam pela sociedade, impactando comportamentos e modelos de negócio em
geral, e atingindo, também, o campo da mídia.. (LIMA, 2011: 46)
O uso
da sustentabilidade para agregar valor ao produto parece ser uma saída. Por
meio da ecopublicidade, se promove o “green washing” no conteúdo identitário da
marca. Ao ser identificado como sustentável, o produto deixa de considerado
apenas por suas qualidades intrínsecas e pelo valor marcário que já possuia e
passa a ser dotado de um valor intangível extra.
Apresentações
musicais em eventos coletivos como os festivais de música são ambientes
particularmente profícuos para a ecopublicidade, pois são efetivamente capazes
de gerar um ambiente privilegiado para favorecer a educação, despertar e
promover a postura ética e ecológica dos participantes. Principalmente porque pela
memória musical, experiências sonoras podem ser vinculadas a determinadas
atitudes e, assim, promover ações e compromissos ecológicos.
Dessa
forma, os valores da sustentabilidade são facilmente vinculados ao produto
festival de música o que facilita todas as práticas de ecopublicidade e “green
washing”. Por isso o caso concreto sob análise é o SWU 2010, festival realizado
em Itú/SP, nos dias 9, 10 e 11 de novembro de 2010. O presente artigo
identifica que a sustentabilidade foi usada principalmente para agregar valor à
marca SWU, promover o consumo, aumentar os preços, diminuir os custos e, assim,
ganhar competitividade perante os concorrentes, reafirmando os princípios
clássicos da economia: menores gastos e maiores receitas.
Sob a bandeira da
sustentabilidade muita gente trabalhou de graça, foram conseguidos incentivos
fiscais e parcerias com secretarias do Meio Ambiente, além disso, bandas que
não viriam se fosse um concerto comum, simplesmente patrocinado por empresas como
Nestlé, Heineken e OI, por exemplo, vieram só porque o evento se propunha ético
e socioambientalmente comprometido. Ou seja, o uso econômico dos valores
socioambientais foi fundamental para viabilizar o modelo de negócio do SWU.
2)
ECO PUBLICIDADE
A tendência na publicidade
mundial tem sido buscar equilíbrio e modernidade, segundo Ethel Shiraishi
Pereira. Sob essa perspectiva a eco publicidade faz comunicação com
responsabilidade ambiental. As campanhas eco publicitárias vão muito além da
simples utilização de materiais reciclados, incentivam o uso de mídias menos
agressivas, mais atraentes e econômicas, mitigam a quantidade de dejetos produzidos
pela campanha, utilizam materiais e processos de baixo impacto ambiental.
Os exemplos mais comuns são os
usos de mídias digitais, de tintas à base de água ou de base vegetal, nas quais
o petróleo é substituído pelo óleo de soja, e de papéis reciclados e de
reflorestamento, sem adição de cloro. A proposta de sustentabilidade começa a
ser incorporada no dia a dia das empresas realizadoras de eventos. Está
aumentando o uso de materiais reciclados e reutilizáveis; a coleta e destinação
correta dos resíduos gerados por um evento; a respectiva neutralização das
emissões de gás carbônico, por exemplo com a posterior compensação por meio do
plantio de árvores; aumentando a acessibilidade ao local em que se realiza o
evento; a racionalização do uso da água e de energia elétrica; utilização de
alimentos orgânicos; utilização de “brindes verdes” ou produzidos por
comunidades carentes; incentivo ao comércio justo; promoção de ações sociais,
culturais e de campanhas educativas, de incentivo à preservação ambiental.
Dessa forma, a eco publicidade
busca associar o marketing do produto e a imagem da empresa às boas práticas
ambientais. Para tanto, precisa utilizar parceiros e fornecedores que também
sejam comprometidos com a produção de baixo impacto ambiental, de preferência
certificados o que, via de regra, aumenta o preço de produção.
Segundo bem ressalta Ethel Shiraishi Pereira:
os eventos considerados sustentáveis estão contribuindo para a
legitimação dos discursos organizacionais que, cada vez mais, se apropriam do
termo “sustentabilidade” para, diante da
impossibilidade de ocultar o quanto suas ações estão prejudicando o meio
ambiente, demonstrar aos seus públicos de interesse que estão preocupadas com
as questões ambientais (...) Como mecanismo de legitimação de seus discursos
organizacionais, as empresas fazem uso intenso do conceito de desenvolvimento
sustentável e passam a promover ações muitas vezes calcadas em estratégias de
marketing e de relações públicas apenas visando à promoção de sua imagem junto
à sociedade, cada vez mais exigente de seus direitos como consumidores e
cidadãos. (PEREIRA,
2010: 91-107)
3)
GREENWASH
Muitas empresas não adotam
condutas verdadeiramente socio ambientais mas por meio do greenwash vendem
falsa imagem de "verde". A TerraChoice Environmental Marketing,
consultoria especializada em produtos sustentáveis, realizou pesquisa sobre a
confiabilidade de mais de mil itens supostamente sustentáveis, no Canadá e EUA.
A conclusão do estudo foi que 99,9% dos produtos que se propunham sustentáveis eram
uma enganação completa ou, pelo menos, dúbios. Surpreendentemente, apenas um
produto, um papel higiênico produzido sem cloro e com conteúdo reciclado
cumpria o que anunciava.
Em 57% dos itens foi dado destaque
para uma qualidade real do produto mas que desvia a atenção de outros
problemas. Por exemplo, papéis reciclados branqueados com cloro e eletrônicos que
ajudam a economizar energia, mas que ao mesmo tempo possuem altos teores de
metais pesados.
A 26% dos produtos faltava
comprovação de que os diferenciais sustentáveis do produto são reais. São os
casos dos rótulos dos produtos que se dizem orgânicos ou não terem sido testados
em animais, mas que a empresa produtora não consegue comprovar essas
qualidades.
Em 11% dos casos os produtos
trazem expressões vagas e ambíguas, como ser “livre de substâncias químicas”,
“atóxico”, “verde”, “100% natural”, uma bobagem considerando, por exemplo, que
todos os elementos da natureza são químicos.
Há ainda os casos de mentiras,
erros, omissões e informações irrelevantes que correspondem a 6% dos casos.
Embalagens de aerossóis que indicam não conter CFC, por exemplo, são
irrelevantes pois desde o Protocolo de Montreal, de 1987, o gás, nocivo à
camada de ozônio, foi proibido para todos os aerossóis.
A técnica expúria do greenwash é
muito vantajosa pois os consumidores conscientes aceitam pagar um preço maior
por um produto ecológico mas ao mesmo tempo, no ato da compra, são
completamente hipossuficientes para comprovar se o que está sendo anunciado tem
sido cumprido na prática ou corresponde a um efetivo ganho de sustentabilidade
se comparado às linhas de produção similares não sustentavéis.
A difusão dessa prática enganosa
presta um desserviço à causa ambiental. Ao confundirem os consumidores, geram
ceticismo, e com isso justificam atitudes de não comprometimento. A atuação da
sociedade civil e esforços de regulação como as regras previstas na ISO 14021 podem
colaborar para combater a prática abusiva.
