CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO JORNALISMO E DA NOTÍCIA.
PROF. ANDRÉ SANTORO
andresantoro@mackenzie.br
quarta-feira, 31 de março de 2010
GANCHO / ENFOQUE
O gancho é o aspecto mais importante e ou mais interessante, o ponto de partida da matéria. Medo do fim do mundo é o gancho para notícias sobre o mini big bang
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Pesquisar política nuclear americana
MAD, SALTE
Demagogia ou efetiva diminuição de
LINHA FINA
subtítulo
RETRANCA
Matéria relacionada, mais detalhada, com informações secundárias. É uma submatéria.
OLHO
Um trecho do texto em destaque.
ENTREVISTA PING PONG
Com perguntas e respostas. (se usar o discurso indireto quanto perguntado sobre isso falou aquilo não é entrevista ping pong)
Meros filhos da pauta não são bem vistos. Pode e deve ser alterada por força dos fatos.
Exercicio fazer pauta sobre violência, educação ou jornalismo
Assunto a ser abordado: educação universidade possibilidade de interdisciplinariedade
Descrição histórico possibilidade que o ambiente universitário permite
Proposta de ângulo ou enfoque como a matéria vai ser montada, vai ter entrevista ping pong
Indicação de fontes com quem precisa falar nao cabe entrevista por email tem de tirar fotos.
DanielleDenny_1D
Pauta sobre possibilidade de experiências interdisciplinares na educação universitária
Pretende-se demonstrar que o ambiente universitário possibilita rica troca de experiências que complementam a formação profissional e acadêmica, estimulando inclusive o aprendizado por meio de atividades culturais e de entretenimento como uma mostra de cinema ou de fotojornalismo.
O angulo a ser enfocado será o das atividades interdisciplinares conduzidas pelo Centro Histórico Mackenzie, como por exemplo a mostra de cinema proposta pelos alunos ou professores de qualquer faculdade da universidade.
A fonte principal da matéria é a Diana Nogueira coordenadora do CHM.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
AS ROTINAS DE PRODUÇÃO NO JORNALISMO
1- PAUTA
2- APURAÇÃO
3- REDAÇÃO E EDIÇÃO
Semana que vem feriado de Tiradentes
APURAÇÃO
Pesquisa, entrevistas, testemunhar o fato. Apuração deve ser antes da pauta.
Mecanismos básicos da captação de informações (= apuração): observação direta, pesquisa e entrevistas
OBSERVAÇÃO DIRETA
Problema da observação direta é se só o jornalista testemunhou o fato.
Jornalista precisa estar na hora e no lugar certos
a- Fatos casuais (acidentes)
b- Fatos programados (passeatas)
PESQUISA
Levantamento de dados em fontes bibliográficas, documentais, internet etc. (e na própria mídia jornalistica). Antes de publicar uma coisa que julga inédita primeiro pesquisa se outros não publicaram.
História da Wikipédia
Produzida por pessoas acadêmicas e por adolescentes. Revista Piauí tem uma matéria sobre menino de 14 anos que mora em Itaboraí, passatempo dele é traduzir verbetes do google para o wikipédia em português.
Vantagens da pesquisa: preparar melhor a pauta, conhecer o assunto antes das entrevistas e antes da redação/edição. Recolher dados secundários (como idade de entrevistado).
Jornalista é quase sempre generalista entende pouco de tudo e não sabe nada aprofundadamente.
Ler livro “1968 o ano que nunca acabou” do Zuenir
Desvantagens da pesquisa excessiva da internet. Fontes não confiáveis podem destruir uma boa pauta. Substituição das entrevistas e da própria observação direta (jornalistas devem, acima de tudo, gastar as solas dos sapatos!) TV e rádio é menos sucetivel a esse problema porque tem de ir lá ou ouvir alguém, dar voz à fonte.
Ler matéria do professor sobre os 17 backbones que seguram a internet mundial
ENTREVISTAS
Uma das dúvidas primordiais do jornalismo: em quem confiar mais? Confiança 100% nem na mãe. Na época da escola base não deu para confiar nem na polícia que ofereceu notícias falsas sobre orgias com alunos feitas pelos professores.
Confiar minimamente em quem entende do assunto. Mas sempre confiar desconfiando. Por exemplo, no caso dos desabamentos de Niterói ouvir um geólogo sobre a formação do solo da região, um historiador sobre a história do processo de ocupação das ribanceiras.
Sensacionalismo: despertar atenção desproporcionalmente com o interesse genuino. É se preocupar mais com a reação do público do que com a matéria em si.
Entrevistas ao vivo muito mais relevantes que entrevistas por telefone que por sua vez são mais relevantes que entrevistas por email.