4)
ESTUDO DE CASO:
O SWU
O SWU (sigla em inglês para
Começa Com Você) era para ser uma mega campanha publicitária de comunicação de
massa em defesa da sustentabilidade, traduzida em uma plataforma de informação
e entretenimento. Em seu site o SWU pretende ser um movimento de
conscientização em prol da sustentabilidade. Sob os valores de paz, amor,
consciência e atitude, teria o intuito de mobilizar o maior número possível de
pessoas para a causa da sustentabilidade. Sua finalidade seria mostrar que, por
meio de pequenas ações individuais praticadas no dia a dia, as pessoas podem
ajudar a construir um mundo melhor para se viver.
O idealizador do movimento foi
Eduardo Fischer, presidente do Grupo Totalcom, holding de agências
publicitárias com atuação no Brasil, na Argentina e em Portugal e cujo capital
social é 100% brasileiro. Contou com a parceria da produtora de shows The
Groove Concept e da Consultoria Visão Sustentável. Os principais patrocinadores
foram Nestlé, Heineken e OI.
A premissa do movimento seria que
pequenas atitudes podem gerar grandes mudanças.
A manifestação empírica desse
movimento se deu durante os dias 9, 10 e 11 de outubro de 2010, na fazenda
Maeda, em Itu (SP) com a realização do Fórum Global de Sustentabilidade e do
Music and Arts Festival, para um público de 164,5 mil pessoas.
a)
Primeira parte
do evento: Fórum Global de Sustentabilidade
O Fórum funcionou entre 12h e
14h40, com apresentações de palestrantes e debates sobre os temas Negócios
Sustentáveis, Inclusão de Minorias e Jovens e Meio Ambiente. A participação do
público, contudo, ficou muito reduzida. Apenas 3 mil pessoas compareceram às 29
palestras de convidados nacionais e internacionais. Algumas das razões que
podem ser apontadas para esse insucesso são, primeiro, o horário exíguo e
desvinculado dos eventos do festival de música e, segundo, problemas práticos,
como o comprometimento de boa parte do público alvo dessas palestras com as
filas dos banhos ou para alimentação.
O fórum deveria ficar aberto
durante todo o evento. Suas palestras deveriam ter sido gravadas e
disponibilizadas para o público que chegasse fora do horário. E depois na
internet para o público em geral.
Deveria haver ações inclusivas
que envolvessem as pessoas que já estivessem no evento no horário das palestra.
Mas nem a programação o público recebia. As pessoas do camping estavam presas
às filas do banho ou às do restaurante, não podendo comparecer. E não havia
estímulos para a participação. As ONGs poderiam ter sido acionadas para isso.
Atividades lúdicas e inclusivas poderiam ter sido implementadas para despertar
o interesse do público e consequentemente aumentado a audiência dessas
palestras.
Todo o material produzido pelos
24 speakers e outros 20 convidados entre especialistas, pensadores, empresários
e representantes de entidades não-governamentais, foi perdido. Se estivesse
disponível de forma mais abrangente durante o evento e depois na internet, poderia
estar repercutindo até o momento.
b)
Segunda parte do
evento: Music and Arts Festival
O festival de música teve 74
atrações musicais, 700 músicos nos palcos e mais de 50 horas de música. Começava
por volta das 15h e terminava depois das 2h, com shows de diversas bandas
distribuídos por 4 palcos. Essa parte foi um sucesso, com exceção de alguns
atrasos, como por exemplo do show do Pixies e falhas técnicas, como a falta de
som e de imagem durante a apresentação do Rage Against the Machine.
No dia 9 de outubro, no Palco
Água, se apresentaram: 15h45 - Brothers of Brazil, 16h50 - Macaco Bong, 18h40 –
Mutantes, 20h55 - The Mars Volta. No
Palco Ar: 16h15 - Black Drawing Chalks, 17h35 - Infectious Grooves, 19h50 - Los
Hermanos, 22h05 - Rage Against the Machine. Na Tenda Heineken Greenspace: 15h –
Glocal, 16h - Killer on the Dance Floor, 17h - The Twelves, 18h – Switch, 19h15
– MSTRKRFT, 20h45 - The Crystal Method, 23h59 - DJ Marky, 01h15 - Steve Angelo.
No Palco Oi Novo Som:
14h40 - Banda Batalha das Bandas, 15h20 - Letuce + qinhO, 16h10 - Sobrado 112, 17h
– Superguidis, 17h50 - Curumin & The Aipins, 18h45 - Mallu Magalhães, 19h45
- Cidadão Instigado, 20h50 - The Apples in stereo.
No dia 10 de outubro, no Palco
Água: 14h - Ilo Ferreira, 15h40 - Jota Quest, 17h45 - Sublime with Rome, 19h55
- Joss Stone, 22h55 - Kings of Leon. No Palco Ar: 14h50 - Teatro Mágico, 16h40
- Capital Inicial, 18h45 - Regina Spektor, 21h - Dave Matthews Band. Na Tenda
Heineken Greenspace: 16h30 - Mario Fischetti, 17h45 - Nike Warren, 19h - Life
is a Loop, 20h15 - Sander Kleinenberg, 21h30 - Roger Sanchez, 22h45 – Sharam, 00h15
- Markus Schulz. No Palco Oi Novo Som: 14h40 - Banda Batalha das Bandas, 15h20
- Luisa Maita, 16h20 – Volver, 17h20 - Lucas Santtana, 18h30 - Tulipa Ruiz, 19h40
- Rubinho e a Força Bruta, 20h50 - Bomba Estéreo, 22h10 – Otto.
No dia 11 de outubro, no Palco
Água: 15h05 – Gloria, 16h10 – Rahzel, 17h45 - Cavalera Conspiracy, 19h55 –
Incubus, 22h20 – Pixies, 01h35 – Tiesto. No Palco Ar: 14h30 - Alan Johanes, 15h35 – Crashdiet, 17h
- Yo La Tengo, 18h50 - Avenged Sevenfold, 20h55 - Queens of the Stone Age, 23h25
- Linkin Park. Na Tenda Heineken Greenspace: 15h30 - Anderson Noise, 16h45 -
Anthony Rother, 18h – Aeroplane, 19h15 - Mix Hell, 20h30 - Gui Boratto, 21h45 -
Erol Alkan. No Palco
Oi Novo Som: 14h40 - Banda Batalha das Bandas, 15h30 – Tono, 16h30 - Fino
Coletivo, 17h30 – Mombojó, 18h35 – Autoramas, 19h40 - BNegão & Seletores de
Frequência, 20h50 - Josh Rouse, 22h10 - CSS (Cansei de Ser Sexy)
O festival de arte recebeu
instalações de Eduardo Srur, Urban Trash Art, Bijari, Oficina Jamac, Flávia
Vivacqua, Cooperaacs. Além disso, promoveu a exposição “Brasil em Chamas” em
homenagem a Frans Krajcberg, sob curadoria de Sergio Caribe, com 7 esculturas e
8 fotos do artista. Apesar de ser permanente, ou seja, podia ser experimentado
durante o festival de música, as obras eram poucas e muito dispersas pelo
grande espaço do evento (233 mil m2) o que desestimulava o acesso e
o interesse do público.
Para quem tinha a expectativa de
encontrar obras impactantes, que causassem estranhamento e envolvessem o
público, como normalmente são as instalações do curador do festival, Eduardo
Srur, a mostra foi frustrante. Esse artista é conhecido por instalar garrafas
pet gigantes e iluminadas nas bordas do rio Tietê e por prender barracas de
camping coloridas nos prédios monocromáticos de São Paulo.
i)
Contradições da
ecopublicidade do SWU
Hans Jöhr, já em 1994, estabelece
um roteiro para a eco publicidade:
1.
colocar objetivos de marketing em termos ecológicos.
a.
Assegurar a competitividade a longo prazo dos
produtos;
b.
Definir a participação no mercado em percentagem (%) e
em faturamento (R$);
c.
Definir prazos e novos nichos de mercado para produtos
ecológicos;
d.
Ampliar a imagem e o grau de conhecimento por parte do
público das características dos produtos ambientalmente “limpos”.
2.
formular prioridades e objetivos por:
a.
linhas de produtos ou produtos individuais;
b.
segmentação de grupos ou classes de poder aquisitivo;
c.
regiões ou estados
3.
planejar ações de marketing integralmente com a
produção.
a.
Desenvolver produtos com materiais recicláveis ou
reutilizáveis, que sejam produzidos sem agredir o meio ambiente (por exemplo,
certos tipos de plásticos).
4.
dar destaque à publicidade, relações públicas e mídia.
a.
Manter um bom relacionamento com a mídia;
b.
Usar a nova onda de preocupações do consumidor com o
meio ambiente e reforçá-la através de propaganda;
c.
Com argumentos ecologicamente corretos, criar uma
imagem forte da empresa comprometendo-se com a ecologia;
d.
Utilizar argumentos absolutamente verdadeiros, que
possam ser verificados e controlados;
e.
Participar com “ações ambientalistas” na comunidade
vizinha à empresa, como forma de apoio institucionalizado (participar em ONGs,
por exemplo)..
5.
na política de distribuição.
a.
Na logística, utilizar transportes menos poluidores e
mais econômicos em energia;
b.
Negociar, entre fornecedor e comerciante, canais de
distribuição que facilitem a redistribuição de materiais de reciclagem
6.
na política de preços e de promoções.
a.
Se os preços dos produtos ecológicos estão mais altos
que os dos concorrentes, explicar detalhadamente o porquê da diferença (a
diferenciação de preço pelo plus da ecologia);
b.
Verificar se os produtos mais caros podem ser
barateados através de um mix de preços com os outros produtos.
7.
na organização do marketing.
a.
Verificar se todos os integrantes da organização estão
vestindo a camisa,
b.
Fornecer todas as informações e treinar o pessoal de
marketing;
c.
Criar uma “identidade ecológica” que garanta
comportamentos adequados (jamais pregar um princípio ou norma de conduta se
você não acredita...);
d.
Estabelecer um núcleo ecológico formado por membros
responsáveis de marketing, que devem se reportar à diretoria da empresa nas
ações planejadas;
e.
Criar um sistema de informações com a simulação de que
tenham sido realmente atingidos os objetivos (por exemplo, controlling
ecológico e sistemas de bônus ou gratificações). (JÖHR, 1994: 14-17)
O roteiro de Hans Jöhr foi em
grande parte seguido pela equipe do SWU, mas houve falhas. Apesar de propor a
reciclagem do lixo produzido, o evento não utilizou produtos com materiais
recicláveis ou reutilizáveis, que tivessem sido produzidos sem agredir o meio
ambiente.
A atuação das ONGS foi muito
limitada. As “ações ambientalistas” na comunidade vizinha limitaram-se ao uso
de cooperativas para reciclagem de lixo. Um grande número de pessoas de Itú
poderia ter sido mobilizada para prestar serviços ou fornecer produtos para o
evento. Poderia haver uma tenda de frutas e legumes produzidos na região, por
exemplo.
Os preços altos, as demoras e as
filas para os produtos e serviços disponíveis no SWU eram justificados apenas
de forma abstrata como ecológicos. Não havia uma explicação detalhada sobre o porquê da diferença. Pelo
contrário, a diferenciação de preço e tempo pelo plus da ecologia foi percebida
pelo público como engodo, para justificar lucros maiores.
Além disso, a camisa da sustentabilidade
não foi vestida por todos os trabalhadores do evento. Lixo e bitucas eram
jogados no chão pela equipe uniformizada do evento. Houve mal tratamento dos
prestadores de serviço de limpeza que foram deixados esperando, sem almoço,
sentados no chão do lado de fora do evento. E portadores de necessidades
especiais foram protelados em detrimento das equipes de cobertura jornalística,
por exemplo
O eco capitalismo é uma
modalidade ainda mais insustentável que o capitalismo tradicional. Pois na
ótica do menor preço com maior benefício, pelo menos a água e a comida,
condições para sobrevivência tendem a ser garantidas pelo sistema. Sob o eco
capitalismo, contudo, a exploração vai mais além, sob a desculpa de se promover
a sustentabilidade praticam-se preços abusivos, limitando o acesso das pessoas
até aos bens de sobrevivência.
Os preços da comida e da água no
SWU eram exorbitantes. Não se promovia a agricultura local, nem o uso
consciente de recursos, pelo contrário. A luz ficava acesa 24horas no camping
mas nos toilletes não havia luz. A água do chuveiro era potável e trazida por
carros pipa a diesel, sem ser reutilizada. No banho, uma vez aberta a torneira,
não havia meio de fechá-la para ensaboar-se, por exemplo, o fluxo de água
corria ininterruptamente por 7 minutos. Não havia pias, as pessoas tinham de
usar água mineral (R$4 cada 250ml) para escovar os dentes e lavar as mãos, por
exemplo.
Ao chegar ao evento, o público
não recebia a programação, mas um termo de responsabilidade (que inclusive era impresso
em papel grosso e com tinta forte, nada econômica). A pessoa sem a programação
fica desinteressada e sujeita ao comportamento de matilha. Não participa das
atividades do Fórum por exemplo, ou porque não está sabendo quais serão os
temas a serem discutidos ou porque ninguém está indo para lá.
O comportamento sustentável
deveria ser promovido por ações mais diretas e participativas. A comunicação
falhou não só na versão impressa (divulgação da programação) como na
oportunidade de estabelecer vínculos e promover a disseminação do conhecimento
por meio de interações lúdicas e participativas.