Ler Ricardo Noblat “a arte de fazer um jornal diário”, Gilberto Freyre confessou relações homossexuais, e com negras pro curiosidade antropológica.
ENTREVISTAS
1. RITUAL, é breve e previsível. Serve apenas para satisfazer o apetite do receptor da informçação. Ex. declarações de jogadores após uma partida de futebol.
2. TEMÁTICA, visão especializada.
3. TESTEMUNHAL, temas polêmicos para legitimar a visão
4. EM PROFUNDIDADE visão elaborada do entrevistado. Demorada.
Se for usar entre aspas tem de graver pois tem de ser literal.
1. OCASIONAL quando o entrevistado não está preparado é pego de surpresa
2. CONFRONTO desmentir algo
3. COLETIVA
4. DIALOGAL típico da entrevista de PROFUNDIDADE visão elaborada do entrevistado. Demorada.
5. EXCLUSIVA concedidas apenas para um veículo às vezes a exclusividadde é usada como instrumento de marketing das redações (para valorizar suas matérias.
TENDÊNCIAS DAS ENTREVISTAS
SENSACIONALISTA
1. PITORESCA grotesco pegadinha para caricatura
2. CONDENATÓRIA jornalismo policial
3. IRONICA contesta usas idéias de forma satírica
COMPREENSIVA
1. INFORMATIVA repórter busca a bagagem informativa
2. OPINATIVA visões contraditórias sobre o mesmo fato.
3. INVESTIGATIVA buscam esclarecer aprofundar trabalha-se com fontes confiáveis ouvidase em on e em off
4. PERSONALIDADE objetivo é fazer um perfil.
ENTREVISTAS EM OFF = DE FONTES QUE NÃO QUEREM SE IDENTIFICAR
Deve ser usada. Jornalista é jornalista em qualquer lugar, desde que a fonte saiba disso. Ou seja, tudo é publicável, desde que a fonte saiba com quem esta falando ( e desde que ela não peça sigilo). Quando fala A folha apurou: ou quando filma alguém com voz distorcida
DICAS IMPORTANTES
Conhecer assunto da entrevista
Conhecer o entrevistado
Não se intimidar jamais
Assumir a própria ignorância sem receios
Não deixar que o entrevistado assuma o comando (e não se deixar manipular)
Evitar as perguntas mais explosivas no começo da entrevista
Insistir (e nunca desistir, a menos que o prazo se esgote)
Entrevista tem de começar fria as melhores questões
REDAÇÃO
quarta-feira, 12 de maio de 2010
1) Checagem das informações / entrevistas – a apuração está em ordem?
2) Planejamento do texto (quando há tempo). Antes de matérias longas, abre com qual informação, vai ter retranquinhas. Bom transcrever todas as entrevistas para depois usar 10%. Livro reportagem mais importante da humanidade: Hiroshima, origem matéria na New Yorker 1953.
3) Redação
4) Releitura, correção (feita pelo próprio autor)
5) Inserção de dados adiiconais (com ou sem apuração complementar). gay talise livro Fama e Anonimato. Conseguiu descobrir quantos kms de fio dental os habitantes da NY usavam na dec de 60. Isso deu um quê mais divertido, deu leveza ao texto.
6) Edição e finalização do texto. Processo suave ou brutal. Nunca o texto editado fica pior que o texto original.
Retinas dependem do veículo e do tipo de mídia.
ELEMENTOS TEXTUAIS
TÍTULO
Para chamar atenção, tem de ser curto e não pode ser ambíguo. Mas se aproxima da linguagem publicitária. Alguns manuais indicam que tem de ter verbo.
MANCHETE
é o título e a chamada que vem na primeira página.
LINHA FINA
Explicação da matéria de forma mais didática, não pode repetir o título, tem de explicar a matéria e o título. Lide pode repetir a linha fina mas a linha fina não pode repetir o título.
TEXTO
Permite nariz de cera informações que não dizem nada, abertura pouco informativa. Diferente de gancho fato gerador de interesse. Nariz de cera tem de ser bem feito, se não não tem graça.
OLHO
Frases ou aspas copiadas do texto principal e colocadas em destaque. Objetivo é chamar atenção do leitor apressado para trechos interessantes do texto.
CRÉDITO/ASSINATURA
Dizer quem fez texto e quem tirou fotos, em TV o crédito de edição aparece também. Mesmo que o editor refaça o texto é o jornalista que apurou que assina o texto. Matéria de assessoria de imprensa é assinada pelo jornalista da mídia do jornal. E matéria de agência não é assinada.
LEGENDA
Traz informações complementares a alguma fotografia ou ilustração.
Tarefa:
VIRADA CULTURAL
Matéria livre relacionada ao evento com foto.
Escrita da matéria na próxima aula. Entre 2 e 3 mil toques.
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