Além disso, sob a bandeira da
sustentabilidade muita gente trabalhou de graça e foram conseguidos incentivos
fiscais e parcerias com secretarias do Meio Ambiente. Bandas que não viriam se
fosse um concerto comum ou patrocinado por uma empresa de cervejas, por
exemplo, vieram só por ter essa vinculação ética.
ii)
Descumprimento
do Plano de Ações de Sustentabilidade de 13 de setembro de 2010 (ANEXO 2)
Em contraste com o compromisso de
respeito aos direitos humanos e trabalhistas, foi possível presenciar protesto
de funcionários terceirizados da empresa T e J que foram deixados horas
esperando sem comer e em pé. “Ninguém aqui e bicho! Tem gente desmaiando de
fome!” Essas eram algumas das frases gritadas pelos terceirizados.
Não havia cadeiras ou bancos onde
gestantes e idosos pudessem sentar e os portadores de necessidades especiais
tinham de disputar lugar com as equipes de televisão que usavam o espaço
reservado aos PNEs para conseguir uma visão melhor do palco. Os PNEs eram,
inclusive, algumas vezes, impedidos de entrar na plataforma com vista
privilegiada dos palcos em tese reservada para eles em virtude da movimentação
no acesso e das equipes televisivas. Esses fatos violam a cláusula de
não-discriminação.
A autora não recebeu assistência
nem notou a presença de voluntários, que segundo o Plano de Ações de
Sustentabilidade, estariam disponíveis para qualquer ajuda, ou disponíveis para
passar informações e dicas de sustentabilidade.
A presença das ONGs no festival,
foi muito restrita. Não puderam levar número suficiente de voluntários para
implementar ações proativas e ficaram confinadas a um espaço exclusivo,
longínquo, que não despertava o interesse do público em geral.
Da mesma forma o Fórum Global de
Sustentabilidade, ficou limitado a horário específico e distante do grande
público. Ficou perdido o material produzido pelos especialistas, pensadores,
empresários, representantes de entidades não-governamentais e de outras
iniciativas para discutir com o público alguns dos principais temas da
sustentabilidade. Não houve disponibilização desse material nem durante o
evento nem depois online.
Violou-se ainda o compromisso de
inclusão social, uma vez que todos os alimentos e bebidas eram provenientes de
grandes redes. Não houve contratação de mão-de-obra local e pequenos
fornecedores a não ser para lidar com o lixo.
Também foi desrespeitada a
cláusula Saúde e Segurança pois o público não teve um canal direto para
reportar qualquer abuso, conforme estava previsto. Durante os três dias a
autora tentou, sem sucesso entrar em contato com alguém da produção que se
responsabilizasse pelas falhas. Todos os contatados disseram não saber com quem
entrar em contato. A
única saída seria, segundo todos, mandar um email. Ocorre que aos emails a
produção também não respondia (nem antes do evento, nem durante, nem depois).
Somente no dia 20 e outubro, depois de diversas tentativas, a autora conseguiu
estabelecer contato com a equipe do SWU por email, no endereço: info@swu.com.br, do qual retirou a maior
parte dos números trazidos por este trabalho.
Com relação ao estímulo ao uso de
transporte público, houve o contrário, um desestímulo ao transporte público e o
uso insustentável dos meios de transporte. O ônibus de São Paulo passava pela
frente da fazenda Maeda, mas ia até Itu, para depois outro ônibus ser tomado
para a Fazenda, o que origina gasto extra de combustível por pelo menos 40 minutos.
Além disso, o ônibus não estava informado sobre onde deveria deixar os
diferentes públicos, assim, os campistas foram deixados em outro lugar, quando
deveriam ter sido deixados no setor de triagem, perdendo o show e se
arrependendo por não terem vindo de carro.
Com relação ao descarte de
resíduos a falha foi a mais evidente. Ao invés de serem implantadas ações para
a redução da quantidade de resíduos sólidos, sempre que possível, conforme
previa o Plano de Ações de Sustentabilidade, cada pessoa que consumia cerveja
por exemplo usava não só a latinha como um copo descartável.
5)
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A comunicação pode ser entendida
como a constituição de vínculos, de interação, de interiorização no espaço do
outro, sendo a vida social a somatória desses vínculos dinâmicos, submetidos às
condições de tempo e espaço. Na atualidade, principalmente nos espaços
virtuais, estamos submetidos a uma quantidade enorme de informações que
consomem nosso tempo mas não necessariamente estabelecem ou despertam vínculos.
A maioria dessas informações não
conseguem entrar no espaço (físico e simbólico) do outro porque não admitem o
diálogo. Comunicar a mensagem é sempre estar na passagem, no meio, entre o si
mesmo e o outro, na zona de perigo, na área da sedução, no crepúsculo de si
mesmo e na zona obscura do outro (BAITELLO in Menezes 2005). Portanto não se
estabelece comunicação com a mera informação.
O SWU seria uma ótima oportunidade de se estabelecer esses diálogos para
promover uma eficaz comunicação sobre sustentabilidade.
Os eventos tipo o SWU têm um
potencial enorme para estimular o diálogo de maneira simétrica e abrangente,
colaborando, assim, para a melhor comunicação de uma mensagem. É possível
atingir os objetivos de negócios dos patrocinadores e organizadores, ao mesmo
tempo atendendo aos preceitos éticos da sustentabilidade. Para tanto os eventos
devem ser utilizados como canais de mão
dupla, para harmonizar os interesses das organizações e do público, por meio do
estabelecimento de canais de diálogo que promovam o encontro público de
interessados em uma determinada temática, favorecendo a compreensão mútua e a
busca por soluções de problemas comuns. Por meio de discursos e diálogos
convergentes em direção a práticas sustentáveis será viável uma transformação
em larga escala dos valores e comportamentos humanos.
Contudo, quanto mais avança a
capacidade dos seres humanos de se comunicarem, mais aumentam as dificuldades,
os entraves, as distorções. Assim, a comunicação concorre com a incomunicação
em todas as oportunidades de se manifestarem. Especificamente com relação à
comunicação ecológica, segundo José S. García e Maria S. Santiso, ela está
sujeita a um duplo condicionamento: econômico e social. O primeiro faz com que
a empresa busque o equilíbrio entre as necessidades de lucro, a satisfação do
cliente e o menor impacto possível no meio ambiente. Pela perspectiva social,
busca estimular e facilitar a aceitação de ideias, atitudes ou comportamentos
sociais benéficos à sociedade em geral ou que buscam reprimir atitudes
prejudiciais. Se enquadram nessa perspectiva as ações educativas e
informacionais bem como a atuação da empresa no seu entorno natural promovendo
a defesa do meio ambiente.
Podem fazer parte dessa
perspectiva social ações de descomunicação ou de desmarketing para desestimular
a compra de produtos que se usam uma única vez (GARCÍA e SANTISO 2010:12), como
as campanhas para diminuição do uso de copos descartáveis, estimulando o uso de
produtos duradouros ou reutilizáveis. No SWU essa descomunicação que é positiva
não estava evidente, mas sim a incomunicação, o ruído, as mensagens truncadas
que causam ceticismo ao invés de engajamento socioambiental.
Dentro do contexto de um mundo
marcado quer pela inflação de imagens e sons, como pela dificuldade em se ver e
ouvir em profundidade (Menezes 2007), a comunicação do SWU deveria ser
interativa e orquestral. Perdeu-se uma importante oportunidade para usar o ouvir
como disposição para sermos tocados pelas idéias da sustentabilidade, pela sua
aplicabilidade e eficiência econômica.
Afinal, desperdício de recursos
ambientais representa cada vez mais custos, as empresas que não investirem em
tecnologias verdes e em efetivo comprometimento socioambiental vão perder
competitividade. Visto por esse prisma, os ideais verdes se tornam bem
pragmáticos. Sustentabilidade seria garantir rentabilidade com ética e
responsabilidade socioambiental, sem maquiagem verde, mas com efetivo
comprometimento. Pouco adianta executivos e formadores de opinião pensarem em
ações isoladas, dissimuladoras. Têm de investir em tecnologia e em governança,
para criar uma estrutura que propicie a sustentabilidade. Só assim será
possível aproveitar a janela de oportunidade e se lançar a frente dos
concorrentes, para implementar um modelo de negócio rentável e
socioambientalmente responsável.
As iniciativas comunicacionais do
SWU, contudo, foram estruturadas de acordo com a lógica do eco marketing e do greenwash,
suas ações não foram verdadeiramente sustentáveis. Ao SWU, portanto, faltou
ação política, foi apenas um mega evento de entretenimento (por sinal muito
bom, com excelentes bandas em um lugar agradável). Seria possível atingir os
objetivos de negócios dos patrocinadores e organizadores, ao mesmo tempo
atendendo aos preceitos éticos da sustentabilidade socioambiental. O SWU foi
uma tentativa nesse sentido, e, portanto, deve ser estudado, mas está repleto
de problemas, há muito ainda o que melhorar.
Referências bibliográficas:
CASTELLS, Manuel. Communication power.
New York: Oxford, 2009
CHAMORRO, A.; MIRANDA, F.J; RUBIO, S. El estado de la
investigación sobre marketing ecológico en España. Disponível em http://dialnet.unirioja.es/servlet/fichero_articulo?codigo=2153375&orden=0
Acesso em 29 de novembro de 2010.
DENNY, Danielle. O festival SWU: entre a proposta socioambiental
e a prática do eco-marketing. Artigo apresentado no MUSIMID 2011. Disponível em
http://www.musimid.mus.br/7encontro/MusiMid7_ResumoseProgramacao.pdf
. Acesso em 2 de novembro de 2011.
DENNY, Ercílio Pós Modernidade: Desafios Educacionais in
Experiência e Liberdade. Editora Opinião. Capivari. 2003
DOMINGOS, Sabrina. Greenwash: empresas
vendem falsa imagem "verde". Disponível em http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/greenwash-empresas-vendem-falsa-imagem/
. Acesso em 03 de dezembro de 2011.
FLORIDI, Luciano. Information – A Very Short Introduction.Oxford
University Press, 2010
FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: por uma filosofia do design
e da comunicação. São Paulo: Cosac Naif, 2007.
GALLOWAY, Alexarder. Protocol: how
control exists after decentralization. New York, London: MIT Press, 2004.
GARCÍA, José Sixto; SANTISO, María Salgueiro. Comunicação
ambiental para o século XXI. Comunicação & Educação, São Paulo, ano 15,
n.2, CCA/ECA/USP/Paulinas, p. 69-76, 2010
JÖHR, Hans. O verde é negócio. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1994.
KUNSCH, Margarida Maria Krohling; OLIVEIRA, Ivone de Lourdes
(Org.). A comunicação na gestão da sustentabilidade das organizações. São
Caetano do Sul: Difusão, 2009.
LIMA JUNIOR,Walter Teixeira.
Jornalismo computacional em função da “Era do Big Data”. Líbero – São Paulo –
v. 14, n. 28, p. 45-52, dez. de 2011. Disponível em http://www.casperlibero.edu.br/rep_arquivos/2011/12/12/1323717839.pdf . Acesso em 03 de dezembro de 2011.
LIMA JUNIOR, Walter Teixeira. Mídias sociais conectadas e
jornalismo participativo. In: MARQUES, Ângela et al. Esfera pública, redes e
jornalismo. Rio de Janeiro: E-papers, 2009
MEDITSCH, Eduardo (Org.). Teorias do rádio: textos e contextos.
Florianópolis, SC: Insular, 2005 (v.1)
MENEZES, José Eugenio de O (organizador). Os meios da
incomunicação. São Paulo: Annablume, 2005
MENEZES, José Eugenio de O. Editorial da Revista Ghrebh.
Disponível em: http://revista.cisc.org.br/ghrebh9/artigo.php?id=editorial&dir=artigos.
Acesso em 15 de outubro de 2010.
PEREIRA, Ethel Shiraishi. Isso não tem importancia: eventos e
sustentabilidade na sociedade do espetáculo. Communicare : Revista de Pesquisa,
São Paulo , v. 10, n. 1, p. 91-107, jan. 2010.
PRAKASH,
Aseem. Greenmarketing, public policy and managerial strategies. Disponível em www.greeneconomics.net/GreenMarketing.pdf Acesso em 29 de novembro de 2010.
PROSS, Harry. Estructura simbólica del poder. Barcelona: Gustavo
Gili, 1980. 177 p.
SHAPIRO, Carl; VARIAN, Hal R. A economia da informação: como os
princípios econômicos se aplicam à era da Internet. Rio de Janeiro: Campus,
1999.
SRUR, Eduardo. Fotos das intervenções mais conhecidas do
artista, curador do Festival de Arte do SWU. Disponível em http://www.flickr.com/photos/eduardosrur/collections/72157624103087120/.
Acesso em 29 de novembro de 2010.
SWU. Compromisso público de sustentabilidade. Disponível em http://www.swu.com.br/pt/movimento-swu/swu-compromisso-publico-de-sustentabilidade/.
Acesso em 22 de novembro de 2010.
SWU. Plano de ações de sustentabilidade. Disponível em http://www.swu.com.br/pt/swu/noticias-swu/swu-plano-de-acoes-de-sustentabilidade/
Acesso em 22 de novembro de 2010.
WINKIN, Yves. A nova comunicação: da teoria ao trabalho de
campo. Campinas,SP: Papirus, 1998.
WULF, Christoph. O ouvido. Disponível em: http://revista.cisc.org.br/ghrebh9/artigo.php?dir=artigos&id=WulfPort
. Acesso em 15 de outubro de 2010.
Anexo 1
SWU – Compromisso Público de
Sustentabilidade
19 07 2010
O movimento Starts With You (SWU) e o
festival que vem para celebrá-lo têm como principais objetivos inspirar,
conscientizar e mobilizar, demonstrando que a sustentabilidade pode estar
presente em todas as ações e contribuindo para o estabelecimento de práticas
sustentáveis de forma inovadora.Estamos atentos aos possíveis impactos de nossas atividades e afirmamos o compromisso de, em todos os eventos e ações, aplicar os princípios e padrões reconhecidos de ética, sustentabilidade, saúde e segurança e cumprir a legislação nacional.
Apresentamos, assim, os valores e diretrizes gerais que regulam o relacionamento com todos os nossos públicos e parceiros. Para saber mais detalhes de como cada um desses princípios será colocado em prática, leia nosso Plano de Ações.
Princípios, Diretrizes e Ações de Sustentabilidade do SWU
1. Direitos Humanos
Em todas as nossas atividades, atuamos conforme os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros padrões e tratados internacionais e não toleramos condições de trabalho degradantes, trabalho infantil, forçado ou análogo ao escravo.
2. Direitos do Trabalho
Além de estarmos de acordo com a legislação trabalhista nacional, buscamos oferecer condições de trabalho adequadas a todos os que participam ou venham a participar da realização das ações e eventos. Cumprimos também todas as exigências, normas regulamentadoras e convenções legais pertinentes às relações e ambiente de trabalho, aplicáveis às nossas atividades.
3. Não-discriminação
Não aceitamos nenhuma forma de discriminação em função de cor, sexo, opção sexual, religião, origem, classe social, idade ou condições físicas nas relações com todos os nossos públicos.
4. Educação
Queremos
5. Inclusão Social
Em nossas contratações de serviços, daremos preferência, sempre que possível, à mão de obra local, cooperativas e micro e pequenos fornecedores, contribuindo assim para a geração de renda e inclusão social.
6. Saúde e Segurança
Empenhamos-nos para propiciar um ambiente saudável e seguro a todos os envolvidos em nossas atividades e eventos, por meio do estabelecimento de padrões rígidos de saúde e segurança, da avaliação de possíveis riscos e definição de procedimentos para evitá-los.
7. Engajamento de Stakeholders
Acreditamos que o engajamento de todas as partes interessadas é essencial para a obtenção de nossos objetivos. Queremos construir relacionamentos de troca e apoio que contribuam para fortalecer e difundir valores comuns. Assim, buscamos estabelecer parcerias, realizar trabalhos conjuntos e de inclusão com as comunidades e compartilhar nossas diretrizes de sustentabilidade com todos os nossos públicos.
8. Transparência, ética e combate à corrupção
O relacionamento com todos os parceiros deve ser baseado em ética e transparência. Além disso, repudiamos e combatemos a corrupção em todas as suas formas e não aceitamos parcerias com instituições de idoneidade duvidosa.
9. Legislação Ambiental
Todas as nossas atividades e de nossos parceiros devem estar em conformidade com leis e regulamentos ambientais.
10. Baixo Impacto Ambiental
Buscaremos sempre reduzir, compensar ou eliminar nossos impactos ambientais. Dessa forma, em todos os nossos eventos e ações, buscaremos cumprir com os seguintes aspectos e metas: a) realização de eventos de baixo carbono e desenvolvimento de processos para redução e mitigação das emissões de gases poluentes; b) preferência pelo uso de materiais reciclados ou recicláveis e que tenham origem certificadas de acordo com padrões sócio-ambientais; c) destinação correta dos resíduos; d) desenvolvimento de processos para baixo consumo de água e energia; e) revitalização da área do festival.
Anexo 2
SWU – Plano de Ações de Sustentabilidade
13 09 2010
Que tal ficar por dentro e entender o
tamanho do nosso Movimento?
Reforçando os objetivos explicitados
a. Direitos Humanos
Para assegurar que os princípios da
Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros padrões e tratados
internacionais sejam cumpridos em todas as etapas da organização do Festival,
os fornecedores envolvidos estão assinando o Manual do Fornecedor.
b. Direitos do Trabalho
Por meio do Manual do Fornecedor,
assinado por todas as empresas envolvidas no Festival, garantimos que essas
atuem de acordo com a legislação trabalhista nacional, assim como os
organizadores do evento. Cumprimos também todas as exigências, normas
regulamentadoras e convenções legais pertinentes às relações e ambiente de
trabalho, aplicáveis às nossas atividades.
c. Não-discriminação
Na relação com todos os nossos
públicos, não é aceita nenhuma forma de discriminação em função de cor, sexo,
orientação sexual, religião, origem, classe social, idade ou condições físicas,
o que também é assegurado pelo nosso Manual do Fornecedor. No caso dos
portadores de necessidades especiais, daremos toda a assistência necessária:• Vagas reservadas nos estacionamentos;
• Entrada exclusiva;
• Assistência na locomoção dentro da arena do festival;
• Banheiros adaptados;
• Plataforma com vista privilegiada dos palcos;
• Atendimento preferencial nas praças de alimentação;
• Assistência de voluntários para qualquer ajuda.
d. Educação em Sustentabilidade
Buscamos conscientizar, mobilizar e
transmitir os valores da sustentabilidade a todos que estiverem de alguma forma
no movimento e no festival, seja como participante, seja na organização. Dessa
forma, esse objetivo está em toda nossa linha de ação.
Antes do evento
A educação em sustentabilidade está
presente em nossas campanhas publicitárias, nas ações realizadas com
estudantes, nos flash mobs e em nossa comunicação online, por meio do nosso
site e de redes sociais.Além disso, todos os fornecedores participarão de um treinamento coletivo para conhecer: o Compromisso Público de Sustentabilidade, o Plano de Ação, o Manual do Fornecedor e um Guia com condutas a serem seguidas durante a execução dos trabalhos relacionados ao festival.
Durante o festival
No festival, uma equipe de voluntários
irá atuar junto ao público com o intuito de passar informações e dicas de
sustentabilidade. Teremos também grande volume de comunicação visual com
mensagens e dicas relacionadas ao tema e apresentação de diversas práticas
sustentáveis para educação e conscientização do participante.Para endossar a proposta SWU, contaremos com a presença de ONGs no festival: será disponibilizado um espaço exclusivo para que essas organizações possam expor e apresentar ao público presente os trabalhos que desenvolvem.
Por fim, teremos o Fórum Global de Sustentabilidade, que, ao longo dos três dias do evento, trará especialistas, pensadores, empresários, representantes de entidades não-governamentais e de outras iniciativas para discutir com o público alguns dos principais temas da sustentabilidade. Os debates serão realizados sob uma grande tenda montada dentro do espaço do festival. Durante os três dias serão abordadas questões como Negócios Sustentáveis (desenvolvimento de produtos e economia verde), Inclusão e Minorias (o papel das mulheres, dos grupos regionais e outras minorias e o trabalho social em comunidades), Jovens e Meio Ambiente (como a geração do futuro pode contribuir, desde já, para a construção de um mundo sustentável).
e. Inclusão Social
Para contribuir com a geração de renda
e a inclusão social, vamos contratar mão-de-obra local e pequenos fornecedores.
Assim, haverá contratação de cooperativas regionais (Itu e Salto), para
trabalharem no tratamento de todo o resíduo do festival, e de uma cooperativa
da cidade de São Paulo, especializada em móveis recicláveis. São elas:
COMAREI – ITU
Cooperativa de recicláveis que tem
como objetivos o cooperativismo, a capacitação e a profissionalização dos
catadores como agentes da limpeza e proteção ambiental.
Atende 45 famílias através da coleta, triagem e venda dos materiais recicláveis
às indústrias recicladoras. Tem uma ação inovadora por ser a responsável pela
coleta seletiva de lixo em toda cidade de Itu, sendo referência
CORBES – SALTO
Cooperativa de Reciclagem Boa
Esperança, localizada na cidade de Salto, desenvolve ações que proporcionam a
acentuação dos valores difundidos pelo cooperativismo, com distribuição de
renda e agregação de valor ao trabalho; sensibilização da população para a
reciclagem; e a validação do papel do catador como agente ambiental, primeiro
elo da cadeia produtiva da reciclagem. Recentemente, a Corbes recebeu o
certificado internacional “Best Practices”, como uma das melhores práticas
sócio-ambientais do planeta, ganhando notoriedade mundial. Dar um destino útil
ao lixo é uma excelente alternativa para a preservação do meio ambiente e
também aumentar postos de trabalho. Na Corbes, por exemplo, atualmente, existem
43 cooperados, que sobrevivem deste serviço e que estarão presentes no
festival.
ARTE EM
PNEUS ASSOCIAÇÃO ARTESANAL – SÃO PAULO
É formada por Ecodesigners que
promovem saberes sustentáveis e consciência ecológica. Auxiliam o
desenvolvimento criativo e mostram caminhos para despertar o artista dentro de
cada um, com respeito ao aprendizado mútuo e contínuo na relação do Facilitador
com o grupo. São profissionais com experiência, que defendem com propriedade o
conceito vivenciado e desenvolvido dia-a-dia pela Associação Artesanal que tem
foco no estímulo criativo e na prática de atitudes ecológicas, assim
denominados Multiplicadores, pois replicam técnicas artesanais de transformação
de materiais inservíveis ou descartados, para que mais pessoas possam absorver
e desenvolver esse conceito e cada vez mais limpar o Meio Ambiente. A
associação já percorreu diversas cidades para ensinar pessoas, especialmente os
jovens, a fazer dinheiro ou mobiliar suas casas com os pneus velhos. Até agora,
140 pessoas já foram capacitadas a tirar seu sustento desse tipo de reciclagem.
Eles serão os responsáveis pelo mobiliário das áreas de descanso do festival.
f. Saúde e Segurança
Por meio do nosso Manual do Fornecedor
e do treinamento oferecido antes do evento a todos os fornecedores, procuramos
garantir um ambiente saudável e seguro a todos os envolvidos em nossas
atividades.Durante o Festival, contaremos com três empresas de segurança, posto policial móvel na entrada e oficiais da polícia turística que darão todo o apoio necessário para o público. Além disso, seguranças motorizados farão patrulha constante no local. Câmeras 360° de alta definição e com infravermelho para gravar à noite vão auxiliar no monitoramento e estarão espalhadas por toda a arena. Os seguranças estarão numerados para garantir o padrão de qualidade no atendimento. O público terá um canal direto para reportar qualquer abuso. Através dessa identificação será possível substituir profissionais que não respeitarem as políticas de segurança do SWU.
O público do SWU Music and Arts Festival contará também com atendimento de saúde 24h na Arena Maeda. Serão 15 postos médicos espalhados pelo local, com profissionais qualificados, ambulâncias e um helicóptero ficará disponível para remoção, em casos de urgência.
g. Engajamento de Stakeholders
Acreditamos que o engajamento de todas
as partes interessadas é essencial para a obtenção de nossos objetivos e para a
difusão de valores comuns. Assim, buscamos estabelecer parcerias, realizar
trabalhos conjuntos e compartilhar nossas diretrizes de sustentabilidade com
todos os nossos públicos.
Fornecedores e Prestadores de Serviços em Geral
Foi criado um Manual para todos os
nossos parceiros, de forma que possamos compartilhar nossas diretrizes e
princípios e garantir que os aspectos da sustentabilidade estejam presentes em
suas atividades e na execução de seus serviços.
Endomarketing Grupo Totalcom
No lançamento da campanha, os
colaboradores do grupo Totalcom receberam um kit com ecobag, livro verde e uma
camiseta e foram convidados a assinar o manifesto do movimento, engajando-se ao
SWU. A campanha interna foi composta por uma série de peças espalhadas pela
agência para despertar o olhar dos colaboradores para as pequenas atitudes que
podem gerar grandes mudanças no ambiente de trabalho.
Guia para staff de patrocinadores
Todos os profissionais que não fazem
parte da equipe de produção do Festival, mas farão parte do evento recebem uma
cartilha contendo: conceito do movimento; guia de procedimentos dentro da área
do evento com a padronização do sistema de descarte, funcionamento da central
de reciclagem, política de redução de impactos ambientais (racionalização do
uso de recursos – energia, água e materiais, além da mitigação de carbono);
política de ética na contratação de mão de obra.
Endomarketing patrocinadores
Os patrocinadores também
lançaram campanhas internas para engajar seus funcionários no movimento SWU.
São diversas ações como: e-mail marketing, dicas e cartazes com mensagens sobre
o movimento.
Comunidade Local
O engajamento da comunidade local se
dará por meio das ações de inclusão social e contratação de fornecedores
locais, que também receberão nosso Manual do Fornecedor e o treinamento dado a
todos os outros fornecedores.
Governo
Foram realizadas ações de engajamento
com órgãos governamentais. Assim, contamos com o apoio oficial da Secretaria do
Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo e da Prefeitura de Itu.
Público em geral
Ações pré-festivalDurante os meses precedentes ao festival têm sido realizados concursos, flash mobs e campanhas, procurando comunicar e conscientizar os participantes sobre questões relacionadas à sustentabilidade. Além dessas ações, o público do festival poderá acessar, através do portal SWU, um Guia de Conduta contendo informações sobre condutas seguras e sustentáveis, como: Acesso, Lixo, Consumo Consciente, Hospedagem, Acessibilidade, Alimentação, Pertences Pessoais, Cuidados Gerais.
Ações durante festival
Em todo o recinto do evento, haverá grande volume de comunicação visual com mensagens e dicas relacionadas ao tema e apresentação de práticas diversas para educação e conscientização do participante.
h. Utilização de voluntários
Estão sendo selecionados 60
voluntários, por meio de inscrições realizadas pela internet. Esses voluntários
serão responsáveis pelo apoio aos deficientes físicos, monitoramento das ações
ambientais (central de triagem, cultura orgânica, distribuição de bota-bitucas,
informação ao público, camping e catering, praça de alimentação e acesso). O
objetivo desse recrutamento é formar multiplicadores do movimento no Festival e
nas comunidades em que atuam. Esse grupo, chamado de Angels, tem a oportunidade
de ver o festival por um ângulo diferente: uma visão de dentro do festival,
trabalhando e sendo parte importante na formação deste movimento. Os Angels são
a ponte de conexão entre organização e público. Os Angels são também agentes
multiplicadores, pessoas que vão ao festival ajudar e que depois do festival
vão poder aplicar tudo o que viram lá no seu dia-a-dia e levar essa ideia à
diante.
i. Transparência, ética e combate à
corrupção
Temos pautado o relacionamento com
todos os parceiros na ética e transparência e não aceitamos nenhuma forma de
corrupção. Asseguramos isso por meio de nosso Manual do Fornecedor e de nosso
Compromisso Público de Sustentabilidade.
j. Legislação Ambiental
Por meio de nosso Manual do
Fornecedor, procuramos assegurar que todas as nossas atividades e de nossos
parceiros estejam em conformidade com leis e regulamentos ambientais.
k. Baixo Impacto Ambiental
Nosso compromisso público de realizar
um evento que busque, sempre que possível, reduzir, compensar ou eliminar seus
impactos ambientais, será garantido por meio do nosso Manual do Fornecedor e de
diversas ações a serem realizadas no Festival. Abaixo, explicitamos algumas
dessas atividades.
Consumo de energia
Em todas as nossas ações buscaremos
processos para garantir baixo consumo de energia:Geradores: a maior parte da energia do festival virá de geradores, sendo que todos eles funcionam à base de biodiesel.
Ilha de Energia Solar: além de divulgar a tecnologia de geração de energia solar, estamos repondo uma parte da energia consumida pelo evento por uma energia gerada através de uma fonte limpa.
Celularia e Totem de Energia Solar: iremos deixar à disposição do público a energia gerada pela Ilha de Energia para recarga de celulares e afins.
Difusor de iluminação natural: tecnologia inovadora para difusão de iluminação solar, evitando o consumo de energia elétrica. Essa tecnologia será utilizada para iluminação da central de reciclagem e da celularia.
Economia de Energia do Público: quem levar conta de luz que comprove a redução no consumo de energia no último mês poderá comprar produtos SWU com 10% de desconto.
Uso de Lâmpadas LED: serão utilizadas sempre que possível, como nos telões dos palcos principais.
Uso de sensores de iluminação durante a noite nas áreas de camping.
Emissões de gases poluentes
Sempre que possível, iremos reduzir
nossas emissões e buscaremos mitigar parte delas.Mitigação de carbono: será realizado o plantio de milhares de árvores em área de preservação permanente na reserva de Mata Atlântica de Itu, próximo ao local de realização do evento. O plantio será realizado pela SOS Mata Atlântica, que certifica e monitora através do projeto Florestas do Futuro. Esse plantio é suficiente para a absorção de toneladas de carbono equivalentes às emissões de consumo de geradores, transporte aéreo de artístico, traslados, montagem e desmontagem.
Uso de geradores a biodiesel e placas de energia solar para a geração de energia do Festival.
Estímulo à redução da utilização de veículos automotores, privilegiando participantes que aderirem à Carona Solidária: descontos em estacionamento e pista preferencial para carros com mais de três pessoas.
Estímulo ao uso de transporte público: ônibus saindo de 4 bolsões em locais de fácil acesso da capital.
Descarte de Resíduos
Serão implantadas ações para a redução
da quantidade de resíduos sólidos, sempre que possível. Além disso, será dada
destinação correta a todos os resíduos resultantes de atividades relacionadas
ao evento.Estação de Reciclagem: todo o resíduo gerado pelo evento será encaminhado à estação de reciclagem. Nesse local, os recicláveis serão separados, compactados e pesados, ficando prontos para a reciclagem. O público terá visibilidade de todo o processo. Por fim, estes resíduos serão destinados a cooperativas de catadores da região.
Catering: Não serão utilizados talheres e pratos descartáveis no catering do festival.
Cultura Orgânica: a cultura orgânica receberá todo o resíduo orgânico gerado pelo evento, que será separado e destinado para a compostagem. Além da função de reciclagem, essa estação irá demonstrar ao público técnicas domésticas de gestão de resíduo orgânico. Serão expostas também técnicas de cultivo de hortaliças e alimentos orgânicos em culturas domésticas.
Distribuição de bota-bituca: para incentivar a correta destinação do microlixo serão distribuídos bota-bitucas para o público do festival.
Uso de materiais
Sempre que possível, daremos
preferência ao uso de materiais reciclados ou recicláveis e que tenham origem
certificada, de acordo com padrões sócio-ambientais.Móveis: Grande parte dos móveis do festival será feita de material reciclado, principalmente, pneu e mesas feitas de tubos de pasta de dente.
Material gráfico: press kit, cartazes, flyers e books são produzidos utilizando papel certificado e tinta à base de água.
Cenografia/Estrutura: em partes da cenografia, utilizaremos contêineres reaproveitados. O restante será feito com materiais reciclados e madeira certificada. As pinturas serão feitas com tinta à base de água. Para diminuir o uso de materiais, muitas das artes serão feitas com projeções e LEDs. Todas as tendas são alugadas e poderão ser reaproveitadas em outros eventos.
Tinta Cerâmica: Tinta branca à base de cerâmica que diminui a temperatura interna de ambientes e reflete os raios solares, diminuindo a absorção de calor, contribuindo para a redução de temperatura externa.
Consumo de Água
Em todas as nossas ações buscaremos
processos para garantirmos baixo consumo de água.Banho Camping: vamos priorizar o consumo mínimo de água no evento. As duchas dos campings terão temporizador e o máximo de tempo que as pessoas poderão ter de banho são 7 minutos.
Impacto no Trânsito Local e Logística de Transporte
Estamos trabalhando para criar o
máximo de alternativas de transporte para, além de dar conforto ao público,
oferecer também segurança e agilidade sem causar transtornos aos demais
usuários das rodovias envolvidas e, principalmente, diminuir a poluição.Faremos uma ampla campanha incentivando as pessoas a se organizarem em grupos (com amigos e através das redes sociais) e participarem da carona solidária. A ação se dará da seguinte forma: quanto mais pessoas no veículo, menor o valor pago pelo estacionamento.
Além disso, bolsões de estacionamento serão criados: dois no entorno da cidade de Itu e quatro
Serão montadas centrais de informação nos principais postos de combustível das rodovias que dão acesso ao evento. Nos pedágios, panfletos com mapas orientarão sobre os acessos e cuidados que o motorista deve ter na rodovia. Faixas de sinalização e orientação serão instaladas ao longo das estradas.
Para quem utilizar o carro, novos acessos estão sendo criados, além da estrada principal. Teremos acesso só para ônibus, vans e táxis; outro que será utilizado por artistas, caminhões de equipamentos, ambulâncias e acesso das caravanas; e, por fim, um acesso para carros e outros.
[1] Mestranda em Comunicação pela Cásper Líbero, Linha de Pesquisa Processos
Midiáticos: Tecnologia e Mercado, Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura do
Ouvir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário